Capítulo 47

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N/A's: Oii amores, bem vindos a mais um capítulo! Neste capítulo haverá uma cena de assédio, que pode ser considerada gatilho para algumas pessoas. O início da cena será marcada com um * no lugar da nossa tradicional ❀ para que ninguém seja obrigado a ler algo que lhe traga desconforto. Um beijo e fiquem com o capítulo!


"Eu disse para você ouvir os espíritos em todos os lugares, pequena. Eles vivem na terra, na água, no céu... Se você os ouvir, eles lhe escutarão"
- Vovó Willow, Pocahontas


O sol não havia nascido naquela manhã, enquanto a Lua reinou por todo o dia e toda a noite.
Era o dia do Ritual das Feiticeiras da Luz, um dia exigido pela própria Deusa Lua, através dos sonhos da Senhora da Corte Geminius e para onde Aura seguia, acompanhada do grupo.

Enquanto percorriam as ruelas de Ametista, Aura se recusou a manter uma conversa com qualquer um ali presente. O clima desagradável parecia sufocar cada um deles lentamente, tão sólido que poderiam cortá-lo com uma faca.

A princesa de Alexandrita só havia aceitado ficar em Ametista quando Yanna lhe implorou, veementemente, alegando que o Ritual das Feiticeiras da Luz era um dia muito importante para ela, pois a lembrava de sua mãe, que também era uma bruxa. Aura não pôde se manter firme em sua decisão após tais palavras e concordou em permanecer até o final do Ritual e partiriam logo em seguida.

Após concordar em ficar, a fada passou o dia trancada no quarto de Eileen, até a hora em que a bruxa, bastante hesitante, havia entrado no quarto com um sorriso conciliador. Aura não estava muito disposta a conversar, mas Eileen apenas queria lhe entregar um pequeno pacote e lhe dizendo que, durante aquele Ritual em particular, todos os fééricos, sem exceção, deveriam usar vestes prateadas.

E, de fato, todos realmente trajavam prateado.

Aura, trajava um vestido de fios de prata, suave como a luz da lua, que contornava seu corpo todo como se o tecido consistisse em nada além de líquido trançado. Haviam pequenas luas bordadas nas mangas. Banhada sob a luz do luar, Aura brilhava, quase etérea.

A princesa estava sendo flanqueada por Eileen e Yanna, com os gêmeos a frente, Lyones e Morgan atrás.

Aura fez questão de não olhar na direção de Morgan, nem mesmo uma única vez, apesar de sentir os olhos verdes do daemon queimando em sua nuca, até que finalmente chegaram à praça das pedras.

Mesmo com o humor bastante sombrio, Aura não pôde deixar de soltar uma exclamação de surpresa com o estado do lugar.

Diferente do outro Ritual que frequentou, neste não havia iluminação alguma. A única coisa que impedia a praça de estar em um breu completo era a grande lua branca-prateada acima de suas cabeças, assim como diversas pequenas pedras preciosas flutuavam a alguns centímetros do chão, em padrões circulares e dançantes. Cada pedrinha tinha uma cor única e uma frágil luz pulsava em seu interior, como os batimentos de um coração.

Crônicas de Flora e Fauna: A Maldição de AlexandritaWhere stories live. Discover now