Apolo meu chefe mentiroso.

74 | Sofy

~𝒞𝒶𝓂𝒾𝓁𝓁ℯ

Não acredito que falei, ainda não acredito que tive coragem. Quando percebi já tinha falado, saiu naturalmente dos meus lábios. Fui muito corajosa, fui muito audaciosa. Finalmente. Finalmente consegui me impor, já era hora. Não aguentava mais Aisha e suas provocações. Eu estava de saco cheio. E precisava deixar bem claro que ela não tem controle nenhum sobre mim, minhas decisões, meu modo de vida, minha aparência, nada.

Me sinto outra pessoa, não sei explicar, não sei formar as palavras certas. Mas é bom fazer o que a gente quer sem se importar com nada. É libertador. É prazeroso. É como se eu tivesse saído do casulo e virado uma linda borboleta. Será que é assim que Jenna e Vanessa se sentem?

Eu assumo, precisava de uma noite como a de ontem. Falta palavras para dizer o quão bom foi  fazer **** com Apolo. Ele é bom no que faz. Ele é excelente no que faz. Eu o desejava muito antes de eu poder admitir, muito antes dele ter me beijado. Acredito que isso tenha contribuído para meus orgasmos múltiplos.

Fazer sexo com Apolo é um caminho sem volta, é como cocaína, vicia e trás uma sensação de euforia e prazer. Não que eu tenha experimentado. Ultimamente essas sensações, o orgasmos, desejo, prazer, a euforia, a excitação, o desespero estavam em falta, fazia muito tempo que eu não sabia o que era isso. Eu não era nova nesse assunto. Tinha uma vida sexualmente ativa com Brendon - e odeio admitir isso - era uma vida infeliz, deprimente. Depois que terminei adeus sexo.

Foi então que conheci Apolo, ele despertou uma chama em mim que nunca foi acesa, eu estava confusa, esse sentimento era novo pra mim. Mas bastou algumas palavras de Vanessa e uma atitude significativa de Apolo para eu compreender meus próprios sentimentos. Eu queria Apolo. Sempre o quis. E o quero. Posso dizer com palavras claras que estou muito mais confiante agora. Eu sou foda pra caralho. Sou linda, sou inteligente, tenho um trabalho dos sonhos, um salario dos sonhos e tenho Apolo. Não há nada nem ninguém que possa provar o contrario.

Enquanto passamos pela casa em direção ao salão principal, onde está toda a família reunida, olho para Apolo, ele já estava me olhando e com um sorriso torto.

- Você está sorrindo? Por que está sorrindo? - Indago. 

- Você. Estou orgulhoso de você.

- Orgulhoso? - Fico confusa.

- Você finalmente respondeu sua prima a altura, como ela merece. Eu estava cansado de ver como ela te tratava. Se me permite, uma vaca sinceramente.

- Permito, com certeza permito.

- Você não baixa a cabeça nem pra mim, que sou seu chefe. Por que que deixa-la te humilhar?
Essa pergunta me faz refletir. Ele tem toda a razão. 

- Bom isso não vai mais acontecer. 

- Depois dela ter nos interrompido eu oficialmente odeio ela.

- Terminamos o que começamos depois. - Pisco para ele. Seu sorriso se alarga.

No meio do caminho, antes mesmo de chegar na porta somos surpreendidos por um abraço de Sofy. Ela veio correndo até nós, quase caio com o impacto. Me pergunto como bracinhos tão pequenos é capaz de abraçar duas pessoas ao mesmo tempo.

- Quero entrar na piscina titia! - Esbraveja.

Quando se tratava de piscina ou qualquer coisa que envolvem água, Sofy era igual a um peixe.

- Oi para você também, cookie. E por qual motivo a senhorita não está na água ainda, posso saber? - Agacho para ficar a sua altura.

- A vovó não quer ficar de olha em mim, o vovô também não quer. - Ela da de ombros. - E o tio Ethan só fica no joguinho. - Ela faz uma cara de emburrada e cruza os braços. Apolo solta uma risada nasal.