Massacre

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A porta metálica se abriu deslizando para o lado. O Tash foi o primeiro a sair com sua lâmina desembainhada e seus homens logo o seguiram, se espalhando ao seu comando.

Na frente deles estava um grande e belo jardim. Xi Zhang olhou em volta assimilando toda a propriedade do Chefe das Finanças da cidade. A propriedade do lorde Jinx ficava em uma grande galeria subterrânea com um buraco do teto por onde a luz do luar passava.

Quase todo o perímetro era composto por pequenos jardins individuais que formavam um jardim maior e mais belo. Postes com luzes artificiais produzidas por cilindros de vidro com produtos alquímicos dentro estavam espalhados pelos cantos de cada minijardim.

Xi Zhang viu algumas árvores exóticas e um gramado muito bem aparado. Viu uma casinha sem paredes com o teto em forma de pirâmide coberto por telhas douradas sustentado por quatro grossos pilares em espirais. Dentro da casinha estavam algumas mesas e cadeiras. Tudo era muito bonito e bem organizado. E bem distantes, seguindo por uma trilha de cascalhos que serpenteava pelo jardim, se encontrava uma gigantesca mansão de paredes brancas.

Era tudo lindo e hipnotizante, seria um lugar perfeito, não fosse a estranheza da falta de seres vivos.

Ao sinal do Tash, todos começaram a avançar meio agachados. De trás deles veio o som da porta de metal se fechando.

- Maldito covarde! - Alguém resmungou e outros grunhiram concordando.

Após alguns metros andando, eles encontraram o primeiro corpo. Pelas roupas só podia ser um guarda. Ele tinha vários cortes pelo corpo e o cascalho a sua volta estava úmido de sangue.

- Não vejo sua arma. - Xi Zhang comentou ao se lembrar que o porteiro tinha dito que os dois guardas tinham levado às lâminas da guarita.

- Vamos continuar. – Yga Wen manteve o olhar atento aos arredores.

Eles continuaram avançando em direção a grande mansão do Jinx. No caminho eles encontraram mais corpos. Soldados e servos que tinham sido pegos no fogo cruzado. Alguns tinham morrido por golpes de espadas. Outros perfurados por flechas e dardos. E alguns poucos mostravam marcas de enerjom no corpo.

Poucos foram os corpos dos inimigos encontrados. Alguns poucos que estavam próximos aos corpos de alguns guardas. Usavam roupas escuras de tecido grosso com capuz e máscaras de tecido cobrindo a parte inferior do rosto.

Ao ver os encapuzados, o jovem Bronze sentiu uma fúria líquida queimando em seu peito. Aquilo só podia ser obra de Arkagim. Ele quase saiu correndo em direção a mansão, mas conseguiu conter o impulso.

Algo estranho que eles perceberam enquanto chegavam mais perto da casa, era que nenhuma arma tinha sido deixada para trás. Os inimigos tinham pilhado tudo.

Na entrada da mansão, o grupo viu os restos de uma sangrenta batalha. Dezenas de corpos estavam caídos no chão, sem vida e cobertos de sangue. Eram corpos de soldados, servos e invasores. Muitos danificados ao ponto de ficarem irreconhecíveis, mas assim como antes, a unidade de Yga Wen não encontrou nenhuma arma. Somente as flechas e dardos ainda cravados nos corpos de suas vítimas.

- Atenção redobrada agora. – Yga Wen sussurrou para seus homens enquanto entrava na mansão.

Assim que passou pela porta da entrada, o Tash adentrou em uma sala que outrora era muito bela, mas que agora não passava de uma ruína. O mesmo que viram na entrada da mansão se estendia ali por dentro. Muitos corpos caídos sobre poças de sangue, em sua maioria os servos do Jinx.

Uma larga escada estava à frente da unidade levando para o andar de cima com alguns corpos caídos sobre os degraus. Dois corredores eram vistos nas laterais da escadaria.

As crônicas de Maya - A saga do Império Izar - Parte IWhere stories live. Discover now