O horizonte me pede pra ir tão longe
Será que eu vou?
Ninguém tentou
Se as ondas se abrirem pra mim de verdade
Com o vento eu vou
Se eu for não sei ao certo quão longe eu vou
— Moana, Um mar de aventuras❀
O Rei Florence já havia reunido a guarda de Alexandrita, que havia se posicionado do lado de fora do Palácio afogado. O alívio de muitos deles em voltar para casa era nítido, principalmente depois de tantas buscas infrutíferas. O rei despedia-se de seu antigo amigo com um abraço caloroso.
— Agradeço a ajuda, meu amigo — o rei da primavera sorriu — E peço desculpas por qualquer constrangimento.
Florence se referia a confusão causada por Florean durante o evento realizado a alguns dias atrás, mas o filho estava aéreo a conversa, despedindo-se da pequena Airissa que o olhava com enormes olhos cobertos por lágrimas.
— Ei Querida! Não chore — seu tom de voz era gentil — O que combinamos?
Ele perguntou e a garota prontamente respondeu:
— Se eu me comportar direitinho, você voltará mais rápido do que uma correnteza — a ruivinha agora agitava a cauda na água, um sorriso espontâneo surgindo em seu rosto inchado pelo choro.
— Exatamente — Florean disse, bagunçando os cabelos dela com os dedos.
Atrás da dupla, Siren, acompanhada de suas irmãs, Delphine, Melina e Dione, observavam a interação do príncipe de Alexandrita com Airissa. Aninhada no colo de Delphine, a pequena Nerissa fazia caretas de nojo ao ver sua irmã grudada naquele rapaz engomadinho, mas Siren sorria.
— Você vai sentir minha falta, Rose? — Perguntou Cassiope, envolvendo Primrose com seu rabo.
— Na verdade, eu acho que não — disse Prim, esquivando-se da garota, enquanto fingia não ouvir as risadas de Fault. — E, por favor, não me chame de "Rose".
— Mas você não gosta de "Prim-Prim"! — Resmungou a sereia, sendo prontamente ignorada pelo príncipe.
Sob o comando do rei dos mares, as sete princesas se enfileiraram por ordem de idade para se despedirem adequadamente do rei da primavera e seus filhos, com breves cumprimentos e reverências respeitosas. Um por um, os quatro seres da terra se despediram, mas quando chegou a vez de Florean se despedir de Siren, a garota lhe ofereceu um pequeno sorriso.
— Eu te perdôo, Florean — ela sussurrou agora com seriedade. — Bom, eu me sentirei em paz por colocar um ponto nisso.
Florean arregalou os olhos, tentando dizer algo mas, sob a mira daqueles olhos de ouro tão intensos, tudo que ele pôde fazer foi gaguejar. Perdoado? Depois de tudo o que havia feito ele estava perdoado? Ele olhou para Siren, esperando uma risada desdenhosa ou ironia, mas encontrou apenas uma expressão amena.
Siren olhava para o príncipe, sempre visto como extremamente centrado e certinho, agora corado e sem saber o que dizer com um pouquinho de satisfação. Ela não podia negar que o namoro dos dois havia sido um erro e que nem ela e nem ele conheciam um ao outro de verdade, mas aqueles dias a fizeram ver novas facetas de Florean, e ela era incapaz de dizer que não havia gostado do que viu. Mas, naquele momento, tudo que queria era ficar em paz consigo mesmo.
— Florean, anda! — Ele ouviu a voz sibilada de Primrose em seu ouvido e se virou, vendo que ele e Fault estavam esperando-o para dar continuidade as despedidas.
Tentando voltar ao modo monárquico de ser, Florean ofereceu à princesa uma educada reverência, antes de se aproximar da irmã seguinte para se despedir.
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Crônicas de Flora e Fauna: A Maldição de Alexandrita
Fantasia"Sua luz não deveria iluminar um monstro como eu" Nas mágicas terras de Feeryan, no belo reino de Alexandrita, uma terrível maldição foi lançada em uma alma inocente por um coração em busca de vingança. A princesa Aura, dona de um coração bondoso m...