❝My Way❞ Part/5

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Capítulo 1° "My Way"

Quarto horário dividirá com a Resten uma fatia de rosquinha com uma espeça cobertura de baunilha; que sabia em seu íntimo que não devia comer pelo alto teor de açulcar. Entretanto a sua glicose estava baixa a quase uma semana.

Ali debruçada na mesa do refeitorio, acompanhada pelo casal irritante, e por dezenas de outras pessoas que circulavam como em um formigueiro, Kiara pensou em coisas hediondas.

De repete, o seu mundo ficou tremendamente maravilhoso. Nate Westerfield andava pelo refeitório, a pele bronzeada, cabelos loiros e com madeixas ruivas. O jeito selvagem, cujo o hobbie era surf. Ele também trabalhava meio período, como salva vidas no clube Light-NESS.

Ela deve o ter visto pelo menos uma vez rasgando as ondas numa Live, que ele fez no Instagram no verão antecedente. Começara alimentar a imaginação depois de Nate ingressou na escola. Ele era do tipo que andava sozinho, sem vaidade ou, preconceitos.

Sozinho.

Era estranho pensar que mais alguém estava sozinha, além dela naquela monstruosidade escolar. Mas e Alyssa não conta?

⎯ Então, meu irmão está no audiovisual?⎯  especulou Alyssa, limpando as comissuras da boca com os polegares. Kiara mexia a boca de modo lento, absolvendo cada gosto da cobertura tradicional da rosquinha.

⎯ Sim, patético! ⎯  respondeu, desviando os olhos do corpo de Nate para notar os dois jovens a sua frente, que agora ingeriam sanduiches de atum.

Os corpos de Alyssa e Peter estavam tão juntos, que pareciam que estavam sendo forçados por um imã invisível.

⎯ Ele consegue ser bom em muitas coisas, tirou nota máxima em química e faz parte da álgebra avançada. Sem tirar o fato que o arremesso dele é fantástico. ⎯  Dizia Peter com o tom impressionado, não detendo a sua inveja em relação aquelas qualidades do jovem.

Como se todos não soubesse que Jason era um verdadeiro "Filho da mãe" por se tão bom em tantas coisas. Mas ele também era tão pior em tantas outras. As pessoas não viam os malditos defeitos do Resten?

⎯ Ontem ele estava me ajudando a malhar, fiz dois abdominais e ele havia feito dez. O que acabou fazendo-o desisti de me ajudar a ficar gostosa.⎯  Alyssa diz como uma confissão fazendo como de costume, o seu melodrama.

Qualquer um consegue fazer dez abdominais, isso não é algo exclusivo de um jogador de hóquei. Retrucou mentalmente, mas o que ela perguntou para os...quer dizer para a garota a sua frente, a quem ela não ignorava por ora foi:

⎯  Pediu seu irmão para te ajudar a ficar gostosa?! ⎯ questiona, a sua voz denuncia a sua discordância, e supresa.

⎯ Não, disse que meu nutricionista havia recomendado perda de peso, para um corpo saudável...e que minha bunda tinha que ficar mais firme.

⎯  Acho que ele desistiu depois de ouvi "Bunda, Firme e Gostosa".⎯  As palavras desdobram e saem com a sua notável depreciação. Alyssa faz aquela sua cara de "Tanto faz" enquanto o ex-namorado que ainda é namorado a convence de que é Gostosa. Kiara revira os olhos pelo quão desconfortável é ter que continuar ouvir aquela ladainha de sempre.

Alyssa Resten era do tipo insegura, preferia um Bilhão de vezes ser a plateia do que a protagonista, mesmo sendo quase tão bonita quanto a metade das garotas da escola. Ela é muito simples, é um dos motivos pela a garota flamejante nunca a ter odiado.

Fora direto ao seu armário assim que saiu do refeitório, aquela fileira infinita no corredor. Algumas pessoas perambulavam até suas salas. Ela procurava pela sua caixa, da qual era repleta de frascos de medicamentos. Derek espalhava caixas reservas por todo canto. O celular vibrava em sua mão, alarme para ingeri mais dose das pílulas ⎯ Merda, a caixa havia evaporado do armário.

⎯ Sim, eu aceito. ⎯  Surgia a voz atrás de si, o tom de resiliência, parecia ter perdido uma batalha, e agora se arrastava até ela, rendendo-se.

⎯  Está ensaiando para o seu casamento?⎯  Ela revirava o armário, sem o dar muita atenção. ⎯ Sua noiva ficara bastante decepcionada.

Ela sabia com toda a certeza que Jason Resten aceitaria a sua proposta, era uma questão de tempo e de provocação. E a forma com que a o armario ao lado do seu range pela força depositada pelo ombro dele, diz que a provocação funcionou.

Jason com a face fechada, viu ela desesperada arrancando os livros, e os agarrando em seus braços.

⎯  O que está fazendo?⎯  enrugou o cenho, curioso e abismado.

⎯  Sabe, o prazo de 24hrs já esgotou. ⎯  Ela desliza da especulação com facilidade, vasculhando o armário que murmurava metalicamente com os impactos.

⎯ É, eu sei. Você não tem mais ninguém. ⎯  o seu nariz empinado exalando sua expressão confiante.

⎯  O que te faz pensar que não tenho? ⎯ virou-se para ele, o intimidando.

Se depara com o garoto de imagem intimidadora como a dela, com a cabeça apoiada no armário ao lado, com os cabelos ajeitados no que era um topete e a sua mesma postura de indolência.

⎯ Pelo que conheço, me deixou encurralado, totalmente a mercê de sua proposta insana, eu sou o mais perto que você tem de um conhecido, e isso te dá uma certa confiança em mim.

Ele tinha razão, ele tinha mais que a Porra de uma razão!

⎯ Argumentos sólidos, foram baseados em quê pretensão ou babaquice? ⎯  Ela voltou a sua atenção para o armário, esquivando da razão portada pelo sujeito indolente. Não podia permitir que ele notasse que ele foi a sua primeira opção.

Tarde demais.

⎯  Sei que eu não sou a pessoa por quem deveria demonstrar misericórdia, mas eu preciso que me der uma chance. É veemente que eu não quero ser o seu submisso ou subordinado só que...eu preciso, e espero verdadeiramente que compreenda. ⎯  Falou acrescentando um leve suspiro.

Kiara ver a caixa espremida em meio as suas coisas. Ela move uma das mãos para recolher um dos frascos da caixa e nesse instante as mãos desiquilibram. O celular que ainda vibra desvencilha juntamente com um conjunto de livros que são interceptadas pelas mãos ágeis do castanho, que ocasionalmente os impedem que caiam no chão.

Um frio visceral percorre por seu corpo. Jason está inclinado próximo a ela segurando o seu celular vibrante e apoiando os livros de literatura nos braços.

Nasretocina - dois comprimidos. É o que incendeia na tela retangular do aparelho celular, enquanto o mesmo se move sobre os próprios impulsos. Ele nem precisava ser formado em medicina para saber que era medicamentos.

Jason acaba estendendo a mão para que ela apanhasse, e foi isso que ela fez. Ela não agradeceu, e ele nem esperava que a garota fizesse tal ato. Kiara apenas contraiu os lábios, é o que ela fazia quando não sabia ao certo o que fazer.

Ela jamais imaginara o que verá, não que Jason não fosse gentil ao ponto recolher suas coisas, mas estava admirando-o por ter sido gentil com ela.

Nos últimos anos nem carregara os olhos para a jovem. Então uma única palavra veio na mente "Ambição" totalmente negociável, ela tinha uma coisa que ele precisava, e isso a deixava perturbadoramente feliz.

Jason Resten, estará disposto a se submeter aos caprichos de uma jovem suicida. Ela pensativa notara Jason encostado no armário, parado a poucos centímetros. A expressão dele é indescritível, não saberá se estava debochando-a. O espiritismo indolente dele a confundira.

Pessoas começara a perambular, os alunos do quarto horário retornavam as salas, alguns cochichavam observando os dois indivíduos juntos.

⎯ Okay, Jason. ⎯  ela cede,  coloca o fio do cabelo que atrapalha sua visão atrás da orelha. Assume sua posição de negociadora.⎯ Encarregarei de seus problemas. Enviarei nosso acordo com os meus requisitos e termos por e-mail.

⎯ Termos? Mais que termos?

Sem Cores, Sem DoresDonde viven las historias. Descúbrelo ahora