Scream

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(essa história conta com menções de morte, estripação, sangue, psicopatas...
Temas "Dark" em geral, se te deixa desconfortável, melhor não ler).

Pode ouvir Sam chegando em casa, ouvindo ela chamar seu nome junto com o nome de Tara. As vezes se perguntava se vir junto a eles tinha sido uma boa escolha... Mas qual outra teria?

Sam havia sido clara como a luz, ou ela iria ficar de olho vivo em você, ou contaria a verdade sobre sua família.

- SN?! Eu estou te chamando há eras!!! - Sam falou abrindo a porta sem tranca de seu quarto, coisa que ela se assegurou de ter.
- desculpe... Estava conversando com meu pai. - respondeu vendo a cara dela ficar séria, não levando sua brincadeira como boa.
- você sabe muito bem que não deve brincar com isso. - Sam respondeu num tom sem brincadeiras. - está na hora de seu remédio. - ela falou pegando a chave que guradava em seu pescoço, andando até um cofre no canto do quarto de Sn, abrindo a porta de metal e pegando o frasco de comprimidos com o nome de Sn.

Sam pegou um comprimido branco, colocando na palma da mão de Sn, esperando que ela colocasse em sua boca e engolisse, se certificando que o comprimido não estava mais ali, antes de se virar e pegar um copo de água.

- viu ele alguma vez hoje? - Sam perguntou e Sn olhou para seu espelho no outro canto do quarto. Um movimento ocular pequeno, mas o suficiente pra Sam entender. - temos que começar a dobrar sua medicação.
- o que? Não! Não podemos! - Sn imediatamente interviu. - eu já me sinto dopada com esse comprimido, se me der mais... Como eu vou conseguir ir pra faculdade?! - ela justificou, mas Sam não mudou sua feição de seriedade. - como que você pode ter uma vida e eu não posso nem tomar a porra do meu remédio sem que você faça uma vistoria na minha boca?! - Sn reclamou se levantando de sua cama saindo do quarto andando rápido o suficiente pra que Sam não a alcançasse, se trancando no banheiro. Ao menos ali, ela tinha alguma privacidade.
- SN?! - Sam falou contra a madeira virando a maçaneta incessantemente. - você sabe muito bem o motivo. E isso não ajuda nada! - ela falou mais baixo, talvez com medo de Quinn ouvir, mas era difícil, já que a mesma estava num encontro sensual no quarto ao lado.

Você sabe o que deveria fazer... Faz tempo que não sente aquela sensação deliciosa de segurar a faca enquanto ela entra na... Você sequer se lembra como fazer? Se lembra como papai te ensinou? Vamos Sn... Repita...

- sai da minha cabeça... Sai da minha cabeça! - Sn falou se sentando na banheira colocando as mãos em seus orelhas e seus joelhos se pressionando em seu peito, sua cabeça se apoiando em suas pernas, ficando tão encolhida que o mundo não iria te ver, como sua mãe sempre dizia para fazer.

Ela não sabe quando tempo passou, em alguma hora, Sn ouviu a gritaria de Sam e Tara discutindo mais uma vez. Sabia que isso ia acontecer, Tara foi a uma festa, onde Sam especificamente disse pra ela não ir.

Sn não entendia o motivo de Sam ser tão obcessiva com elas. Talvez fosse mais um traço de seu pai, ou talvez um efeito colateral dos remédios antipsicóticos? Não... Também tomava todos eles e ainda sim, não sentia nada. Talvez fosse só um efeito colateral de Woodsboro.

Quando finalmente decidiu sair de seu pequeno e seguro mundo, Sn foi para seu quarto, vendo Ethan ali.

- o que está fazendo aqui?! - ela perguntou imediatamente irritada. Aquele era seu espaço, o que ele estava fazendo ali?! O que ele queria?! Sn não confiava nele. Não quando ele era amigo e sua história tinha tantos furos quanto a de Quinn. Porém, não era como se pudesse dividir seus pensamentos com alguém... Não se quisesse ficar fora do hospício.
- E-eu estava te procurando... - ele falou em um gaguejo nervoso.
- o que você quer comigo? - Sn perguntou  vendo ele olhar para todos os lugares menos os olhos dela.
- só... Só queria ver se você quer pizza! Okay?! A gente comprou na volta da festa, e estamos todos na sala! - Ethan finalmente falou, Sn viu os olhos dele lutarem pra se focarem nos dela.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE 2Where stories live. Discover now