Steve Harrington (Strange Things) 1

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Fazia alguns minutos que eles haviam pego Steve, ainda não entendia como os Russos poderiam pensar que três adolescentes vestidos em fantasias idiotas de marinheiros poderiam fazer parte da inteligência americana, e de alguma forma acabar com o que quer que eles estavam fazendo. Talvez os russos fossem mais burros do que pensava.

Quando finalmente a porta de metal pesado se abriu e dois guardas jogaram Steve pra dentro da pequena sala que estavam sendo mantidos, o coração de Sn quase se partiu ao vê-lo naquele estado.

Sn correu até o homem, se ajoelhando ao seu lado e ajudando ele a se sentar no chão frio, a mulher sentiu seu interior se revirar quando viu o rosto dele, completamente machucado, seus lábios com sangue, suas bochechas inchadas e seus olhos roxos.

- Steve! Steve... Oh Deus! Steve! - ela falou com diversos tons de voz, felicidade por ele ainda estar vivo, medo dos machucados em seu rosto serem os menos piores, e claro, dó do homem.
- eu... Eu tô bem. - Steve respondeu gemendo de dor ao sentir as mãos de Sn em seu rosto, examinando sua pele machucada com cuidado.
- você não parece nada bem... - Robin falou olhando pro rosto do amigo com uma feição de agonia. Em resposta ganhou um olhar feio de Sn, que se preocupava com cada corte que via no rosto de Steve.
- quando a gente sair daqui, eu vou matar o Dustin por te meter nisso! - Sn falou mais pra si mesma do que para os outros, mas Steve ouviu mesmo assim, soltando uma risada antes de gemer de dor novamente. - não ria! Eu sou irmã dele! Eu literalmente tenho o direito de matar ele por isso! - ela falou fazendo ele rir um pouco mais, se arrependendo logo depois. - quantos dedos você está vendo aqui? - Sn perguntou erguendo dois dedos na frente do rosto dele, ganhando um olhar curioso por ela ter mudado de assunto tão rapidamente. - o que?! Eu preciso ver se você teve algum dano cerebral! - ela respondeu como se fosse óbvio.
- tarde demais pra isso. - Robin respondeu ganhando outro olhar furioso da amiga.
- eu tô bem, Sn. - Steve respondeu abaixando a mão da mulher, mas não soltando de jeito algum, ao invés, ele entrelaçou seus dedos contra os dela. Seus olhos castanhos olhando contra os olhos de Sn profundamente, tentando passar alguma tranquilidade pra amiga.
- da próxima vez que esses babacas virem, talvez seja melhor uma de nós... - Sn começou a falar mas Steve a interrompeu.
- sem chance, Henderson! Eu não vou deixar eles tocarem em você... Vocês. - Steve falou olhando nos olhos de Sn, rapidamente olhando pra Robin enquanto ele se levantava do chão, ainda não soltando a mão da mulher.

A conversa dos adolescentes foi cortada pelo som de sirenes e uma luz vermelha passando por baixo da porta, logo em seguida, sons de tiros e gritos ecoaram pelo lugar. Os três se afastaram o máximo possível da porta, só parando quando atingiram a parede fria atrás deles. Sn apertou mais ainda a mão de Steve, sentindo ele fazer o mesmo.

- eu não acredito que vou morrer virgem! - Sn falou num misto de humor e pânico.
- o que?! - Steve respondeu a mulher ignorando os barulhos cada vez mais altos do lado de fora. - e aquele garoto que sempre anda com você?! Greg?
- o que?! Greg e eu somos só amigos, Steve! - Sn respondeu intercalando os olhares entre Steve e a porta.
- mas vocês estão sempre juntos! Vão a encontros e tudo mais! - ele respondeu ainda desacreditado com o que ouvia.
- gente... - Robin tentou falar, mas Sn a interrompeu.
- COMO AMIGOS STEVE! - a mulher respondeu e viu Steve se preparar pra dizer algo, mas Robin falou antes.
- GENTE ESSA REALMENTE NÃO É A MELHOR HORA PRA FALAR DISSO! - a loira falou desacreditando que seus amigos estavam discutindo sobre namoros e sexo num momento de quase morte.

Logo, os russos abriram a porta da sala de novo, dessa vez, só um guarda. Steve gritou e correu em direção ao homem que caiu no chão batendo a cabeça com força, desacordado o soldado.

Naquele momento, toda a adrenalina de seu corpo tomou conta, e os três correram da sala. Não sabe como, apenas sabe que conseguiram fugir dali.

Sinceramente, não se lembra muito o que aconteceu durante alguns dias depois de tudo aquilo, talvez seu cérebro havia bloqueado, como uma forma de lidar com o trauma. Só estava feliz em estar em casa novamente, seu irmão ali, sua mãe e tudo estava normal.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE 2Where stories live. Discover now