Capítulo III

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Não tinha nada pelo o que viver 
Parece que nada vai cruzar o meu caminho 

Então vou ficar sentado no pier do porto 
Vendo a maré ir 
Sentado no pier do porto 
Deixando o tempo passar... 

Parece que nada nunca vai mudar 
Tudo ainda está do mesmo jeito 
Eu não posso fazer o que dez pessoas querem que eu faça 
Então acho que eu vou continuar o mesmo. ⎯  Trecho da música “Sittin On The Dock of The Bay” do cantor Otis Redding. 

Ecoou pela escadaria, o som do salto em passos ordenados

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Ecoou pela escadaria, o som do salto em passos ordenados. Kiara Anderson, usava o vestido cor champanhe, com um decote V complementado por uma renda floral.

O tule do vestido seguia do início da sua cintura, logo até os pés. Os cabelos flamejantes presos num coque impecável, apenas uma única mecha sobressai no seu rosto, perfeitamente ondulada. 

Jason a olhava enleado pela a beleza da jovem. Que garota mística era aquela que habitava em meio aos mortais?

E conforme ela descia a escada as pupilas dele dilatavam-se, e aquela estranha imagem alimentava o encanto do jovem.

Ele estava hipnotizado por aquele nevoeiro cinza que ela portava nos olhos, do tom sombrio e devastador que fazia qualquer um se arrepiar. 

E ali estará Kiara Anderson, a mesma garota que atravessava a porta da casa de Jason Resten anos atrás, com os mesmos olhos cinzentos, fios dourados, sempre tão encantadora e mística. 

⎯ Uau! Não me disse que iriamos casar, mas a minha resposta é sim ⎯  Kiara chegara no penúltimo degrau, e ele erguera a mão cordialmente para que ela segurasse. 

⎯  Haha, hilário. ⎯  Ela apanhou na mão do indivíduo delicadamente, como se fosse uma rosa da qual não podia esmagar. 

⎯ Kiara, você está esplêndida. ⎯  Essas palavras saíram dos lábios dele carregada de uma veracidade, que fazera ele mesmo assustar-se. 

⎯ O quê?! ⎯ diz atônita, ele que achara que a garota não poderá ficar mais pálida, viu o resto das cores de seu rosto desaparecer. 

⎯ Não é isso que os namorados dizem? ⎯  Jason inclinou a cabeça, aproximando do ouvido dela, sussurrando. 

⎯ Não somos namorados. ⎯  repreendeu ela.

⎯ Tudo bem, você está horrível. ⎯  Ele fez uma cara de criança malcriada.

⎯ Assim está bem melhor. ⎯  diz Kiara assentindo satisfeita. 

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⎯  Sim. ⎯ Sarah falou. Foi a coisa menos maquinal que a irmã mais velha disse durante anos, pensava a flamejante.

Sarah deixou a emoção a conduzir, não se acorrentando as lições de robótica da mãe.

Sem Cores, Sem DoresWhere stories live. Discover now