IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE 2

Bucky Barnes 81.4

- você você vai precisar enfrentar a situação em algum momento... - Natasha falou enquanto dava uma chave de perna no Sargento, que se defendeu usando o próprio impulso dela pra joga-la no tatame, vendo ela pousar ali em sua típica pose.
- eu não sei do que você está falando. - ele respondeu desviando o olhar de Natasha e imediatamente olhando pra Sn que treinava junto a Wanda do outro lado da academia.
- sério, como você era o melhor espião da HYDRA?! - Natasha perguntou da do um golpe no homem distraído, forçando ele cair no chão com força.
- eu te odeio, Natália. - Bucky respondeu sentindo ainda o pé da ruiva em seu estômago, ao menos, a sensação dele ainda ali.

Dias passaram desde que Bucky descobriu a verdade sobre Sn. Dias que ele não conseguia trocar uma única palavra com ela. Dias desde que ele ouviu ela rir, ou ouviu sequer o doce som de sua voz. Dias desde que ele sentiu o mínimo toque que fosse por ela, um esbarrão de mãos, uma cabeça apoiada em seu ombro quando ela "definitivamente não dormiu durante o filme"... Dias desde que Bucky teve qualquer interação com ela... Sn ou FireDoll.

Ele parou de acessar os vídeos igualmente, agora que ele sabia quem a mulher era, e pior, agora que ele sabia que ela morava sobre o mesmo teto que ele, Bucky não podia mais fazer isso. Não podia mais gemer seu nome sabendo que ela estava ali, a poucos quartos dele.

E como se seu corpo entrasse numa abstinência de Sn, Bucky perdia o sono a noite pensando como ele foi tão estúpido em não notar antes.

Enfrentando, Bucky não era o único que sofria.

Sn também sentiu a diferença de Bucky com ela nos últimos dias, sentiu como ele se distanciou, como ele deixou de respondê-la, como suas sessões de filmes deixaram de existir. Como suas trocas de livros pararam. E pior, como ele simplesmente a fechou do que acontecia.

Claro, isso abalou profundamente a mulher, o que a fez, deixar de postar vídeos em sua página.

Sn via Bucky e Natasha treinando ao fundo, via como ele sequer a olhava, e Sn não podia negar que isso a deixava ligeiramente enciumada.

- SN! - Wanda gritou por trás de seus escudos, chamando a atenção de Sn, que só então, notou as chamas que saiam de sua mão e atacavam Wanda.
- oh! OH! Wanda! Eu sinto muito! Eu... Eu me distraí... Eu sinto muito... - Sn falou imediatamente parando com seus poderes e correndo até Wanda, que estava bem, porém, cansada de ter que segurar os escudos por tempo demais.
- está tudo bem, Sn... Só vamos encerrar por hoje... Eu não sei o que está acontecendo com você, mas... Precisa resolver logo. Não pode ir para as missões assim... Vocês... Precisam se resolver. - Wanda falou, olhando entre ela e Bucky, que caia com o chute de Natasha.
- eu nem sei o que aconteceu para poder resolver, Wanda... - Sn respondeu a mulher, que lhe devolveu um sorriso empático.
- talvez... A melhor.coisa que se possa fazer quando não se sabe o que fazer, é voltar a uma rotina... - a feiticeira falou com um tom de sabedoria em sua fala, causando um momento de reflexão na mente de Sn.

Tudo o que ela mais queria era ter o Bucky de volta, ter seu amigo, sua paixão de volta pra si. E como ela não fazia ideia de como fazer isso, talvez, voltar a uma época que ela tinha ele, poderia ajudar. Mesmo que fosse apenas para acalmar seu coração.

Sn viu ele sair da academia, resmungando e xingando Natasha, que não parou de criticar como ele estava alterado na luta, parecendo estar fora de si.

Ela suspirou pesado, talvez Wanda tenha razão, ela precise voltar a uma época que tinha um equilíbrio em sua vida, uma rotina. E se ela bem se lembra, poderia começar isso imediatamente.

Sn começou a sair da academia, porém, antes mesmo de chegar a saída, pisou em algo metálico e extremamente preciso ao dono, as dogtags de Bucky.

O que era estranho, já que ele nunca, jamais era visto sem elas. Não importava onde ele estava, suas dogtags estavam com ele, sempre. Em missões, em dias de folga, banhos, treinos... Ele sempre usava elas. Sn já havia questionado ele sobre isso, Bucky simplesmente respondeu que elas eram umas das poucas coisas que ele ainda mantia consigo desde 1945.