Apolo meu chefe mentiroso.

49 | Proibida sensação

~𝒞𝒶𝓂𝒾𝓁𝓁ℯ

Depois da minha apresentação constrangedora, que o cretino do Apolo me fez passar, mas no final eu surpreendentemente gostei, voltei para o lugar onde eu estava. Apolo estava um pouco estranho, falei coisas afiadas para ele, como por exemplo: "vai se foder, alguma hora você ainda me paga", mas nãorecebi nenhuma resposta. Não dei tanta importância, ele é estranho por natureza.

No entanto, a coisa começou ficar ainda mais esquisita que o normal, Apolo simplesmente fechou a cara e me dava respostas grosseiras e patadas sem precisão. Comecei a me pergunatr que bixo tinha mordido ele?

- Acho melhor a gente ir embora, pra mim já deu dessa besteira. - Disse bruscamente.

Besteira? Ele estava rindo até agora pouco.

- O que aconteceu com você? - Perguntei com o cenho franzido, de uma hora para outra ele ficou assim comigo, eu nem se quer sei o que eu fiz.

- Nada que seja da sua conta. - Disse curto e grosso, minhas sobrancelhas se juntaram ainda mais. Apolo é um bipolar de merda!

- Por que está falando assim comigo? - Questiono, olhando para ele, que nem se quer faz questão de me encarar.

- Estou falando normal, você que é sentimental de mais. - Como é que é? Dessa vez ele passou dos limites.

- Não, normal você não está. Não sei que porra aconteceu quando eu estava no palco, mas eu não tenho culpa. Então não me chama sentimental quando a pessoa que não sabe controlar os próprios sentimentos é você!

- Porra, só vamos embora. Será que é difícil? - Ele me encarou com o semblante esbanjando raiva.

- Difícil é ter que aguentar você e seu humor de merda. - Levantei bruscamente e começo a andar para dentro do restaurante.

- Onde pensa que vai? - Ele pergunta irritado.

- Eu vou ao banheiro, você pode ir embora se quiser. Não estou te impedindo, pode ficar longe do meu sentimentalismo. - Viro-me para dizer. - Bipolar de merda! - Digo antes de voltar a andar.

Me controlo para não gritar os milhares de palavrões e xingamentos que passou pela minha cabeça e fazer restaurante todo escutar, eu faria isso com o imenso prazer, porque Apolo é um cretino, um idiota. Retiro todas as coisas boas que já disse sobre ele, nada nele é bom, retiro toda a porra de pensamento bom que pensei sobre ele nesses quatro dias que passei aqui nesse inferno!

Quer dizer, o lugar é maravilhoso, com certeza é, mas Apolo conseguiu estragar o encantamento que eu tinha, ele estragou a viagem bem no último dia, eu deveria adivinhar, afinal de contas, ele é Apolo Greco, um mentiroso de merda, um cretino, um completo idiota, um lunático por poder, obsessivo e compulsivo. Ele é tudo de ruim em uma única pessoa.

Ando para os fundos do restaurante onde uma mulher simpática indicou que seria o banheiro, vou até lá batendo os pés e bufando de raiva. Odeia pessoas grosseiras, odeia quando gritam comigo sem necessidade. Ouço passos vindo na mesma direção que a minha, olho para trás e vejo Apolo andando em passos largos para me alcançar.

- Você não pode virar as costas para mim e sair andando! - Esbraveja.

- Ah eu posso sim! - Afirmo. - Olha só como eu dou as costas para você e saio andando. - Faço o gesto que falei.

- Eu sou seu chefe, Clarck. - Ele quase me alcança.

- Foda-se! - Viro-me para ele, assim que chego na porta do banheiro. - Em que caralho tá escrito que você pode gritar comigo? Acha que manda em mim, Apolo? Não manda.