❝Sittin On The Dock of The Bay❞part/4

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Jason Resten, e Kiara Anderson empenharam-se em passos silenciosos ao atravessar a sala discretamente, mirando seus olhos no balcão de bebidas. Mediaram os copos com um liquido avermelhado de uma jarra, que se encontravam entre uma garrafa de champanhe.

Copos que tinham ilustres faixas douradas, e uma jarra com então também uma faixa dourada na borda. Um ambiente oriental. Havia belos arranjos de flores espalhadas pelos perímetros da cobertura, em jarros de detalhes de frases em árabe.

⎯ Quê que é isso?! ⎯ Jason fez uma careta de nojo sentindo um gosto adocicado romper por sua garganta.

⎯ Chá de Karkadeh. ⎯ Ela põe a borda do copo de cristal em seus lábios, e degusta o gosto do hibisco. A última vez que sentiu o cheiro e o gosto aromático da flor de hibisco fora com 14 anos. Ele traz uma nostalgia inesperada.

Jason apanha a garrafa de champanhe e defere um punhado da bebida alcoólica dentro do copo, fundindo o chá com o champanhe. Uma satisfação emerge em seu rosto quando o álcool finalmente enaltece o gosto de sobriedade. Ele ajeita a camisa social, arregaçando uma das mangas, deixando-o com uma aparência mais relaxada.

⎯ O que significa aquelas coisas que disse ao aperta as mãos das pessoas? ⎯ pergunta, suprindo mais um gole de sua misturinha. De repente, parece que todos naquele pavimento entram em uma conversa paralela.

⎯ Que estejam em paz, é mais ou menos isso que significa. A ideia dessa saudação é... altruísta. ⎯ Ela aperta os lábios, e tenta procurar por alguma coisa benevolente que já tenha feito em sua memória.

⎯ Sim, altruísmo. Acho que preciso de Salamu AlaiKum, e de mais chá oriental. ⎯ Jason despeja mais chá no copo, e mais um punhado de champanhe. Engolindo a espuma avermelhada que transborda.

As pessoas dispersas entre o cômodo, agora reuniam-se no centro da sala tomando o sofá, e as poltronas. Elias e sua esposa cumprimentavam todos tradicionalmente, conforme a doutrina os compile a fazer. Ao dá início as orientações e as discursões. Kiara Anderson olhou para o castanho fazendo um gesto com a cabeça para que ele a seguisse.

Foram rumo a cobertura. Uma extensão ampla de assoalho rustico, cujos os parapeitos de vidro brotavam das extremidades da cobertura. Há uma fileira organizada de arranjos de flores idênticas as que estavam dentro do apartamento, e desmedidos vasos de palmeiras pelo circuito.

Tem uma mesa de granito e cadeiras com estofamento, também vários tapetes semelhantes ao de Yoga, alinhados no assoalho. A respiração é mais leve lá de cima, a calmaria da brisa gelada que vagueia pela atmosfera entre o emaranhado de arranha-céus.

Conforme a luz do sol é usurpada pela noite de outono, as lanternas marroquinas iluminam o espaço. Flashs de luzes LED alaranjadas presas nas palmeiras mancham o local.

Kiara Anderson pende as mãos no parapeito de vidro, com os olhos na vista panorâmica. Ela não devia estar tão perto da borda, a consciência do castanho alerta. Jason imita o gesto da garota, se pondo ao seu lado, observando além de prédios comerciais e o trânsito caótico.

⎯ Como está sua irmã? ⎯ especulou, ele está tão perto que a garota pode sentir o hálito do chá alcoólico acertar o seu rosto.

O calor do braço direito dele mesmo revestido pela camisa, atingem a pele dela em um grau letal, estão com os braços grudados um no outro.

Ele está perto demais, a insegurança de tê-la próxima de um lugar abismal, o faz não se permitir esquivar nenhum centímetro.

⎯ Ela ficou o dia inteiro trancada no quarto. Meus pais sugeriram que ela vá morar com a nossa tia paterna, na Europa.⎯ Há um traço de descontentamento no modo com que ela articula as palavras, e a expressão na face dela é de imperturbável.

Sem Cores, Sem DoresWhere stories live. Discover now