Soulmates || Sirius Black

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Após o pequeno bolo ficar pronto, Stephani e Sirius voltaram a caminhar lenta e sorrateiramente pelos corredores de Hogwarts, mas a garota parou de andar assim que percebeu que Sirius permanecia andando atrás dela em vez de seguir o caminho que dava para comunal dele.  

- Por que você ainda está me seguindo? - sussurrou o encarando 

- Qual é, é aniversário do meu irmão e você pediu até um bolinho, eu quero participar - Black cruzou os braços fazendo um pequeno bico 

- Óh céus, você parece uma criança, anda logo 

O garoto sorriu e voltou a seguir a garota a sua frente. A cada minuto que se passava ele apenas comemorava internamente por ter valido tanto a pena resolver caminhar pela escola depois do horário, além de ter encontrado mais um lugar no castelo, ele ainda iria entrar em outra comunal sem ser a da Grifinória e de sobra comeria bolo, sem se esquecer do fato de que ele descobriria qual presente Stephani daria ao seu irmão. 

Ao entrar na comunal da Sonserina, Sirius olhou ao redor achando estranho a princípio, ele estava apenas acostumado com a comunal de sua casa, era esquisito estar em outra que não a dele. 

- Me espera aqui, vou buscar o presente do Régulos. Segura - disse passando o bolo para as mãos de Sirius - Não come, não derruba, não deforma, se eu voltar e esse bolo não estiver idêntico ao que está agora, eu acabo com a sua raça. 

Sirius se sentou na cadeira que tinha ali e apoiou o pequeno bolo em seu colo enquanto observava Stephani correr na direção do que ele imagina ser o dormitório feminino. Menos de um minuto se passou e a garota estava de volta com uma pequena caixinha nas mãos, sem dizer nada apenas chamou Sirius com a mão indicando o caminho para o dormitório masculino. 

Mais cedo a garota já havia combinado com o outro garoto que dividia quarto com Régulos que apareceria lá um pouco depois da meia noite para desejar feliz aniversário para o melhor amigo, e ela apenas agradecia o fato de só ter uma outra pessoa dividindo quarto com ele. 

Os dois pararam em frente a porta e Stephani virou de frente para Sirius enquanto puxava sua varinha e sussurrava um feitiço de fogo fazendo as pequenas velinhas se acenderem. A garota abriu a porta e viu que o colega de quarto de Régulos não estava lá, o que deixavam as coisas ainda melhores, Stephani caminhou até a cama do melhor amigo e se jogou em cima dele. 

- Feliz aniversário cabeça de ovo - a garota "gritou" sussurrando e rindo logo em seguida da cara de susto do garoto embaixo dela 

- Você tem problemas? - Régulos a empurrou pro lado fazendo a garota cair da cama - Que horas são? Como você entrou aqui? Como você sabe que é meu aniversário? 

- Meu Deus, respira garoto - Stephani levantou e se sentou na ponta da cama - Não, não tenho problemas. Não sei que horas são, mas já passou da meia noite. Convenci seu colega de quarto a deixar eu vir aqui. E porque você acha que eu não saberia quando é seu aniversário? Somos amigos, seu idiota.

O mais novo deu de ombros mas sorriu logo em seguida dando um abraço na garota sussurrando um "obrigado por lembrar". Sirius permanecia em pé próximo a porta segurando o pequeno bolo, sentindo de repente uma enorme vontade de esfregá-lo na cara de Régulos com as velas ainda acesas. 

- Eu trouxe bolo - a garota falou saindo do abraço - E um convidado - caminhou até Sirius entrelaçando seu braço no dele 

- Sirius?

- O próprio 

Os dois irmãos ficaram se encarando por um tempo, até Stephani quebrar a tensão e puxar Sirius até a cama de Régulos tirando o bolo das mãos do garoto o posicionando na frente de seu melhor amigo. 

- Faz um pedido e sopra as velas! - falou empolgada 

- Que você nunca mais pule em cima de mim pra me acordar de madrugada - o garoto zombou apagando as velas

- Falou alto, não vai se realizar - Stephani deu de ombros mostrando a língua para o mais novo - Ah, seu presente. 

A mais velha pegou a pequena caixinha e entregou nas mãos de Régulos. Nesse momento já não bastava o incômodo que Sirius estava sentindo ao ver de perto como era a relação de seu irmão com Stephani, mas seu coração resolveu palpitar mais rápido que o normal devido a curiosidade, ou pelo menos era isso que ele achava que era. 

Régulos abriu a caixinha e puxou as duas pulseiras, praticamente idênticas se não fosse pelo fato de uma ter uma goles como pingente e a outra um pomo. 

- A do pomo é minha, já que você com toda certeza será o novo apanhador da Sonserina - sorriu - E a da goles é sua, já que cof cof eu sou a maior artilheira de Hogwarts - a garota lançou um olhar zombeteiro na direção de Sirius que revirou os olhos mas acabou sorrindo 

- Eu amei!! - o mais novo falou empolgado - É o melhor presente de todos! 

Depois que os três terminaram de comer o bolo, o outro aluno que dividia quarto com Régulos apareceu dando a deixa perfeita para Stephani e Sirius voltarem para seus devidos dormitórios. A garota acompanhou Sirius em silêncio até a porta da comunal e o observou sair da mesma. 

- Tem certeza que consegue voltar?

- Tenho - antes que a garota se virasse, Sirius voltou a falar - Afinal de contas você não precisou de ajuda 

- Pois é - riu - Mas obrigada por tentar mesmo assim 

- Hm... Okay, boa noite 

- Boa noite 

Sirius deu um passo e voltou a se virar encontrando a garota parada no mesmo lugar o encarando. 

- Obrigado por cuidar dele - disse baixo encarando o chão - Deveria ser a minha função como irmão mais velho, mas...

- Está tudo bem! - a garota se aproximou colocando suas mãos nos ombros de Sirius - Eu imagino que deve ser complicado.

O garoto apenas confirmou com a cabeça voltando a encarar o chão, sendo surpreendido por um abraço apertado de Stephani, que nem mesmo ele tinha ideia do quanto queria aquilo até correspondê-lo no exato momento que sentiu seu corpo ser envolvido pela garota. 

O coração dos dois batia freneticamente e uma onda de vergonha engoliu os dois de forma mais intensa do que eles imaginavam ser possível assim que se soltaram. Sem dizer mais nada os dois se viraram e seguiram seus caminhos diferentes, mas com uma coisa em comum. Um coração disparado e uma sensação crescente de conforto e felicidade que eles não sabiam de onde vinha.