❝A Change Is Gonna Come ❞ part/7

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Ela quer muito ir para casa, mas Kiara sabe que ela vai estar lá assim que cruzar a porta, a sua maldita insônia estará lá.

Durante os seus pensamentos vacilantes ao respeito da posterioridade, foi impelida contra algo extremamente gélido, a visão preencheu-se de um azul vigorante, e embaçado. Abriu a boca e gritou. Sem resultados. A não ser pelo liquido que invadia sem consentimento pela sua boca e nariz. O que é isso? Ela se pergunta. Está muito frio, tenta gritar novamente, e nada. O coração estrangula ela, batendo firme e rápido.  Debatia-se desesperada, em pânico. Verá a escuridão, a trágica e inesperada escuridão. Até um som abafado ser reproduzido na água, e mãos envolve-la.

Um garoto a encarava, a expressão preocupada, se desfez em alivio. A mesma luz azulada que a trouxe pânico, refletia na face do jovem. Os pulmões queimavam, como no mesmo dia em que tentaram a reanimar na sala de cirurgia. Ela pigarreou forte, quatro vezes, deixando o liquido sair involuntariamente. O rapaz possuía cabelos ruivos encharcados e sardas evidentes nas bochechas, a escuridão atrás dele dava um contraste mais árduo em sua pele. ⎯  Eu estou morta, meu deus, estou morta. Foi a primeira coisa que sua mente conseguiu formular.

⎯  Consegue me falar seu nome? ⎯  perguntou freneticamente, próximo demais para não notar cada detalhe da pele dela.

Aquela garota possuia uma placidez destacante, uma pele tão macia quanto um anjo. Os olhos dela, o fazia lembrar de dias chuvosos no verão. Lábios cheios, que ele acabará de tomar para si, ganhava um pouco de cor agora.

⎯  Kiara Anderson. ⎯  Ela pigarreou novamente, o canto esquerdo de sua cabeça dava pontadas, anunciando a insuficiência de ar no cérebro. Kiara não conseguia discernir nada, além de que sua cabeça doia muito.

⎯  Tudo bem, Kiara. ⎯  Ele disse aliviado, realizando um perícia rápida nela.⎯ Não vejo nenhum sinal de contusão, e nem perda de consciência.

A voz dele ficou inaudível e ela quis vomitar, seu estômago deu incontáveis voltas. Kiara Anderson acabou de retomar seus sentidos, e seu cérebro alarmava como um detector de incêndio. O garoto de sardas e cabelos ruivos encharcados, que a encarava era Nate Westerfield. Não estava morta, ou muito menos sonhando, estava viva, e aquilo era real.

O universo mais uma vez a enganara.

Nate Westerfield examinava a garota flamejante com seus olhos grandes azuis, entregava a ela um copo de água sem gás. As mãos dele firme tão quente e ágeis, ainda podia sentir envolta de seu corpo.

Suas costas havia tocado o fundo da piscina, mas a única coisa que se lembra agora é de ter visto os flamingos de plástico a encarar como abutres.

⎯  Sabe como foi parar dentro da piscina?⎯   A voz dele é tranquila e prestativa, o jeito dele largado como se não houvesse preocupação.

Kiara balançou a cabeça negativamente, ingerindo metade da água. Alguns curiosos passavam pela cozinha, cochichando.

Ela estava sentada no banco do balcão, no mesmo lugar em que Jason ofereceu uma taça de bebida alcoólica para ela, e ele desaparecera. Kiara se via constrangida e, ainda mais desconfortável. Desejou com todo o coração está em casa, e que aquilo nunca houvesse ocorrido.

⎯  Kiara Anderson, é do audiovisual? ⎯  Diz ele preste a desvendar uma dúvida. Nate expira alto, como se tivesse prendido o ar por demasiado tempo.

⎯  Sim, eu faço.  ⎯  Assumiu ela falando baixinho, recuando um pouco por conta do frio.

⎯  Sabia que conhecia você de algum lugar. ⎯  Nate diz com satisfação, e sorrir.

Sem Cores, Sem DoresWhere stories live. Discover now