Mandalorian 1.2

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Eles estavam vagando pelo espaço a mais tempo que eles poderiam contar. Por sorte, haviam suprimentos na cabine da nave, o suficiente para que eles chegassem em Nervarro, o que levaria um tempo, já que com os danos da nave, eles não poderiam realizar o salto, logo a viagem seria mais longa do que previram.

Nesse tempo, na pequena cabine, Din entendia cada vez mais o motivo de Grogu gostar de Sn. Ela era doce, gentil, e sempre tentava se fazer útil, fazendo tudo o que ele pedia, além de ajudar com alguns reparos na cabine, fora que ela também cuidava de Grogu.

Din não queria confessar, mas seu coração batia mais forte vendo Sn, ele havia errado em suspeitar dela, aquela mulher não tinha uma única intenção ruim em seu corpo.

- o que você está fazendo? - Din perguntou podendo ouvir a doce risada de Sn ao fundo, Grogu estava brincando com uma das peças do painel, tentando encaixa-la ali, mesmo sendo óbvio que a grande peça não se encaixava no buraco ali.
- Grogu... - Sn chamou vendo Din a olhar, ela suspeitou que era pois ela deveria vigiar a criança, e não deixá-lo brincando. O que ela não sabia, era que a feição de Din por baixo da máscara não era nem um pouco o que ela imaginava, e sim, uma feição carinhosa enquanto olhava para ela. - por que não me ajuda com o almoço? - ela chamou vendo a criança correr até ela.

O almoço não era grande coisa, afinal, eles não podiam sequer esquentar a comida, uma vez que, não era boa ideia ascender fogo ali, por motivos óbvios. Então, a refeição seria mais uma vez, a ração fria, não tinha um gosto muito bom, mas era o que eles tinham ali, e até chegar em Nervarro, teria que ser daquela forma.

- Mando... Você quer dar uma pausa e comer com a gente? - ela perguntou, mesmo sabendo que resposta era sempre negativa, com a desculpa de estar ocupado demais. Sn as vezes se perguntava se era por sua culpa, talvez ela não o deixasse confortavel, e ele não quisesse ficar perto dela, o que era uma justificativa extremamente plausível, já que ele mesmo disse, ela era um Aruetii, não fazia parte de seu clã.
- claro... - Din respondeu não deixando de ver a feição surpresa de Sn, ele deu um pequeno sorriso a ela, mesmo sabendo que ela não podia ver.

Sn se sentou ao chão, do lado do pequeno ali, vendo o homem se sentar em sua frente. A mulher entregou para ele um pouco de comida, antes de pegar um pouco pra si, e para a criança.

Ela tentou manter seu olhar sempre baixo, podendo ver apenas com sua visão periférica o homem erguendo parcialmente sua máscara para colocar a comida em sua boca. Sn não podia deixar de ser curiosa em relação a ele, como ele era por baixo daquela máscara? Qual seria a cor de seus olhos? E de seu cabelo? Será que ele teria algum traço marcante? Cicatriz? Pinta?

Seus pensamentos foram interrompidos por um pequeno som infantil de Grogu, a criança, por mais que ela não falasse palavras que sn entendia, gostava de balbuciar a cada minuto, o que sempre causava um sorriso no rosto de Sn, e ela suspeitava que talvez, o mandaloriano ali, também sorria.

A refeição foi terminada em silêncio, apenas os som adoráveis de Grogu no ambiente. O homem voltou para sua poltrona de piloto, ajustando a rota e verificando diversas coisas que sn sequer sabia o que eram. A mulher, por sua vez, ficou com a criança em seu colo, brincando com o pequeno, até ver os grandes e adoraveis olhos dele pesarem de sono.

Sn então, colocou o pequeno em sua cama, totalmente improvisada, deixando ele descansando ali. Ela se sentou em uma poltrona livre, olhando ao seu redor e esperando que o sono a atingisse igualmente.

Din começou a ouvir as respirações pesadas de Sn, se virando para vê-la totalmente encolhida na poltrona, seus olhos fechados e sua boca entre aberta. O homem não podia deixa-la assim, ele se levantou de sua própria poltrona, andando alguns pequenos passos até Sn. Ele não segurou suas próprias mãos, tocando no rosto dela delicadamente. Ele viu as sombrancelhas de Sn se juntarem ao sentir o beskar frio em sua pele, causando um pequeno sorriso em seus próprios lábios. Ele tirou sua capa de si, colocando o tecido sobre o corpo da mulher delicadamente.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora