Apolo meu chefe mentiroso.

67 | Minha esposa grávida

~𝒞𝒶𝓂𝒾𝓁𝓁ℯ

Bom... Irei fingir que ver Apolo somente de toalha me deixou um tanto... desestabilizada. Não é segredo para ninguém que ele é bonito e sexy, na verdade, irritantemente muito bonito e sexy. Já o vi sem camisa, porém vê-lo com aquela toalha enrolada na cintura, com os cabelos molhados e o cheiro de sabonete pós banho, brincou radicalmente com a minha imaginação fértil. Acredite, eu lutei para aquilo não me desconcentrar.

Depois da nosso bate papo aberto, me senti bem melhor e diferente. Não é como se eu estivesse namorando Brendon, ele forçaria a barra, me venceria pelo cansaço. A verdade é que ele não tem nada haver com Apolo, não há comparação.

Eu entenderia se Apolo não quisesse mais fingir ser meu namorado, ele tem me ajudado de mais e eu tenho retribuído da pior forma possível. Me senti mal por não ter falado nada, realmente me senti. Foi péssima a sensação de ter o magoado, de ter fedido seus sentimentos, mas eu não fazia ideia, fiquei sem reação. Fiquei confusa. Ainda estou confusa. É complicado. Não sei o que sinto e tenho medo de descobrir isso tarde de mais.

- Eu estava trabalhando antes de chegar. Fiz algumas mudanças necessárias em alguns coisas, mandei por e-mail para Peter. - Digo enquanto tomamos café no sofá, já que estávamos sem uma mesa. - Coloquei você em cópia. - Bebo um gole de café que eu fiz, que surpreendentemente ficou bom.

- Tudo bem, depois eu vejo. Confio em você. - Sorrio, inconsciente.

- É a sua primeira coleção e o meu primeiro trabalho grande como designer, não faria nada de errado. - Dou uma mordida no brawnie que Apolo comprou. - Isso aqui tá bom. - Digo de boca cheia. - Com certeza brawnie está na minha lista de doce favoritos.

- Eu sei, mas nada supera a torta de pêssego. - Ele sorri sem mostrar os dentes.

- Nada supera minha torta de pêssego. - Concordo. - Aliás, eu tive uma ideia. - Coloco o resto de brawnie no pratinho, e deixo no chão junto com a xícara. - A gente deveria fazer algo diferente para esse evento.

- O que você sugere? - Ele presta bastante atenção em mim.

- Ao invés de ter só o desfile, como sempre fazemos, deveríamos dar um coquetel, como se fosse uma... inauguração. - Gesticulo com as mãos. - Bebidas fracas é claro, não queremos nenhum vexame no nosso evento, alguns petiscos, músicas. Algo para receber os convidados, eles devem se sentir a vontade e vai render um bom assunto nos jornais e sites de fofoca. - Digo cheia de orgulho ao pensar. - Sei que faltam três semanas, mas eu tenho contato dos melhores buffet da Califórnia.

- Eu amo ter uma secretária, designer, uma profissional no marketing tudo em uma pessoa só.

- Eu sou boa no que faço. Gosto do que faço.

- Também gosto. - Ele dá um sorriso de canto.

Antes que ele me enfeitice com seu super charme, eu pego meu brawnie do coloco-o todo na boca, retiro o prato e a xícara e deixo na pia.

- Obrigada pelo brawnie, estava uma delícia.

- Imagina. - Nós nos olhamos por longos segundos. - Então... quais são seus planos para hoje, antes de irmos para aquela palhaçada que sua prima inventou? - Diz quebrando o gelo.

- Bom... Acabei de descobrir que esqueci o vestido que eu iria usar no casamento em Los Angeles, ele era perfeito, agora preciso comprar outro, mas não sei se vou achar um tão bonito igual. Então sua maravilhosa tarde será resumida em me ajudar escolher um vestido. - Dou um sorriso cheio de dentes. 

- Que sorte a minha! - Diz sarcasticamente.

Fui me arrumar assim que lavei a louça que sujamos, é claro que Apolo não ficou sem fazer nada, ele secou e guardou, pelo jeito que ele segurava o pano de prato e louça parecia a primeira vez que estava fazendo aquilo. Conversamos mais sobre o evento, que alias estou extremamente ansiosa, Peter está nos mantendo informados de cada detalhe, Apolo e eu deixamos tudo certo antes de viajarmos. Fizemos horas extras, muitas reuniões. Ficamos até madrugada tentando entrar em um consenso do que seria feito, mas então conseguimos.