Que se abram as cortinas da guerra

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Era início de tarde quando o exército dos Pam chegou no Vale do Mar de Pedras. Assim como previsto, os soldados enviados previamente nas naves já tinham estabelecido uma base defensível perto da entrada do vale por onde o exército ia chegar, mas infelizmente os invasores tinham feito o mesmo, organizando suas tropas do lado oposto do vasto vale.

Quando os Besouros e os outros andadores chegaram escoltados pelos Deuses e Maquinas da Guerra, eles começaram a ser posicionados em volta da base criada com antecedência.

Xi Zhang e seu companheiros de equipe da Academia Militar Império foram designados sobre o comando do Mush Deilong Hul para fazerem parte do flanco direito do exército dos Pam sobre o comando de um dos Gou'Sham da Sham Leilei Pam.

O flanco direito sobre o comando do Gou'Sham era composto por dois mil soldados, dois Deuses da Guerra e cinco Maquinas da Guerra. O flanco esquerdo que era comandado pelo Senhor de Iseka possuía quase os mesmos números enquanto o exército central que ire liderado pela Sham possuía um pouco mais de três mil soldados e um grupo maior de Deuses e Maquinas de Guerra.

Quando Xi Zhang saiu do andador liderando sua unidade, ele se deparou com a paisagem do estranho Vale do Mar de Pedras, e entendeu porque o lugar possuía aquele estranho nome.

O chão do Vale era feito de uma estranha rocho vulcânica que segundo os relatos históricos tinha sido modificada durante uma antiga guerra séculos atrás.

Em alguns lugares o chão era plano e em outros lugares era meio inclinado. Em muitas partes o chão rochoso se erguia como ondas formando longos paredões que se estendiam por dezenas ou centenas de metros.

Essas ondas petrificadas eram o que davam ao Vale o nome de Mar de Pedras e era graças a elas que o exército dos Pam não possuía uma boa linha de disparo contra a base dos invasores, mas também era graças a essas ondas petrificadas que as naves inimigas não conseguiriam bombardear o exército dos Pam com facilidade.

Resumindo, o Mar de Pedras ajudava e atrapalhava os dois exércitos, fazendo com que os dois exércitos estivessem em termos iguais inicialmente.

Assim que todos saíram dos andadores, o Gou'Sham ordenou que as unidades entrassem em formação. Os Mush rapidamente deram ordens aos seus soldados e seis retângulos foram formados quando os soldados entraram em suas devidas posições.

Quatro das formações retangulares possuíam trezentos soldados e as outras duas possuíam quatrocentos soldados. As duas unidades de quatrocentos estavam no meio, uma na frente da outra, separadas por uma distância de aproximadamente vinte metros.

Já as outras quatro unidades de trezentos soldados estavam responsáveis pelos flancos, estando assim como as unidades centrais, separadas por uma distância de vinte metros umas das outras.

Mas no caso dessas unidades dos flancos, as unidades que ficavam na frente estavam mais ou menos alinhadas com o centro da primeira unidade central. Assim sendo, para o Gou'Sham que observava suas tropas do topo de um Besouro, os soldados pareciam estar em uma formação triangular, só que com as pontas quadradas.

Ele olhou atentamente para os soldados em posição diante dele e então mandou cada Deus da Guerra para um flanco, mantendo as Maquinas da Guerra na retaguarda das unidades centrais.

O Gou'Sham então fez uma pausa e olhou para a esquerda, ou melhor dizendo, olhou para o local onde ele acreditava que sua Sham estava naquele futuro campo de batalha.

- Senhor? – Um soldado atrás dele que estava servindo como um assistente se aproximou respeitosamente. – Qual as ordens que devemos passar para os soldados?

As crônicas de Maya - A saga do Império Izar - Parte IWhere stories live. Discover now