Dean Winchester 30

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- Agentes, conheçam Frank O'brien... - o médico legista falou abrindo a sacola preta onde o corpo da vítima estava.
- ele morreu de ataque cardíaco, certo? - Sam perguntou ao legista.
- há três dias atrás. - ele confirmou.
- mas, de acordo com a ficha, ele tinha apenas 43 anos, e era um atleta. - Sam indagou ao médico, claramente vendo algo que pessoas normais não veriam.
- bom, todos morrem. É por isso que tenho esse emprego, sempre tenho trabalho. - o médico comentou com um humor duvidoso.
- mas ele era um atleta, corria maratonas, e então, um ataque cardíaco? Não acha isso estranho? - Dean perguntou e o médico pareceu não gostar muito de seu ponto.
- é um ataque cardíaco, o que o FBI quer aqui? - o legista falou em tom de defesa.
- isso é assunto confidencial do FBI. Queremos ver o resultado da autópsia. - Sn falou cruzando seus braços e olhando para o médico, que pareceu confuso com a fala dela.
- que autópsia? - ele perguntou.
- a que você vai fazer agora. - ela respondeu imediatamente, o médico olhou para Sam e Dean, como se esperassem que eles impedissem ela, o que obviamente não aconteceu.

Durante a autópsia, o legista, que não parecia nem um pouco feliz em fazer seu próprio trabalho, e nem responder as perguntas que Sn e os Winchester faziam, o médico descobriu que o coração não tinha nenhum sinal de estresse, ou nenhuma artéria principal com coágulos ou qualquer coisa que indicasse que foi realmente um ataque cardíaco.

A próxima parada foi óbvia, a delegacia da cidade. Os três estranharam o xerife, Sn trocando olhares com Sam como se tivesse uma conversa mental. Algumas perguntas depois, e eles tinham cada vez mais certeza que aquilo era um caso para eles.

- três vítimas, todas com as marcas de arranhões. Todas foram de normais para apavoradas e então, mortas em quarenta e oito horas.
- então ele, literalmente, morreu de medo? - Sn perguntou para os dois Winchesters. - do que? Quer dizer, o que daria tanto medo que mataria alguém? - ela perguntou novamente.
- o que não? Vampiros, demônios, fantasmas, lobisomens... Eu posso fazer uma lista de todas as coisas apavorantes no mundo aqui e agora. - Dean respondeu sem hesitar.
- justo. - Sn respondeu. - quem viu Frank por último?
- o vizinho... - Sam respondeu.
- ótimo, vamos começar por ele. - ela acrescentou, andando até o Impala, antes de Dean pegar no braço dela, impedindo que andasse mais. - o que? - falou confusa para o loiro.
- eu... Eu não gostei da cara daqueles moleques ali... - ele falou olhando diretamente para os adolescentes logo em frente ao Impala.
- o que? - Sn perguntou confusa, olhando para os adolescentes e para Dean. - são crianças, Dean...
- vamos pelo outro lado. - ele falou pegando forte na mão dela e atravessando a rua. Sn não deixou de olhar para Sam totalmente confusa, vendo o mesmo olhar de confusão nos olhos do mais novo.

Na casa do vizinho, Sam conduzia a entrevista, mais para interrogatório, enquanto Sn olhava pela casa do homem, vendo seus diversos animais de estimação exóticos, cobras, ratos, lagartos, até mesmo aranhas. Mas o que ela não deixou de notar, era como Dean estava estranho ali, como se estivesse assustado.

- você tem uns animais legais... - Sn comentou se sentando ao lado de Dean.
- eu tenho todos os documentos pra provar que são meus... - o homem com a cobra se defendeu fazendo Sn sorrir fraco como se dissesse que não precisava. - não precisa ter medo desse... - ele falou agora olhando para Dean. - com a Mari você precisa ter medo... Ela fareja o medo. - ele comentou olhando pra trás de Dean, vendo a cobra enorme branca e amarela subindo por trás do sofá e fazendo seu caminho pelo homem.

Dean imediatamente congelou no lugar, sua mão puxando a mão de Sn com força, como se ela deveria proteger ele. Sn não deixou de achar mais estranho ainda, mas ali não era o momento de comentar sobre.

Naquela noite, Dean e Sn ficaram encarregados de verificar os registros, algo que normalmente Sam faria, mas Dean insistiu que fosse assim.

Os dois estavam no Impala, esperando por Sam, com alguns arquivos em seu colo e no banco. Dean folheava e lia algo, enquanto coçava insistentemente seu braço, chamando a atenção de Sn.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora