❝ Don't Think Twice, It's All Right❞ part/10

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Kiara é a segunda pessoa no dia que olha para aquela porta de madeira, e sente uma ansiedade drástica. Como se o mundo inteiro fosse engolido pela água no instante, que sua mãe saísse pela aquele monumento que separa a DÚVIDA, da CERTEZA. Ela mordeu o lábio, e gravando com os olhos no meio das outras cinco portas, a aquela no epicentro.

Podia fantasiar a distorção que as pessoas terão da imagem de Janecy Rafif. Uma viciada. Sim, mundo! Minha mãe é uma viciada. Kiara gritava, vendo os fogos de artificio ao redor de sua cabeça explodirem, e a tempestade de trovões aterrorizante nos olhos da mãe.

Eles ficaram por mais uns cinquenta minutos na porta vermelha da escadaria. Oitavagesima vez que Jason relia as informações do extintor de incêndio, e Kiara continuava firmemente com os olhos presos no 205. Temendo que se por um segundo que desviasse o olhar, perdesse ela saindo com uns quinhentas mil gramas de metafetamina.

Porque está demorando tanto?

As luzes dos postes da rua estão acessas. Mais dez minutos e os moradores do prédio preenchería os corredores voltando de seus empregos, e a senhora Rabugenta expulsariam os dois jovens.

Dourada, realizando um movimento circular. A maçaneta girando feito um ponteiro no relógio.

O salto dela tilintou na cerâmica, os cabelos escuros com fios que escapavam do lugar. Prendia o botão do cardigã. Está olhando para dentro do apartamento e sorrindo travessa.

Kiara nunca havia visto a mãe dar nenhum sorriso como aquele em toda sua existencia. Jane se quer por um segundo, desviasse o ponto de visão periférica para o fim do corredor a sua esquerda, depararia com dois jovens com olhos que saltavam da face.

Devan esta com a cabeça no batente da porta, parecia flertar com Jane. Pelo menos foi isso que a garota flamejante deduziu, ao ver o sorriso cafajeste do homem. Uma atuação intima entre eles.

No exato momento que Kiara ergueu o celular para captura a imagem. Devan segurou possesivamente no pescoço da mulher e atacou os lábios dela. E a questão é que, Jane retribuía passando a mão pelo corpo do homem de uma forma intima e ousada, como dois adolescentes, a mercê de seus harmónios e feromonios.

Seu queixo caiu.

Não, minha mãe não é uma viciada!

Kiara mortificada, e boquiaberta, como se sua alma houvesse de ter escapado de seu corpo. Jason que ainda portava movimentos mesmo cercado pela perplexidade, a arrancou do corredor a puxando para as escadarias. O sensor de movimento fez a luz acima deles acender.

⎯  Boa noticia, sua mãe não é usuária de drogas. Ela é amante de um traficante de drogas.⎯  disse Jason.

Eles correram pelos degraus ouvindo o barulho do salto na cerâmica, e o sensores de luz apitar. Kiara escancarou a porta vermelha e Jason vinha atrás dela. Estavam no saguão do prédio novamente.

A ofegação partia da garota, que parecia ter uma ataque asmático, permanecia pasma ainda mortificada pela cena, o olhar paralelo por toda parte. Montando uma teoria intelectualmente, juntando peça por peça, transformando aquela bagunça em fatos, e descartando as conspirações.

⎯  Minha mãe é uma vadia ⎯ disse baixo não acreditando nas próprias palavras, mas logo gritou. ⎯ Minha mãe é uma vadia!

Jason se espantará, virando-se violentamente para a garota que cantarolava com um sorriso.

A senhora rabugenta não está no saguão, mas se estivesse teria caído de sua poltrona, e amaldiçoaria a jovem com todos as palavras maldosas do vocabulário. Ela está mais sombria, e ele achava aquilo impossível. Kiara não para de sorrir como uma psicótica. Essa não era uma reação apropriada.

Sem Cores, Sem DoresWhere stories live. Discover now