❝My Way❞ Part/4

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Capítulo 1° "My Way"

Kiara não suportara mais, Peter e Alyssa conversava irritantemente, recordando lembranças. Encostada no corrimão da escada principal da escola, os alunos passavam, a união de milhares de vozes.

Desejava uma faca, para cortar os pulsos, pelo o quão torturante era ouvi os dois. Não repugnava o romance, mas demonstração de afeto, era algo que não estará acostumada. Mesmo possuindo aquela doença, as pessoas não a enchiam de flores, davam carinho.

Kiara se afastara das pessoas, uma grande parte dela acreditava que a sociedade a deprimia.

Notou um garoto de pele negra subi as escadas. Era Antony Wright, ele abraçava uma jovem, eles ganharam a atenção da garota flamejante como quase nada naquele pavimento teria conquistado. Seguiam devagar até o semicírculo de jovens rindo; alguns deles trajavam a roupa do time de Hóquei.

Olhos presos neles, olhando os lábios, não que ela não os admirasse, mas só tinha interesse em fazer uma leitura labial. Eles riam divertidamente. Lá estavam uns dos garotos mais cobiçados, ambos eram do time de hóquei.

Condições físicas impressionantes, respeitados por todos.

Idiotice.

Antony, e Andrew Wright (gêmeos) Dominc Brant, Samwell Kettner, e Jason Resten os adoráveis rostos de Heanrtwoth.

Cursavam o último ano, derrubavam adversários e isso afetavam as garotas fatalmente.

Jason falava as covinhas transpareciam em seu sorriso empolgado, a facilidade em que os amigos riam dele era impressionante. O garoto de cabelos negros possuía uma personalidade magnética. Impossível conhecer um indivíduo que não se fascine com o jeito dele energético, tão cheio de vida, ao mesmo tempo, enigmático. Ele é um camaleão social, se adaptando a tudo e a todos. Darwin tinha razão!

⎯ Vai almoçar no terceiro ou quarto horário? ⎯  perguntou a jovem de cabelos castanhos, tirando Kiara da sua recente observação no grupo de hóquei.

⎯  Quarto. Talvez teremos aula de audiovisual, com os alunos selecionados das demais turmas. ⎯  Balbuciou evitando contato com os olhos lamentosos de Alyssa.

A castanha não era de muitos amigos, a maioria era do Clube de Debate político ⎯ Não amigos, mas pessoas com quem dividia duas palavras por ora.

Kiara estava evitando-a pelo simples fato ⎯ Peter Meyer. Nem mesmo ela podia entender que aversão abrupto possuía por aquele loiro de olhos verdes. Inúmeras foram as tentativas de Alyssa Resten para que a garota flamejante abandonasse aquela desaprovação. Kiara vivia um momento sombrio ela nem sempre foi assim, disse a castanha ao namorado quando a flamejante ergueu o dedo do meio, quando ele tentara a cumprimentar com um aperto de mão.

⎯ Certo.⎯  diz a castanha simplesmente.

Alyssa abriu um sorriso sem mostrar os dentes, Peter retribuiu desajeitadamente, e a garota de olhos cinzas apenas desviou a atenção para os corpos dos estudantes agitados dos corredores. Não forçaria um sorriso para Peter nem que o mundo fosse de unicórnios e fadas. Ela viu eles sumirem na aglomeração, engolidos pelos corpos dos outros alunos.

As duas primeiras aulas foram de física. Está estressada, o cérebro armazenara conteúdos desnecessários. Aula de audiovisual, reunia-se os alunos de determinadas turmas discutiam sobre diversos fatores da comunicação. Aulas extras eram exercidas como uma punição por algumas pessoas, e para outras uma maneira de beneficiar-se.

Sentada no meio dos restantes dos alunos, aos poucos os lugares vazios eram preenchidos.
A mulher de face exausta, revirava as gavetas da mesa de madeira.

Kiara Anderson pintava com canetinhas as bordas das folhas, inteiramente entediada. A maior união entre os desenvolvidos intelectualmente, e os depravados. Ela não tinha certeza de qual das categorias fazia parte, mas sabia que aquele garoto que adentrava a sala pacatamente, fazia parte dos dois.

Jason sentara na fileira ao lado, cinco assentos atrás dela.

Dificilmente frequentava o audiovisual. "Ou ele estava desesperado por aulas extras, ou talvez, estará me seguindo" Pensou rabiscando a folha, notando-o pelo canto do olho.

⎯ Eu tinha um resumo gráfico, porém, eu os perdi em algum lugar. ⎯  A mulher sorria constrangida, ainda revirando as gavetas.

O lugar silencioso somente os grunhidos, e os tamborilar dos dedos de um indivíduo na mesa. A senhora de rugas notáveis colocara um vídeo e, ficara com eles durante os primeiros minutos, depois desaparecerá.

Todos permaneciam quietos, e a garota flamejante ficara mais enfadada. Começara a repensar que deverá ir para o Debate político, talvez fosse mais animado. Quem sabe pudesse dizer para fanáticos que era uma comunista e que tinha um traço de muçulmana no sangue. Seria muito divertido quando eles começassem a discutir fervorosamente.

Jason sussurrava com a garota a sua frente Susie Martin, pele negra e cabelos ondulados.

Ao final do vídeo formaram um grupinho no fundo de discursão, murmurava incontrolavelmente. Ele viu a jovem de cabelos loiros tingidos de rosa colocar os fios atrás das orelhas, carregando um cigarro entre os dedos, observou a forma que ela supria o ar em seus pulmões, e até como a fumaça saia pelos lábios.

⎯ Anderson, não tem câncer?⎯  Susie Martin, sussurrou para Jason.

⎯ É. Pelo que parece ainda tem pulmões. ⎯  Retrucou entredentes. Grande parte dele não quer notar a figura da coação, e a outra parte explica com exatidão o porquê de estar ali.

Os demais na sala nem se importavam com o fato da garota fumar, uns dos privilégios de ser "Anderson". Estão acostumados com os atos desdenhosos da garota. Alguém falaria para o diretor, é claro. O que resultaria em uma detenção para ela, mas depois o diretor teria uma conversar com os pais da garota⎯ que usaria um drama para tirar a filha mais nova da punição.

Ela escondia entre as pernas a caixa de Marlboro Ice, dispersando uma nevoa da boca sem preocupação alguma. Era algum tipo de manifestação, alguem deveria vim confronta-la.

Jason a encarava impiedosamente.

Ela virou-se para notar quem a encarava, o peso dos olhos exaustivos dela cai sobre o dele. Estão se afrontando, por mais que ninguém naquele cômodo perceba. Será que devia sentir pena dela? Ele não conseguiria sentir, tampouco da garota que o forçava a uma submissão.

Exalava a fumaça, e o fitava intimidadora com frieza. Uma disputa soturna, apenas de expressões. Desvencilhou ele dos olhos azuis, e ela levou aquilo como uma fraqueza.

⎯ Está flertando com as duas irmãs? Isso é um pecado grave.⎯  Susie estreita os olhos desconfiados, e sorrir com devassidão. Ela sabia como o deixar na defensiva.

⎯  Pecado grave é ajoelhar na igreja e fingir que está rezando.⎯  Rebate secamente, dividindo olhares com algumas pessoas no cômodo. Se pergunta se alguém terá visto a disputa esquisita dele, com a garota que continuava a proferir a nevoa.

⎯  Isso aconteceu só uma vez, e em minha defesa estava bêbada.⎯ ela explicou.

⎯  E não estou flertando a estranha, estou a observando. ⎯  diz impaciente, correndo os olhos na garota de cabelos rosa novamente.

Sem Cores, Sem DoresOnde as histórias ganham vida. Descobre agora