Capítulo 46

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“É inquebrável, é… quebrou

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“É inquebrável, é… quebrou.” — Aladdin

A caverna de Alhena, localizada bem no centro da floresta da Corte Geminius era, por falta de palavra melhor, exuberante

Embora, se comparada ao castelo em que Morgan a conheceu, uma caverna parecia soar como uma regressão, a caverna de Alhena não tinha nada de inferior. Muito pelo contrário. 

A decoração do grande salão de entrada era bastante requintada. móveis de madeira escura com vários detalhes em pedras preciosas e ouro, sofás e divãs de tecidos finos e elegantes, estátuas imponentes, quadros nas paredes e os muitos livros recheavam os olhos de Morgan, distraindo-o do tagarelar infinito de sua anfitriã. Completamente o oposto dos chalés simples e rústicos que residiam as outras bruxas.

A Senhora Alhena havia dito que a caverna em que estavam era sua residência principal, onde ela costumava ser obrigada a viver na maior parte dos dias atendendo as demais bruxas de sua corte, mas o castelo era como um refúgio, onde ela não era obrigada a conviver com "bruxas simplórias demais para partilharem o mesmo ar que ela. Um desperdício de magia, de fato." Por palavras da própria. 

— ... Seus serviços foram muito apreciados, daemon. — Alhena disse por fim, erguendo uma sobrancelha fina para Morgan, como se pensasse que ele não era tão inútil, afinal. Tinha um certo interesse no potencial do rapaz, principalmente porque tinha um ódio sem tamanho alojado dentro dele. — Você está livre de sua dívida comigo. 

— É um alívio ouvir isso — murmurou Morgan enquanto revirava os olhos, incapaz de conter o gesto. Alhena era, sem sombra de dúvidas, alguém que não se podia dever.

A bruxa franziu os lábios em uma linha fina, claramente irritada com a insolência na voz do rapaz, entretanto, se limitou a erguer seus olhos ao teto da caverna, pedindo silenciosamente por paciência. 

— Começarei os preparativos para o Enlace assim que for conveniente — ela decretou. — Irei informá-lo quando estiver...

Antes que a bruxa pudesse terminar sua sentença, as grandes portas de carvalho se abriram e Morgan sentiu-se engasgar com o ar ao se dar conta de quem as havia aberto. 

Com os olhos carmesim inundados em desconfiança e, talvez até um pequeno respingo de decepção, estava Maegi. 

— Oh... Maegi, que imenso prazer — Morgan ouviu Alhena sibilar, a ironia pingando em cortesia disfarçada. — Estou com um cliente muito promissor, se importa de esperar alguns instantes?

— Não se preocupe com esse aí, minha Senhora — disse Maegi. Morgan podia ter imaginado o tom desdenhoso de Alhena, mas o de Maegi era claro como o dia. — É um dos meus.

— Dos seus? — Um sorriso malicioso dançou nos lábios de Alhena, enquanto ela ronronava cada palavra lentamente. — Então por que ele veio até mim, implorando por ajuda? 

Crônicas de Flora e Fauna: A Maldição de AlexandritaOnde histórias criam vida. Descubra agora