❝A Change Is Gonna Come ❞ part/6

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Mensalmente os veteranos davam festas de grandes proporções. A maioria delas ocorria na mansão dos pais dos gêmeos Wright, cuja a casa rustica fazia lembra das casas dos alpes suíços. Portas gigantescas e as janelas eram de vidros o que deixava com a aparência moderna e, antiquada.

A verdade é que era uma enorme fortaleza, e expressava o quão a mania de grandeza os pais de Antony e Andrews pareciam obter.

Kiara nunca fora em nenhuma dessas festas, nunca teve empatia quando tratava-se de presenciar os veteranos bêbados, e drogados. Porque era exatamente isso que eles diziam fazer. Um empoderamento estupido.

Contanto, no segundo em que Jason a convidou a resposta fora a mesma de sempre, ou quase:

⎯ Não. ⎯ retrucou em desalento, acrescentando uma dose de hipérbole ao continuar. ⎯ Prefiro viver o martírio do inferno, do que ir a essa festa horrenda com você. Convide os outros desafortunados.

⎯ Todos os veteranos vão está lá, é a sua chance de praticar mais sadismo.⎯ Insistiu, como se estivesse realizando uma obra de caridade.

⎯ Se você ainda não percebeu, não me importo com os babacas dos veteranos, ou com as pessoas. ⎯ respondeu sem nenhuma estima, suspirando em rejeição.

⎯ Nem com Nathan Westerfield? ⎯ Ele desferiu um sorriso tortuoso.

Ele havia acabado de conseguir entreter Kiara, nunca viu ela desviar o olhar tão rápido quanto naquele instante, o rosto dela revelou o interesse repentino.

Kiara tentara disfarçar, voltando para os olhos exaustos de quem não tinha o menor interesse, e logo erguera uma das sobrancelhas, fazendo uma observação ocorrente de que Jason havia errado de proposito o nome de Nate, debochando dela.

⎯ Nate, é Nate Westerfield. ⎯ Corrigiu ela, sem mudar a fisionomia.

⎯ Tanto faz! ⎯ diz ele. ⎯ Mas então, sádica. Ainda prefere viver o martírio do inferno, do que ir a essa festa horrenda comigo?

Kiara era quase totalmente invisível, as pessoas que a conhecia, era porque ela tinha câncer, ou porque era irmã de Virginia Anderson.

Não porque vestia preto, andava pelos cantos e arrancava as almas das pessoas com seus olhos amargos. A misteriosa Kiara Anderson, fazia as pessoas fugir dela, sentia-se mais segura, talvez até mais feliz solitária.

Ela inventou essa ideia de que a sociedade a deixava deprimida com os rótulos, que eles queriam sorrisos simpáticos mesmo irreais, que viviam uma farsa, e por bastante tempo convenceu-se disso. Podia contar nos dedos as pessoas por quem tinha sentimento, total: Nove ou, talvez seis.

O único garoto por quem Kiara Anderson, realmente por um mínimo segundo podia achar interessante, se chamava Nate. Ela atribuiu esse sentimento depois que o viu fazer um discurso de Karl Maxx para toda escola, e enquanto diversos alunos batiam palmas, Jason e seus amigos riam feito babacas.

Foi no primeiro ano na Heantworth, ela mal conseguia reconhecer Jason, e anos depois ele mal conseguia a reconhecer.

⎯ Hennessy ou, Bourbon? ⎯ Pergunta Jason, erguendo as garrafas em cada uma das mãos.

A festa não há nenhuma anormalidade para Kiara, não era exagerada como diziam ser.

"Comum, é comum" arquivava na sua mente.

Haviam gritos histéricos de garotas em todos os lugares, era cedo, mas pareciam bastante chapados. Um meio termo entre pegação, e dança. Ela sentia-se desconfortável, como se não pertencesse aquele cenário que em algum momento da vida, os seres humanos decretaram que pertencia aos jovens. Kiara acabara de fazer uma descoberta histórica sobre si mesma.

Sem Cores, Sem DoresWhere stories live. Discover now