Um caminho para a vitoria

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O chão do acampamento estava coberto de sangue e corpos sem vidas de soldados imperiais e guerreiros Exilados. A destruição era maior do que Ling Pan tinha esperado após três ondas de ataques consecutivos dos Exilados.

Aquele tinha sido o pior dia deles desde que tinham erguido o bloqueio no flanco do Exército do Vale das Tribulações para deter o avanço dos Exilados em suporte ao Exército da Aranha no interior do Vale do Mar de Pedra.

Embainhando sua almashas, a Tash analisou com a respiração pesada os arredores. Seus soldados começavam a se reunir em volta dela sob o comando de Raposa enquanto outros soldados de outras unidades faziam o mesmo, cercando seus oficiais ou se juntando as unidades mais próximas quando as suas tinham sido quase que dizimadas.

A primeira onda mal tinha alarmado eles, sendo repelida facilmente após um simples bombardeio das Maquinas de Guerra e algumas rodadas de saraivadas das bestas de repetição.

Os soldados comemoraram enquanto deixavam um tapete de corpos a centenas de metros das barricadas que eles tinham erguidos. Nenhum soldado tinha se ferido naquele ataque.

Já a segunda onda foi um pouco diferente, chegando algumas horas depois que a primeira. Protegidos por gigantescos escudos metálicos, os Exilados avançaram devolvendo os disparos das bestas com seus arcos, mas sendo massacrados pelos canhões moveis de enerjom.

Após minutos angustiantes, os Exilados voltaram a recuar, mal conseguindo ferir alguns soldados azarados atrás das barricadas. Nesse momento eles já tinham deixado centenas de mortos do lado de fora das barricadas dos soldados imperiais. Ling Pan tinha balançado a cabeça em choque com as investidas suicidas de seus inimigos. Ela esperava algo mais depois do que tinha passado nos últimos meses.

Foi então que a terceira onda de ataques chegou menos de uma hora depois da segunda onda. Estava começando a anoitecer e centenas de Exilados montados nos rápidos e perigosos Drags se aproximaram do acampamento imperial.

Os atiradores disparam com suas bestas e as Maquinas de Guerra voltaram a entrar em ação, matando boa parte dos Exilados e suas montarias, mas os poucos que conseguiram se aproximar giravam fundas sobre suas cabeças.

Desespero se apossou de Ling Pan enquanto via as bombas de enerjom sendo lançadas sobre as barricadas, matando dezenas de soldados e abrindo caminho para os cavaleiros Exilados e sua infantaria que vinha logo atrás.

A batalha finalmente tinha chegado ao acampamento e todos foram convocados para lutar. Os Deuses e as Maquinas da Guerra foram inutilizados, já que seus pilotos tinham receio de disparar e acertar seus aliados em confronto próximo aos inimigos.

Ling Pan liderou sua unidade, amaldiçoando os Exilados por terem atacado em um momento que ela não estava próxima a nenhum dos oficiais mais próximos dela como Wei Su, Feng Dol ou alguns Tash que tinham lutado com ela no Torre de Ikako.

Ela direcionou seus soldados para ajudar os soldados na linha de frente, se entristecendo e enfurecendo enquanto via os atiradores que estavam logo atrás das barricadas, meio atordoados após as explosões, sendo massacrados pelos guerreiros Exilados.

Assim como tinha sido na muralha da Torre de Ikako, sobrevivendo aos dias de cerco, Ling Pan usou tudo que tinha aprendido ao longo dos anos, executando uma dança mortal pelo campo de batalha enquanto fazia sua unidade rasgar os Exilados em uma investida compacta.

Sua almashas era um farol em meio a confusão, sinalizando que ela era uma oficial importante do Exército Imperial e convocando os Campeões Exilados para duelos. Duas vezes ela confrontou guerreiros armados com Jax modificadas e duas vezes ela saiu vitoriosa, mas não sem pagar o preço por suas conquistas.

As crônicas de Maya - A saga do Império Izar - Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora