❝My Way❞ Parte/9

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Capítulo 1°  "My Way"

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Capítulo 1°  "My Way"

O som barulhento das buzinas do Cadillac CTS-V soava na rua, o motor arrancando firmemente. O jovem fitava a porta da residência, ansioso. As orbitas vermelhas, oscitação, e os cabelos revoltos apontava a noite mal dormida. Kiara atravessava a sala, abrindo a porta rapidamente. Descera os degraus da varanda, sendo apressada pelas buzinas ensurdecedoras. Mas antes de conseguir chegar no último degrau, foi impedida, o seu braço direito fora agarrado impetuosamente.

— O que estar fazendo?! — Dereck tinha uma reprovação no tom, olhara de soslaio para o jovem impaciente do outro lado dos portões, e depois para a garota que franzia o cenho.

— É bem evidente. — Kiara Anderson fez um gesto com as mãos enfatizando o uniforme escolar que ela trajava, e apontou para Jason.

Jason destruí-o a calçada dos Anderson duas vezes naquele ano, em sua defesa o mesmo argumentou que "Pensei que era a minha casa, é bem idêntica" e no Halloween passado ele, e o grupo de amigos havia urinado nos portões da vizinhança, e no argumento ele usara a mesma frase.

Dereck assim como todos, começara a pensa em quando o garoto de um primor admirável, transformou-se no jovem impudente. Kiara por outro lado via como um trunfo, algo a ser explorado.

— E Alyssa?

— Doente, ou provavelmente transando com Peter na casa dele.⎯  ela argumentou, fazendo uma careta de decepção.

Derek censurou ela com os olhos depois do contexto sexual, como se a palavra fosse algo perturbador.

— Eu vou leva-la, Resten! — Ele gritou do alto da varanda, puxando a filha delicadamente num ato controlador.

— Não. Eu vou com Jason, ele é confiável. — Dissimulou uma ingenuidade. Sua voz suave, parecia até engraçada ao seu ouvidos. Ele paralisou, ficou como uma rocha, até retormar uma expressão desconfiada.

— Isso não é um dos seus joguinhos, certo? — Especulou, os olhos curtos como de um gato que examina o cão.

— Ele é meu amigo, conheço Jason desde do meu nascimento. Talvez eu só tenha prestado atenção agora, mas ele e eu somos iguais. ⎯  ela diz.

— Brancos, ricos e imprudentes? Jason, não é um jovem correto. —  disse com o ar protetor de um pai, fazendo transparecer as rugas no meio da testa, que indicava sua exaltação. Ele ainda segura o braço da filha, sentindo o batimento, calmo, e rítmico.

— Eu sei. Confie em mim, nem eu sou. —  Ela disse ríspida, puxou os braço das garras paternas, e dará as costas ao pai. Com firmeza andou em direção aos portões, sem preocupação alguma.

— Kiara, eu posso leva-la. —  falou Derek outra vez imperialista. Notando os cabelos flamejantes cortar os portões.

Ele a olhava um tanto decepcionado, os esforços no qual tentou para afasta a garota não funcionou.

Kiara era teimosa, e com o tempo a arrogância desabrochara dentro dela. Ele culpava a doença, e em grande parte si mesmo, por ter deixado ela torna-se aquela pessoa que desprezava a vida, que tinha como hábito a ignorância.

— Kiara. — ele gritou, em mais uma tentativa de intervi, mas a garota entrou no carro, acenando em um adeus. Os olhos azuis dela reluziam a intrepidez. Ela parecia ter esmagado o coração dele entre as mãos, pois, sentia um aperto muito forte no peito.

A veia na testa de Derek formava-se, expirou profundamente esfregando os dedos na fronte.
Pelo seu conhecimento sabia que Kiara fara aquilo para o deixar frustrado. Pensou em notificar o ocorrido para a esposa, mas bem, não havia motivos para contar.

Além do mais deixaria a mulher da mesma forma que ele. E o seu momento de irritação era passageiro, poderia lidar com mais umas das crises que a filha adorava provocar.

Jason só era um "Bad boy" não o Al Capone. — Posso lidar com isso.

Ela inalava o cheiro do couro do estofado do automóvel, um cheiro agradável de limpeza e ao mesmo tempo o um cheiro irritante do ar quente do umidificador.

A pequena miniatura de saturno presa no retrovisor flutuava inquietamente, percorrendo a sua orbita fictícia. Nunca havia notado aquele objeto lá, talvez na última vez que estivera no carro não teria o visto.

Kiara começara reparar furtivamente cada canto do automóvel, armazenando em sua memória, e criando teorias. Jason era um jovem organizado, mais do que queria demonstrar, ela conseguia ver a dificuldade dele ao tentar não se importar com as coisas fora do lugar, o quão incomodado ele evitava transparecer em situações desconcertantes.

Nem a música conseguia enaltecer o silêncio constrangedor que pairava, eles cortavam pelos carros em uma velocidade considerada perigosa. Ele sentia a necessidade de livrar-se da vizinha com urgência.

— Eu sou tão aterrorizador?  — diz dando um fim no silêncio, que Kiara começava a apreciar.

— O quê? — questionou tirando os olhos do trânsito, para o observar.

— O seu pai, ele parecia ter entregue o seu primogênito a um nazista. — Ele parou diante a faixa de pedestre, enquanto o conjunto de pessoas passavam.

— Digamos que, sim. Os fanáticos do Resten, talvez tenha a imagem ao seu respeito como um ser divino. Entretanto a sociedade paternal ver você como uma figura perniciosa. —  respondeu num suspiro inaudível. Ela vizualisou novamente a miniatura, e depois reparou em Jason de soslaio.

— Eu estou na lista negra paternal? ⎯  ele não havia compreendido ao certo o que a garota havia o dito. Figura perniciosa?

Jason tamborilava os dedos na coxa impaciente, hesitando o pé no acelerador aguardando a senhora que passava desanimada na rua.

— É quase isso. ⎯   ela balançou a cabeça com vigor, á assentir. Kiara transparecia estar segura do que dizia.⎯  Você é uma linda sereia, que encanta todos com sua beleza, e os atrai para o seu oceano da perdição... é mais ou menos assim que eles veem você.

Ele quase pode ouvi uma risada dela, mas ela tinha uma veemência na face.

— Uma sereia da perdição, sério? — ele ergueu a sobrancelha. Aquilo é uma piada. — Não havia outra figura perniciosa para comparar? Tenho toda certeza que seu pai não me ver assim, e que você tem um senso de humor horrível.

— As estatísticas não metem é "Uma sereia da perdição". Eu vi isso num site de teste sobre personalidades perniciosas. — Ela disse sem afeição.

— Teste de personalidade?! ⎯  inquiriu na defensiva. ⎯  Essa sua teoria louca é baseada em um teste de personalidade?⎯  ele bufou, movendo a cabeça em ceticismo.

— Eu ficava bastante entediada no hospital.⎯   Ela explicou.⎯  É um daqueles quiz que você responde, e eles dizem...

— Sei o que é um "Quiz", e são falsos! — Interrompeu rude. Seu rosto ganhou uma armadura, pela sua expressão granítica. — Não sou um predador sexual.

— Você transa com garotas em uma noite, e na outra fingi que nunca as viu, somente pela simples necessidade hormonal. Convenhamos dizer que você é de alguma forma, um predador sexual. —  Recriminou ela, apontando uma ocorrência óbvia.

— Eu não obrigo ninguém a abri as pernas para mim, meu bem. — justificou indelicado. Ela não aquieceu, apenas fitava-o com um olhar implicante. — Elas que se entregam, e eu não prometo nada futuramente. As garotas se conformam com a ideia do simples prazer momentâneo. Não sou um predador, ou sei lá o que dá perdição.

— Claro que você não é, Jason.  — Diz irônica.

Ele encarou a expressão cômica que ela tinha no rosto, mas ela nem se quer dará uma risada.

Sem Cores, Sem DoresWhere stories live. Discover now