Soulmates || Sirius Black

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Os primeiros dias foram como qualquer outro período de férias, com a diferença de que Remus realmente ia visitar Stephani toda semana, as vezes até dormia na casa da melhor amiga. Mas com o passar do tempo, eles iam caindo na real que no dia primeiro de setembro continuariam em casa, que agora precisavam começar a buscar um emprego e iniciarem de vez suas vidas como adultos.

O que poderia ser visto com certa calma para Stephani, já que seu pai trabalhava no Ministério da Magia e tinha grande influência no mesmo, mas o assunto vinha gerando certo desentendimento na família Laufeyson. A garota queria começar uma espécie de estágio como auror, mas seu pai se recusava a permitir isso por ela ser muito nova e por saber como andavam as coisas no mundo bruxo. 

- Mas pai... - Stephani disse descendo as escadas correndo atrás do pai 

- Chega desse assunto, Stephani! Eu já dei a minha resposta e ela continua sendo a mesma - Thomas disse sem olhar para filha enquanto Jessie arrumava sua gravata 

- Mãe!! - a garota lançou um olhar pra mãe que tinha sua atenção na gravata do marido 

- Oh, não me coloque nessa discussão, meu bem - a mulher soltou um riso fraco - Isso é algo entre você e seu pai, mas se ele já deu a resposta, eu estou do lado dele. 

- Isso não é justo!! - passou as mãos no cabelo nervosa - Eu preciso de um emprego, não posso passar a vida toda embaixo da asa de vocês 

- Não estou te impedindo de arrumar um emprego, querida - o homem disse terno segurando o rosto da filha - Será ótimo você começar a trabalhar com alguma coisa, irá amadurecer, conquistar sua independência, acha mesmo que não quero isso?

- Mas eu quero ser uma auror! - disse firme

- E eu já disse que você não vai ser - o mais velho bufou se afastando da filha 

- Eu tenho notas para ser contratada. Irei até o Ministério e irei mostrar meu interesse para fazer o teste - a voz de Stephani era decidida e a garota mantinha o peito estufado cheia de si - Você não pode me impedir de fazer isso 

- Apenas irá perder seu tempo - Thomas disse calmo terminando de botar seu sobretudo e pegando sua maleta 

- Você não pode interferir no Ministério assim, pai!! 

- Tem certeza? - o mais velho disse com um sorriso ladino nos lábios abrindo a porta de casa - Até mais tarde, eu amo vocês. 

Sem ouvir mais nenhuma palavra da filha, Thomas fechou a porta seguindo seu caminho até o Ministério. A garota estava estática parecendo um pimentão de tanta raiva que sentia no momento, realmente não iria importar o que ela fizesse ou o quão boa fossem suas notas nos exames que fez na escola, ela tinha consciência de que seu pai iria interferir na sua admissão como auror e que ele tinha total influência para isso.

- Ele apenas faz isso para te proteger - a voz de Jessie despertou a garota de seus pensamentos 

- Mas eu não pedi proteção - bufou se jogando no sofá 

- Oh, querida. As coisas lá fora estão ficando cada vez piores - disse se sentando ao lado de Stephani - Se não fosse por tudo o que está acontecendo, é claro que ele deixaria você tentar ser uma auror, você sabe como ele tem orgulho de você, como nós temos - a garota concordou em silêncio ainda com a cara emburrada - Mas assim como ele, eu não quero te perder. Você não tem experiência em batalha, sabe disso

- Ok, ok - a garota disse frustrada - Mas saibam que eu ainda não desisti 

- Vocês são iguais - a mais velha se levantou rindo 

- Quem? - a olhou confusa

- Você e seu pai. Quando cismam com algo, não há quem tire da cabeça - concluiu caminhando até a cozinha - Quer chá?

- Não - falou mais alto por sua mãe já estar no outro cômodo 

A garota voltou para o seu quarto e começou a escrever uma carta para Régulos contando o pequeno atrito que teve com o pai, coisa que ela vinha falando com o amigo desde que começou a insistir com o pai sobre a história de começar a trabalhar no Ministério. As vezes o mais novo agradecia por não estar perto dela, mas isso mudava sempre que ele lembrava que ela podia sentir que ele estava aliviado/feliz por ela seguir sem continuar ser uma auror. No mesmo dia sempre chegava uma segunda carta com xingamentos da mais velha que o arrancava boas gargalhadas. 

Pelo menos isso o deixava em paz por alguns segundos.