Neteyam 4

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Ouviu sua mãe lhe chamar, ela não estava com um tom muito alegre, ela parecia com raiva e agitada, o que obviamente não era bom.

"Mãe?! O que houve? O pequeno está bem?!" Sinalizou com sua mãos, antes de coloca-las sobre a pequena barriga de sua mãe. Viu a feição dela mudar, deixar a raiva de lado antes de responder.

- seu irmão está bem, maite... Temos visitantes. - ela esclareceu trazendo ainda mais confusão para si.

"A tribo do sul?" Perguntou com suas mãos, vendo sua mãe mudar novamente para uma feição brava. "Quem é, sa'nok?"

- Omaticayas... Fugindo da guerra... - ela explicou, e então, entendeu o motivo dela estar irritada.

Os Metkayina eram pacíficos, não se envolviam em guerras, diferente das outras tribos, diferente dos omaticaya.

Seguiu sua mãe até a areia branca da praia, vendo os visitantes ali. Todos de sua tribo estavam ao redor deles, uns chegavam mais perto, vendo suas características diferentes, outro tinham medo, apontavam e cochichavam.

- fique junto com seu sempu... Não se aproxime deles, entendeu?! - sua mãe falou vendo seus olhos fixos nos Omaticayas ali. - Sn... Eu não quero você perto deles... - ela falou puxando sua atenção, ela viu como havia ficado fascinada nos novos chegados.

Sempre foi uma criança curiosa, desde que saiu do ventre de sua mãe, amava conhecer o mundo ao seu redor. Algumas vezes achava coisas fascinantes, outras, tinha o terrível encontro. Foi por causa de sua curiosidade que acabou perdendo sua capacidade de fala.

Quando ainda engatinhava, se afastou de seus pais, mergulhando mais fundo do que seu corpo aguentaria. Sua mãe, a Tsahík disse que suas cordas vocais se estouraram com a pressão, e se não fosse pela irmã de alma dela, te salvando, não estaria viva.

Perder sua fala foi uma dor para todos ao redor de si, mas com um tempo, aprendeu a se comunicar apenas com suas mãos, como muitos faziam somente debaixo da água, você fazia a todo o tempo.

Talvez fosse por isso que sua mãe nunca a queria longe. Talvez por isso que seus pais a protegiam mais do que deveriam.

Ficou ao lado de seu pai, assim como sua mãe mandou. Viu os Omaticayas se aproximando, seu líder, o homem mais alto, com as mãos pra cima, ele carregava uma faca em seu peitoral, duas braçadeiras (uma em cada braço), e uma espécie de colete abraçando seu tronco, ao lado dele, uma mulher com tranças em seus cabelos, e colares em seu pescoço, sua mão dada a uma criança com pequenas tranças em sua cabeça. Atrás dos três, haviam mais, uma mulher que parecia ter a sua idade, talvez um pouco mais nova, ela estava enrolada numa manta verde, provavelmente ela que fez, ao lado dela, dois jovens, o mais baixo, tinha parte de seu cabelo raspado, a outra parte, ela cheia de tranças, ele carregava uma faca em sua cintura e tinha um bracelete em seu braço direito, e uma braçadeira grossa em seu outro braço. O último jovem, parecia ser o mais velho dos três ali, ele era mais alto e forte, seu cabelo repleto de tranças tais como as da mulher mais velha. Ele tinha uma faca em sua cintura, e a mesma espécie de colete em seu peitoral que o outro tinha, em seu pescoço um grande colar, ele tinha um bracelete em seu braço direito e seu braço esquerdo havia uma braçadeira grossa, provavelmente ele atirava com arco.

Pode ver a forma que todos olhavam os Na'vis diferentes ali. Eles eram em um azul escuro, seus braços eram finos, e seus olhos amarelos esverdeados. Suas causas eram como as de um bebê. Porém, de uma forma não conhecida, a estranheza deles ia além. Seu líder tinha cinco dedos em suas mãos, igual dois dos mais jovens ali.

"Pai... As mãos deles... " Sinalizou ao seu pai, que apenas balançou a cabeça, tendo visto igualmente.

Viu a forma que Rotxo riu com seu irmão sobre a aparência deles, e não pode deixar de trazer a atenção deles pra si.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE 2Where stories live. Discover now