↬ ᴄᴏᴍᴏ ᴘʀᴇᴘᴀʀᴀʀ ᴜᴍᴀ ғᴇsᴛᴀ ᴘʀᴇ-ғᴜɴᴇʀᴀʟ

67 10 2
                                    


Kiara Anderson para os leitores: 《 on 》 Vocês ainda não me superaram, meus cúmplices?

Obs: Esse capítulo é um bónus, talvez aja conflitos com os demais capítulos. Ou seja, algumas coisas podem fugir da analogia.

Será um dia caloroso, é o que os raios de sol apontam ao resplandecer no início da manhã. Uma coisa estranha de orquestrar a sua própria morte, ou de saber que a qualquer momento o seu câncer pode rasgar você ao meio, é que você acha que não está preparado, e a verdade é que ninguém nunca vai estar. Ela pedala em ritmo rápido na bicicleta pelos quarteirões, achou aquele veículo de duas rodas aos sete anos ao descobrir que pertencia a irmã mais velha. Sarah não contestou ao ver a garota andar pelas ruas com os amigos, no entanto a mãe não se agradou ao ver a grama do jardim ser destruído por rodas. Depois de duas semanas, Jane proibiu a filha de tocar na bicicleta roxa de combinações douradas.

Incrível, depois de dez anos ela não se esqueceu de como ter controle, ela se levanta acelerando nas pedaladas. A brisa densa e calorosa de um dia quente corrompendo o seu corpo, o cheiro natural da atmosfera. Sua roupa tinha respingos de água, acabou atravessando o jardim de gramas bem aparadas e desenhada pelos paisagistas, um jato dos irrigadores a acertou. Ela riu, imaginando sua mãe gritando sobre as marcas dos pneus.

– Vandalismo, é esse o termo designado para quem faz aquele tipo de ato – O castanho anuncia quando ela o alcança no meio do quarteirão. Ele conseguiu ouvir ela gargalhar, depois de notar ela destruir vários gramados ao seguir ele em sua corrida matinal. Jason continua correndo focado em manter a sua meta rotineira. Ele precisava exibir o seu glorioso corpo de jogador de hóquei. Eu sou brutal, eu sou melhor. Kiara tenta imaginar ele falando isso, e não contem o riso.

– Conhece muito bem esse termo, ele cai singelamente em seu rosto de "Fiz xixi nos portões da vizinhança" - Ela engrossa o tom na ironia o suficiente para ser uma imitação de voz masculina, revirando os olhos para a acusação do castanho. O corpo dele brilha pela luz do sol refletindo em seu suor na pele. Jason Resten anestesia os passos em subitâneo, fazendo a garota também parar bruscamente sua bicicleta em total descontrole. "Parar" sempre foi o verdadeiro problema para a menina desenfreada. Literalmente falando.

– O que você quer? – Ele resmungou, apertando os lábios em impaciência, parando em uma posição ereta colocando as mãos na cintura. Vendo-a recuperar o folego, e tirar os fios de cabelos dos olhos.

– É... meus pais não estão em casa nesse fim de semana. – Kiara revelou, voltando a tomar folego em uma expressão asmática. Jason procurou por direção do que ela dizia.

– Isso é legal, considerando que você parece se importar muito. – Ele expos, em seu aspecto um pouco confuso.

– Não podemos dar nenhuma festa sem permissão, é a primeira regra para evitar conflitos por termos muita coisa de valor em casa. – Ela já tinha se recuperado da sua suposta crise de ar, e agora se concentrava em seu subordinado leal. – Uma vez, Sarah usou as palavras "Nossa casa, Festa e Escola" e mamãe Jane engasgou com a propria raiva.

– Conflito? Agora, há um sentido em sua recente importância em seus pais não estarem em casa. – Ele completou, seguindo a linha de raciocínio que ela arquitetava.

– A sua inteligência nunca me decepciona, caro Resten. – Kiara usou a seu comum tom de voz para anunciar sua ironia na frase. Ela suspirou, e levantou-se do assento da bicicleta para ter uma altura mais digna de superioridade do garoto de olhos incitadores. Kiara escaneia a rua não tão atraente – aos seus olhos –  do seu bairro, antes de deferir um olhar ao castanho.

– Uma festa, é essa sua ideia genial? – Ele zombou.

– Sim, não qualquer festa colegial. Quantas pessoas você tem te seguindo na sua conta do Instagram?

– Não reparo muito nisso... a uns dez minutos atrás eu devia ter o que, uns 15 mil. – Ele fingiu fazer cálculos nos dedos, até concluir o seu número exato de seguidores. Jason sorriu em ostentação, e esperou por uma reação bem mais impressionada na sua amada Sádica.

– Nossa isso soa até ser um número exuberante. – Kiara assume, terminando por fim em um tom mais indiferente ao ver a postura convencida dele. – Principalmente pelo fato de que você acha isso algo importante.

Paradigma Universal de um funeral, é que todos devem usar preto. É uma postura de quem estar vivendo um luto, certo? Ela não duvidou que Jason Resten conseguiria trazer boa parte dos alunos da escola para sua casa, e lá estava grande parte deles espalhados pelos cômodos principais.
Os grandes portões se abriram e lá o convite para a maior festa que o bairro já teve, lá diante da varanda principal da casa do Anderson, uma garota de pele pálida e cabelos flamejantes examinava de modo triunfante as dezenas de pessoas atravessarem pelo jardim em direção a casa. Carros se alinharam no quarteirão, buzinas e burburilhos se misturavam pelas ruas.

Ela descera as escadas com serenidade, analisando a forma rápida que a sala da sua residência se inundava. Era como chamas de fogo, as pessoas se espalhavam pelos cantos  fazendo uma barulheira. Um som insuportável fazera todos na sala coloca as mãos nos ouvidos em súbito, o som estridente do sistema de áudio fizera um zumbido quando os microfones foram arrancados da mão de um dos garotos e acertou o chão.

– Olá, seus filhos da mãe. Jason Resten, on live. – a voz do garoto resplandeceu por cada canto da casa, de corredor a corredor, em um eco. – Há apenas um regra hoje, espero que respeitem. Regra um: Podem fazer o que quiserem. Regra dois: quem não se divertir e não respeitar a regra um, será expulso com um chute no traseiro daqui.

Kiara parou instantaneamente no degrau, fazendo uma careta pela imodéstia do rapaz. Logo após o anúncio, a multidão deram gritos e palmas apoiando-o como se o mesmo fosse algum tipo de líder carismático.

Será que eles não ouviram "chute no traseiro?" ela se perguntou.

Notas da autora visivelmente sedentária em relação a escrita: Cometem bastante, caso queiram que eu termine o bônus. Bjs, and bye!

Sem Cores, Sem DoresWhere stories live. Discover now