62. Trégua

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Roi, tava esperando, ? ^-^

Amy apenas olhou para mim sem saber o que dizer. Seus olhos azuis estavam pregados nos meus cheios de uma perplexidade que passava bem longe da expressão de uma simples criança.
Ela os girou na direção de Kai que estava mais pálido que o jornal.
- Papai? - perguntou com a voz fraquinha e incerta - Isso é verdade? Ela é mesmo minha mãe?
Todos os olhares na sala estavam voltados para ele, embora, Kai não parecesse estar assimilando nada.
- Filha… eu… - tentou dizer, mirando a menina e Soledad consecutivamente, como se esperasse que a mulher baixinha o salvasse daquela situação - Eu…
- Ela é minha mãe? - pressionou a menina, agora irritada e ansiosa.
E então, notei a canula transparente com dois pequenos tubos enfiados em suas narinas. O cano fino e transparente descia até um tanque de oxigênio com rodinhas que estava ao lado dela.
Em meio à minha euforia e desespero eu não havia reparado naquilo. Ela estava doente? Ela poderia estar doente?
Tentei me lembrar quantas vezes Eve havia adoecido em sua curta vida e não consegui recordar de nada.
Meu coração pareceu ter escolhido dentro do peito. Minha filhinha estava doente?
- Papai? - seus olhos estavam suplicantes.
Kai, aparentemente, havia perdido o dom da fala.
- Por que não conta à ela, Kai? - questionei, completamente furiosa como fato dele ter escondido minha filha de mim todos esses anos - Conte que a afastou de mim durante todo esse tempo.
Amy olhava de mim para deu pai, sem saber no que acreditar.
- Bonnie - ele disse por fim com a voz dura e controlada - Não é o momento para isso.
- O que? - fiquei chocada - Não é o momento para isso?! É claro que é o momento para isso droga! Você a a afastou de mim e me fez acreditar que minha filha estava morta durante todos esses anos! Eu me culpei por todo esse tempo, sendo que o meu bebê sempre esteve ao meu alcance!
Lágrimas corriam por meus olhos e minha voz saia trêmula
- Você me magoou a última vez, Malachai - rosnei - Agora, vou levar minha filha embora.
Dei o primeiro passo na direção de Amy. Minhas mãos formigavam de ansiedade para sentir seus cabelos escuros em meus dedos e o calor de seu corpo pequeno dentro de meu abraço.
Porém, ela simplesmente se escondeu atrás da perna de Kai e ficou olhando para mim com uma expressão de terror e confusão.
- Você a está assustando - ele disse, mas não havia superioridade em seu tom, apenas pesar e cansaço. Muito cansaço.
- Papai… - ela ganiu, respirando superficialmente e apertando o tecido da calça surrada dele - Eu não estou me sentindo muito bem…
Com isto, suas pernas cederam e seus olhos giraram nas órbitas. Kai a pegou antes que seu corpinho frágil batesse contra o piso de concreto.
- Droga - Ele sussurrou, apavorado - Não… Agora não! Amy! Princesa, acorda.
Ele a segurou em seus braços com uma delicadeza que eu desconhecia e a levou, puxando o cilindro de oxigênio junto consigo até um enorme sofá de couro preto.
- Sol! - ele chamou e a mulher correu na direção deles prontamente- Traga o kit de oxigênio. Ela tem poucos minutos antes do cérebro parar de receber ar.
Soledad desapareceu tão rápido por uma porta logo depois da cozinha e voltou praticamente no mesmo minuto, trazendo consigo o que parecia ser uma grande mala de viagem com tubos e botões.
Kai e ela agiam rapidamente, conectando a menina à ela no mesmo segundo. Faziam isso com tanta eficiência que levou -me a crer que já estavam acostumados àquela rotina apavorante.
Fiquei completamente paralisada com a cena, sem saber o que fazer e implorando à Deus que não tirasse minha menininha de mim agora que eu a havia encontrado.
Levou alguns segundos até que as pontas dos dedos de Amy e seus lábios perdessem o tom azulado.
Kai a cobriu com uma manta e a apertava gentilmente em seus braços, entoando algum tipo de feitiço tão rápido que nem eu com minha audição de vampira conseguia entender. Ele sacudia-se levemente com a menina em seus braços como se aquele pequeno movimento fosse confortá-la em seu momento de agonia. Mas eu sabia que era ele quem precisava de conforto e não ela.
Depois de uma hora de pura agonia, Kai finalmente parou de balançar-se com a menina e suspirou aliviado, quando viu que sua respiração estava mais regular, embora um pouco trêmula e fraca. Inconscientemente fiz o mesmo que ele.
- Era por isso que eu não queria que ela visse você - seus olhos azuis me atravessaram como duas adagas de gelo - Ela não pode lidar com emoções fortes neste momento.
Apesar de estar furiosa com ele e saber que aquilo não era minha culpa e sim dele, não pude evitar o sentimento de pesar que recaiu sobre mim.
- Se eu soubesse… - tentei dizer, apenas para ser interrompida por ele.
- Se soubesse teria feito o mesmo que está fazendo agora, porque você é uma maldita teimosa - acusou, acariciando os cabelos escuros de minha filha.
Dei um passo na direção dela, querendo confortá-la e assumir a posição de Kai, mas o herege a apertou em seu braços e me encarou com um olhar do mais puro ódio. Foi como ver um predador protegendo a cria.
Isso foi a coisa mais estranha daquele dia. Fiquei tão estarrecida que parei minha marcha no meio da sala de estar.
- O que fez com ela? - questionei, semicerrando os olhos.
Eu não duvidava de que Kai poderia fazer algo com minha filha apenas para me atingir ou ter mais poder. Afinal, ele era um megalomaníaco.
Ele sorriu, mas não havia humor e nem felicidade naquela expressão.
- O quê nós fizemos - me corrigiu. Franzi o cenho, confusa - Nós fizemos isso. Nós fizemos ela.
- O que quer dizer com isso? - perguntei, horrorizada com a possibilidade de estar causando todo esse sofrimento à Amy.
- Não tínhamos como prever que poderíamos gerar vida, afinal, eu sou um vampiro e você estava se tornando algo entre isso e humano - explicou, acariciando o rostinho da menina distraidamente - Mas acima de tudo, somos bruxos. Nossas filhas têm toda essa mistura e poder dentro delas. Felizmente, Eve tirou o melhor disso e conseguiu se desenvolver de maneira saudável. Já a Amy… ela não é completamente vampira, a parte humana tem mais dominância nela. O que ironicamente falando, faz com que seu lado bruxa rejeite esse lado vampirico. Tecnicamente, o corpo dela ataca à si próprio, rejeitando a transformação.
Engoli em seco. Não precisava ser médica para saber o que estava acontecendo.
- Ela está morrendo - sussurrei com pesar.
- Sim - Ele assentiu - Estou prolongando a vida dela o máximo que consigo, mas até isso tem um limite. Em algum momento, a medicina e a magia não serão o suficiente.
Minha filha estava morrendo. Assim como eu.
Minha morte era algo ao qual eu havia me acostumado ao longo dos anos, mas esperar o mesmo destino cruel atingir minha pequena e frágil Amy era mais do que eu poderia aguentar.
— Não... — sussurrei, minha voz entrecortada — Você não pode deixá-la ir.
Kai ergueu os olhos azuis para mim e eles brilhavam com a resolução.
— Isso nunca fez parte do meu plano. Eu a manterei viva nem que tenha que vender minha própria alma ao diabo.
À forma sombria como disse aquilo fez cada pelo em meu corpo se eriçar. Kai era perigoso quando não tinha algo em mente, mas quando achava um objetivo o seguia até o fim. Nem que isso pudesse destruir tudo em seu caminho.
Foi tão estranho que pela primeira vez em todos aqueles anos, sua personalidade cruel finalmente se encaixou em concordância com a minha em alguma coisa.
Apenas filhos tinham o dom de unir duas pessoas que se odiavam em um objetivo comum. A eu de alguns anos atrás nunca teria pensado em uma possibilidade dessas.
Horas se passaram, mas Kai não saiu de perto da pequena menina. Eu assumi um lugar no outro sofá encarando os dois, focada apenas no que eu faria a seguir. Algo que não tinha ideia.
O vampiro encarou-me de volta e ergueu uma sobrancelha.
— Você não tem uma casa para voltar?
— Sutil como um coice, Malachai — sorri, azeda — E não vou sair de perto da minha filha para que você possa fugir com ela outra vez.
Ele não parecia nem um pouco feliz.
— Escuta aqui, sua teimosa estúpida — resmungou — A Eve pode ser sua, mas a Amy é minha — antes que eu abrisse a boca para discutir ele prosseguiu — Eu a alimentei, cuidei para que não faltasse nada à ela, matei por ela e mataria de novo se sonhasse com a possibilidade de alguém tirá-la de mim — Não havia dúvida de que aquela indireta era para mim —  Então, acho que seria muito bom que você voltasse para sua casa e mantivesse sua filha segura, enquanto, eu cuido da minha.
— Você é um desgraçado insensível — lancei, me contendo ao máximo para não socá-lo outra vez — Como pôde traçar essa linha entre as duas? A Eve é menos sua filha, apenas porque não teve contato com ela?
Ele deu de ombros com frieza.
— Você mesma deixou bem claro que não me quer perto dela. Então, porque eu faria questão de brigar com você por causa dela? Eu só quero ficar em paz com a minha filha pelo que restar de tempo à nós.
— Você ignora a Eve como se ela nem existisse — nem eu mesma estava entendendo aquele ressentinto em relação à sua falta de caráter.
— Se eu tiver que abrir mão dela para poder ficar com a Amy, eu o farei sem pensar duas vezes — disse entredentes.
Cruzei as pernas no sofá de couro macio, inquieta de tanta raiva.
— O que o faz pensar que vou ser tão egoísta quanto você e simplesmente deixá-lo ficar com a Amy como se estivéssemos repartindo um bem material? As duas não são uma fortuna que está sendo disputada, são dois seres humanos. Pelo amor de Deus, Kai! Elas são irmãs, têm que ficar juntas! Você mesmo é gêmeo, deve saber qual é a sensação de ficar longe da sua outra metade.
Sua expressão de arrogância desmoronou.
— Não fale do que não sabe, Bonnie. Você nunca entenderia uma ligação como essa.
Sacudi a cabeça.
— Não. Eu não tenho irmãos, realmente não sei como é isso. Mas eu tive uma família. E família é o alicerce que todos precisam.
— Eu não preciso — debochou com um sorrisinho.
— Você deve ter nascido de uma chocadeira, seu bastardo. Só isso me faz aceitar o fato de que é um desgraçado sem coração.
Aquilo o fez rir.
— Ah, como eu senti falta desses xingamentos.
Sacudi a cabeça, irritada com suas piadinhas. Kai voltou a ficar sério.
— O que pretende fazer agora que a encontrou?
— A levarei comigo — disse eu sem nem mesmo piscar.
— Imagino que saiba como cuidar dela em uma de suas crises — falou suavemente — Que tipo de remédios ela pode tomar, os feitiços que farão a diferença entre a vida e a morte de Amy. E nem vamos começar com o básico dos equipamentos e modos de usá-los.
Meus olhos desceram para o cilindro de gás aos pés dele. O fio transparente subia até dividir em dois nas narinas da menina.
— Você deve pensar que é muito fácil cuidar de uma criança doente — Ele prosseguiu — Que apenas amor e carinho vão ser o suficiente para curá-la.
— Eu posso hipnotizar médicos e contactar todas as bruxas que conheço — lancei, mas aquilo era um blefe e nós dois sabíamos disso.
— É mesmo? — Ele sorriu cínico — Em quanto tempo conseguiria juntar todas essas pessoas antes de Amy sufocar até a morte?
Meu maxilar travou. Eu nunca conseguia ganhar uma discussão com ele. Isso nunca mudaria.
— Você está sendo injusto.
— Justiça não vai manter minha filha viva. Eu vou.
O fitei por longos segundos.
— Você mudou.
— Você também.
Fomos interrompidos pela chegada de uma Soledad atarefada. Ela olhou para mim com um pequeno sorriso contido. Ao contrário de Kai, ela estava feliz em me ver.
— Señorita — assentiu.
— Olá, Sol — sorri para ela — Você continua linda.
Ela baixou os olhos, encabulada e feliz, mas quando os dirigiu à Kai aquela mesma autoridade voltou ao seu rosto.
— Vá tomar um banho — e apontou a porta nos fundos da cozinha — Está segurando a bebé todo suyo de sangre.
Malachai revirou os olhos, mas não reclamou, apenas levantou-se com a menina nos braços e a entregou à  governanta. Antes de ir ele lançou um olhar nada amigável na minha direção.
— Se ela tentar alguma coisa, Sol — avisou já se afastando — Atire uma estaca no peito dela. A Amy não vai sair daqui.
Sol revirou os olhos.
Ela sentou -se com a menina, ajeitando-a em seus braços carinhosamente. A vi ajeitar os fios negros e ondulados dos cabelos de Amy e uma dor angustiante me atravessou. Eu queria tocá-la. Tanto que chegava a doer.
— Pensei que Cecile a tinha levado de volta para sua família — falei.
— Meus hijos... filhos, não precisavam de mim — ela deu de ombros — Ele sim — assentiu com a cabeça em direção à porta em que Kai desapareceu — Ele veio até mim, machucado e solitário. Precisava de mim.
— Você sempre foi muito condescendente com Kai  — recriminei — Sabe de todas as coisas que ele fez e, ainda assim, sempre o protegeu. Por quê?
Ela suspirou profundamente.
— Ele se parece muito com meu hijo. Alejandro.
Não precisei questioná-la mais para saber que ele já não estava mais entre nós.
— Ele roubou minha filha, Sol.
Ela sacudiu a cabeça em negativa.
— Ele a trouxe de volta de la muerte. Da morte. Sei que esto hombre trouxe muita dor, pero... mas essa chica é minha alegria. Minha netinha.
Assenti, sabendo muito bem o que ela sentia por Kai e Amy. Eles eram sua vida, mesmo que fosse uma vida errada e triste.
Olhei para uma Amy adormecida e pálida nos braços de Soledad. A sensação voltou. Como se eu nem conseguisse respirar sem ela por perto.
— Posso... — fiquei na ponta da poltrona — Posso segurá-la? — Sol moveu seus olhos escuros para mim, desconfiada. Olhei para a menina mais uma vez, agonizando por dentro — Só um pouquinho?
Minha voz estava embargada de desespero.
— Só um pouco, por favor.
Soledad levou longos segundos pensando sobre o assunto, então, assentiu.
Fiquei de pé no mesmo instante, limpando qualquer resquício de poeira de minha luta com Kai. Queria estar impecável para tê-la em meus braços. Quando Sol a depositou em meu colo foi como se tudo em mim tivesse desmoronado.
— Ela é tão quentinha — sussurrei, sentando-me no mesmo lugar que Sol ocupava antes — A Eve tem a temperatura mais parecida com a de um vampiro, mas a Amy... ela é tão humana.
Não sei porque, mas aquilo fez uma onda de lágrimas rolar por meu rosto. Ela era menor que a irmã, delicada como um bebê. Nada parecida com uma menina de oito anos.
Inclinei-me sobre ela, inspirando seus cabelos macios e fininhos. Ela tinha um cheiro suave de flores e sol. Abracei-a gentilmente, sentindo mais lágrimas descendo por meu rosto.
— Eu te amo tanto, tanto, tanto, tanto... — sussurrei até que minha voz se perdesse no silêncio.
O tempo pareceu uma coisa sem sentido naquele momento. Era como quando ela ainda estava dentro de mim, como quando abracei seu corpinho sem vida até amanhecer. Havia um misto de dor e amor, um sobrepondo o outro.
Ela pertencia à mim, mas eu também pertencia à ela. Eu sempre seria de Amy, assim como eu era de Eve.
Percebi que longos minutos haviam se passado, quando ouvi os passos suaves de Kai. Não levantei meus olhos para vê-lo. Não queria romper aquele elo que havia levado anos para reencontrar com minha filha.
— Por que você tem que ficar com uma parte de mim? — sussurrei para ele, sentindo sua presença bem na minha frente.
— Você também ficou com uma parte de mim — disse simplesmente — Eve também é minha filha, mas não posso tê-la porque ela já é sua. Então, vou lutar pela Amy. Ela é a única coisa que eu tenho.
Levantei a cabeça, vendo o homem diante de mim.
Assim como eu, Kai não havia envelhecido um dia sequer. Ele ainda aparentava ser o mesmo rapaz insuportável de vinte e dois anos que conheci muito tempo atrás, mas agora, seus olhos carregavam o peso dos anos e a responsabilidade de ser pai.
— Agora você sabe o que é amar algo tão frágil e temer perder isso — sussurrei, acariciando o rostinho delicado de Amy.
— Não pense que isso me enfraqueceu — disse, cruzando os braços musculosos sob a camisa cinza — Ter um objetivo só faz com que eu me torne mais perigoso. Eu não vou abrir mão dela, Bonnie. Não me obrigue a escolher entre você e ela, porque sempre vai ser ela.
— Nunca o obriguei a escolher. Minha escolha também é ela. Você que morra, seu verme.
Ele riu. Aquilo também me fez rir.
— O que está acontecendo conosco? Se fosse a alguns anos atrás, estaríamos tentando matar um ao outro.
— Isso não mudou — ergui uma sobrancelha.
— Ela é nossa trégua temporária — disse, apontando a menina em meus braços.
Aquela menina doente e frágil era a única coisa capaz de parar Bonnie Bennett e Kai Parker. Isso era incrível.
— Temporária — concordei.
Suspirei profundamente.
— Por que minhas filhas têm que ter a sua cara?
Kai ergueu uma sobrancelha.
— Porque eu sou um gato, invejosa.
Sacudi a cabeça e fiquei de pé.
— Eu preciso ir. Eve está esperando por mim.
Entreguei a menina para Kai, encarando-o de perto e desconfiada. Acariciei o rostinho delicado do meu bebê, antes de dar um passo para trás e me afastar.
Foi a coisa mais difícil que eu já fiz.
— Eu quero vê-la amanhã — avisei — Se você ousar desaparecer com ela mais uma vez vou caçá-lo até os confins do mundo.
Kai fez cara de paisagem.
— Se eu quisesse desaparecer com a Amy, você já estaria com a cabeça arrancada dos ombros — disse com naturalidade, plantando um beijo no rosto da menina — E não se preocupe, tenho coisas para contar à você, BonBon.
Comecei a questioná-lo, mas Kai não revelou nada de antemão. Disse apenas que diria tudo no dia seguinte.
Caminhei em direção à saída, olhando por cima do ombro algumas vezes e ardendo de vontade de acabar com aquele herege e levar minha filha comigo. Mas como ele odiosamente havia observado, eu não sabia como cuidar de uma criança tão doente como Amy. Ela poderia literalmente morrer se ficasse longe do pai.
Kai havia ganhado aquela batalha, mas não venceria essa guerra.
Fui embora, prometendo à mim mesma que Amy seria minha. E Kai estaria morto antes mesmo de seu corpo tocar o solo.

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Nota da Autora:

Oi meeeeeeuusss amores!

Olha eu aqui de novo!

Desapareço tanto que vcs devem ter pensado que sucumbi à pandemia. Corona que lute!

Espero que tenham gostado desse capítulo de paz e amor, porque eu não estava aguentando mais escrever tiro, porrada e bomba entre esses dois. Bom, não quer dizer que vai ficar tudo as mil maravilhas, mas vamos aproveitar as pequenas tréguas, ?

Como vcs estão, vidinhas? Todo mundo bem?

Espero vcs no próximo capítulo. Beijos e até mais XXX

LAÇOS MORTAIS | Bonkai |Where stories live. Discover now