Bucky Barnes 75.5

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Eles já estavam ali a alguns dias... Talvez uma semana? Talvez mais.

Sinceramente, nenhum dos dois mantia um calendário. Eles só sobreviviam todos os dias, uma luta atrás da outra. Algumas maiores, outras menores.

Depois de alguns dias comendo peixes, Bucky começou a caçar, trazendo novas carnes quase todos os dias. Enquanto ele caçava, sn verificava suas armadilhas, na qual, agora, se multiplicaram e se espalhavam pelo rio a baixo e pelos corais perto da areia. Além dos dois se revezarem pra cuidar do fogo, ferver água, colher alguns frutos das árvores ali... Etc...

Bucky fez alguns upgrades no abrigo, construindo uma pequena cozinha onde eles estocavam as ferramentas, água, cocos frescos e secos, e mantinham o fogo acesso. Depois de uma pequena divisória feita de cipós, vinha um quarto, sn e Bucky trabalharam nele juntos, conseguindo fazer uma cama com galhos e troncos, com um colchão feito de folhas e algumas roupas que sn ainda tinha em sua pequena mala, que agora, ficava mais vazia a cada segundo.

Apesar de estarem numa ilha totalmente deserta, sn e Bucky conseguiam ficar confortáveis ali. Claro, existiam coisas que sn sentia falta... Como um chuveiro de água quente, sua escova de dentes... Afinal, escovar os dentes com carvão era horrível, porém, necessário.

Agora, andar pela ilha parecia cada vez mais fácil, com Bucky fazendo trilhas, marcando cada caminho, desde a praia onde apareceram até a caverna, do pequeno rio até seu abrigo, das árvores frutíferas até sua nova casa. Toda vez que Bucky achava algo, ele fazia questão de demarcar o caminho, pra não haver risco de Sn se perder.

Todos os dias os dois acordavam abraçados, algumas vezes, Sn era a conchinha de Bucky, outras vezes, ele era a conchinha dela. Nenhum deles realmente se importava mais, agora, aquele contato físico que na cidade parecia ser uma opção, ali, era necessário, principalmente se eles queriam não morrer de frio.

E como se já estivessem numa rotina, eles levantavam, usavam o carvão como pasta de dente, Bucky abria dois cocos, e depois que tomavam suas águas doces e cheias de propriedades e saiam de seu confortável abrigo, andando pelas trilhas de mãos dadas até precisarem seguir seus caminhos distintos.

Bucky indo em direção as armadilhas terrestres que havia feito junto com sn, e espalhado elas pela ilha, enquanto a mulher ia em direção as armadilhas aquáticas que havia feito, já que Bucky não conseguia fazer nenhuma sem quebrar todos os bambus.

Ela se lembra do dia em que tentou ensina-lo... E se lembra das dezessete armadilhas quebradas que ele fez. Pelo lado positivo, ele havia feito pedaços de tamanho perfeito para a cama do abrigo, então, eles consideravam aquele dia uma vitória. Por mais que Bucky tivesse xingado a cada segundo. Foi uma vitória.

Sn sempre checava as armadilhas do riacho primeiro, coletando o que havia ali e colocando numa bolsa de folha de palmeira trançada. Depois de olhar todas as armadilhas dali, ela partia para as armadilhas que havia colocado entre as pedras e corais no mar, assim ela teria uma desculpa pra olhar o horizonte quando tempo quisesse, na esperança de ver um barco, um pesqueiro, uma canoa... Qualquer coisa. Mas... Nada. Nunca havia nada. Absolutamente nada... Apenas azul... Desde onde o céu acabava, e o mar começava, era azul. Um azul solitário, assustador e profundo.

Sn já estava ali por algumas horas, o sol já começava a se por, e os olhos de Sn nunca deixavam o horizonte, nunca percebendo que Bucky a observava por horas a fio, da mesma forma que ela olhava para o alem, ele a olhava.

Ele odiava admitir, mas seus sentimentos por sn estavam cada vez mais fortes.

Bucky nunca gostou de se sentir daquele jeito, seja em relação ao Steve, ou sn. Ele conhecia aquele sentimento, aquela sensação de borboletas na barriga todas as vezes que acordava com sn sobre ele, aquela deliciosa sensação de abraça-la em meio a noite, aquela sensação de precisar protege-la, precisar cuidar e fornecer a ela tudo o que precisasse. Aquela sensação de querer ela perto todos os segundos do dia, querer poder toca-la, beija-la... Aquele sentimento que ele sabia que quebraria seu coração... Bucky sabia o nome, sabia exatamente o que era, só nunca ousou se permitir falar em voz alta de novo...

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE 2Where stories live. Discover now