❝A Change Is Gonna Come ❞ part/2

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⎯  O que você tem na cabeça? ⎯  apontou o dedo acusador na direção do jovem de cabelos negros, e de sorriso aperfeiçoado. ⎯  Tem ideia do que fez? Todos estão falando desse maldito beijo.

Jason Resten passou a mão na testa limpando o suor que escoria do cabelo, a camisa do time de Hóquei está impregnada pelo suor. Ela andava em passos rígidos atrás do jovem em meio a enorme arquibancada.

O resto dos jogadores continuavam no campo de gelo, patinando fervorosamente, enquanto desliza com disco de borracha. Algumas pessoas perambulavam atrás do murro de proteção. Jason tinha um sorriso de grande tamanho, vendo a tensão presa na face da garota flamejante.

⎯  De nada.⎯  diz ele, irritando-a mais.

⎯  Acho que você não entende o significado de "Finge que não existo, que está livre" aquela COISA não deveria ter acontecido. ⎯  ela apunha-la as palavras com ódio.

⎯  Muitas coisas não devem acontecer, mas eu odeio roteiros. E desistir da realização de algo não consisti em mim. Quebra de contrato é assombroso. Sou um homem de palavra. ⎯  Aquilo devia ser algum tipo de piada, porque ele continua sorrindo.

⎯  Eu estou pouco me importando se é um homem de palavra, ou pra essa merda de contrato.⎯  Kiara bateu o pé no chão, os lábios apertados. ⎯  Qual é a sua, Jason?

Ela está com um tom de desgosto e inflexível. Seus olhos estão presos nele como se algum momento fossem sair raios lasers.

Um garoto do murro de proteção bate com o bastão no murro duas vezes, e Jason desvia os olhos castanhos de Kiara para o garoto. Jason ergue as duas mãos para o garoto lá embaixo em formato de T, pedindo por mais tempo.

⎯  Vamos lá, Kiara. Continuamos o seu plano diabólico, e eu continuo sendo um sujeito moral, politicamente correto. Você consegue o seu fim trágico, e sou o seu cumplice. ⎯  Protesta ele esperançoso, quase ajoelhando no chão ao implorar.

⎯  Não, Sr. Ambicioso!⎯  Ela exclama ainda mais amarga do que a primeira vez.

⎯  Qual é? ⎯  Ele diz tenaz, dando um passo na direção dela. ⎯  Diga-me, não foi uma boa ideia o beijo?

⎯  O quê?!⎯  Kiara berra, estagnada no arquibancada. ⎯  Não!

Ele dar mais um passo na direção dela, sugerindo algo. Kiara jura para si mesma que se ele beijasse novamente, iria o empurrar daquela arquibancada.

⎯  Pense,⎯  Ele fala com energia induzindo a fazer o instruído, e a garota apenas cruza os braços. ⎯  Agora Virginia Anderson imagina que eu e sua irmã estranha, arrogante e mórbida, ⎯  Jason dá uma ênfase nas palavras, o que faz a menina revirar os olhos, e ele prossegue. ⎯  Temos um caso ou seja, comprometimento. Não somos amigos, somos algo a mais. O garoto por quem ela tem atração está com outra, isso deve fazê-la arrancar a própria pele. Neste momento deve estar rezando para todos os deuses egípcios e, gregos para que sufoquem você. Eu sou um gênio, Certo?

⎯  Às vezes a sua inteligência, se funde a sua babaquice. ⎯  Ela falou com animosidade, se preparando para qualquer reação que ele efectuasse.

Jason não sabia o significado da incipiente exasperação de Kiara Anderson, o motivo da sua cólera ilimitável.

No entanto, o significado para aquela euforia insuportável, não fora necessariamente de fato pelo ato impetuoso "O Beijo".

Ele havia desrespeitado agressivamente a intimidade dela, e esse seria um motivo adequado. Mas esse ainda não era o motivo.

A veracidade da questão é que, Jason Resten foi a primeira pessoa que ela beijou. Foi com ele que Kiara Anderson tera o seu virtuoso Primeiro Beijo.

Ela jamais em toda a sua vida, em todas as teorias prováveis criadas em sua mente, ela jamais imaginou ele, e as impossibilidades existentes era dezenas de milhares.

E certamente, ela imaginou diversas formas que o seu primeiro beijo ocorreria. Todas as malditas vezes acreditou que ocorreria, ela pensou em Nate. Jason havia esmagado as possibilidades alucinantes de Kiara, e seu amor platônico.

Jason tinha o sorriso um tanto vitorioso, e Kiara sentira uma forte inflamação. Conseguia senti o gosto do sangue na boca, pequenas partículas sendo dispersadas pela bochecha esquerda. Seus dentes continuava a morder a pele epitelial.

Agora diante de Jason ela só queria o estrangular até o sorriso dele desaparecer.

**********

Veloz, e fria a noite aproximou-se. Deitada sobre a cama pensando no martírio do peso do sorriso de Jason e dos seus lábios impertinentes.
E

la desejou com bastante força que o beijo nunca houvesse acontecido. Ela não achava Jason uma pessoa horrível, ou não atraente. Mas, não deveria ser ele, o vizinho/amigo de infância.

E naquele instante, um ser surgiu no seu quarto de forma brusca. A porta fez um barulho estrondoso ao bater contra a parede.

Kiara continuou serena, imóvel na cama, observando a intempestividade da mulher. Uma hora ou outra isso aconteceria, Virginia nunca foi boa em guardar segredos, especialmente quando não era os seus segredos.

⎯  Me contaram sobre você e o garoto. ⎯  A depreciação é perceptível, seu tom é repugnante aos ouvidos da garota flamejante.

Seu dia foi estressante demais para agora ter que suportar o Ataquezinho colérico, da sua mãe.

Entretanto tem uma coisa estranha que a faz se divertir ao ver a veia na testa da mulher. Aquele pequeno sinal saltando, quase saindo para fora da testa da sua mãe. Aquele era um terrível sinal de que as coisas estão péssimas.

O mesmo sinal agudo de quando Kiara atravessou a sala de jantar com os cabelos loiros em madeixas rosas, vestindo roupas pretas no Dia do Trabalho. Jane quase teve um colapso naquele dia, quando ela exigiu que a filha trocasse de roupa e mudasse a cor do cabelo, e Kiara desalienada respondeu o seu primeiro "Não".

⎯  Somos amigos. ⎯  diz Kiara fazendo pouco caso, sentando agora sobre a cama, para ter uma visão mais ampla da mulher.

⎯  Amigos?⎯  Ela deixa um riso soar de seus lábios maléficos. Jane dar os seus dois passos, aqueles passos que sugerem algum tipo de ameaça. ⎯  Já me cansei dessa história de menina rica dando uma de rebelde, acho melhor se comportar. Eu não quero ter que...

⎯  O que vai fazer? Me trancar no quarto até a minha morte? Ameaçar com agulhas?⎯  Ela sugeria afim de incitar a mãe. ⎯  Não sou mais aquela garota, não sou uma de suas filhas perfeitas.

Jane engolira em seco, os dentes semicerrados, colocou os fios atrás da orelha maquinalmente.

**********

⎯  Tudo bem, vamos continuar com o nosso contrato. Eu tenho um plano perfeito para envergonhar minha família antes do meu fim trágico. ⎯  falou Kiara, logo após entrar no Cadillac na manhã seguinte.

⎯  É isso que você quer, garota má? ⎯  perguntou Jason, lançando um sorriso diabólico.

⎯  Não sou uma garota má, sou uma garota de objetivos incomuns. ⎯  Refutou, colocando o cinto de segurança.

Recordando da noite passada com um extremo orgulho da tempestade que apossou de sua mãe. Jane saiu do quarto da adolescente, em silêncio, rastejado feito a mulher impotente que dissimulava não ser.

Jason Resten é uma boa escolha.

Um enorme sorriso surgiu nos lábios robustos de Kiara, seu coração palpitava afirmando o quão errado poderia ser. Contanto a sua mente ansiava para o que estava por vim.

Sem Cores, Sem DoresWhere stories live. Discover now