42 | Jantar

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~𝒞𝒶𝓂𝒾𝓁𝓁ℯ

Não sei qual é a pior parte, estar em um carro trancada com Apolo, sentir seu perfume pregnado no meu nariz - que infelizmente é muito gostoso -, o clima desconfortável entre a gente, esse silêncio que está me matando, ou o fato de Apolo estar muito bonito - bonito ele já é por natureza - mas agora está ridiculamente atraente, ainda mais dirigindo e tão confortável no banco. Merda. Agora percebo o quanto estou olhando para ele.

Respiro fundo e desvio o olhar para a janela, o caminho que estamos fazendo é diferente, dessa vez a vista que tenho é de algumas montanhas - que eu suponho que não sejam montanhas, e sim, vulcões - algumas rochas bem grandes, coqueiros, muitos coqueiros.

Quer saber, cansei desse silêncio, não sei até que horas vamos ficar dentro desse carro, Apolo é um seco, só conversar ou diz alguma coisa quando lhe convém, então nada mais justo do que eu colocar uma música.

Tem uma tela no lugar do que deveria ser um rádio, estou acostumado com o meu carro velhinho que funciona se eu dar dois patas nele e clicar duas vezes no botão de ligar do rádio. Bom, eu vou no meu instinto, se eu estragar Apolo tem dinheiro para pagar.

Esse carro é todo montado em tecnologia de última geração, talvez eu nem precise tocar nessa tela para colocar alguma música, ele deve ter Bluetooth, só tenho que conectar no meu celular e preciso ser discreta, caso Apolo queira me barrar.

Peguei meu celular da bolsa pequena que eu carregava, enquanto Apolo mantinha toda a sua atenção na estrada, quando aperto no botão para conectar no carro, um barulho insuportável soa do carro avisando que meu celular conectou no carro. A ideia de ser discreta foi por água abaixo.

Apolo olha para mim, eu dou um sorriso sem graça e solto uma música.

- O que foi? Se você não vai conversar comigo, pelo menos me deixa ouvir música. - Digo, dando de ombros.

Ele apenas balança a cabeça e volta a olhar para a estrada. Chato de galocha!

Meia hora depois Apolo estaciona o carro de frente para um estabelecimento muito chique, tinha algumas plantas e flores que decoravam a frente do estabelecimento. Na entrada uma recepcionista que cumprimentava todos que entravam com um sorriso grande cheio de dentes bem branquinhos. Seu cabelo está preso em um coque bem feito, enfeitado com flores, seu vestido é justo e de um azul bem chamativo.

A cada mulher que passa por lá, ela oferece uma flor para colocar no cabelo, mas é claro que essas  burguesas nojentas não querem estragar os penteados delas, então nenhuma aceita.

Quando paro de ficar reparando, Apolo desce do carro e abre a porta para mim, ultimamente ele tem feito isso com frequência

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Quando paro de ficar reparando, Apolo desce do carro e abre a porta para mim, ultimamente ele tem feito isso com frequência. Educação, é o mínimo. Assim que desço, Apolo oferece seu braço para mim, eu aceito de bom grado. As coisas não estão mais constrangedoras como alguns minutos atrás.

Apolo meu chefe mentiroso.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora