A ligação inesperada

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As horas se passaram e não foram notadas por nós, adormeci nos braços dele e a paz que isso me proporcionou é indescritível, acho que há muitos anos não durmo tão aconchegado e em paz. Escuto algum barulho de fundo que me faz despertar do meu sono. Sehun falando ao telefone, me sento na cama e procuro aonde deixei o meu celular, então ele me olha, sorri para mim e faz um movimento com a mão para que eu espere um pouquinho, aguardo ele finalizar a ligação
- Você não faz idéia de como você é lindo dormindo, sério mesmo, fiquei horas apenas admirando a sua beleza e os sons fofos que você faz ao dormir Jae.

- Como assim ficou horas? Que horas são?~ Me levanto da cama no pulo, estou somente de cueca e começo a procurar o celular e a perguntar as horas para ele.

- Relaxa, já são 21hs e 30min, eu ia te acordar por volta das 18hs, porém, você estaca dormindo tão..
- Como assim são mais de 21hs, caralho, to fudido ~ Interrompo a fala dele e continuo a reclamar; - Como você deixou isso acontecer? Cara eu te falei que meu pai é um cara escroto, super metódico e pontual, ele é militar, eu estou realmente fudido, porra SeHun, você realmente me fudeu várias vezes hoje e de todas as formas possíveis.

- Calma Jae, deixa eu te explicar

- Calma? Porra, eu estou há 2 horas e meia a mais do horário estipulado pra chegar em casa, já passou a hora do jantar, meu velho deve estar preparado pra me passar um puta sermão. ~ Enquanto reclamo, vou juntando minhas coisas, me arrumando e disparo
- Se você quer me ajudar, peça um carro pra mim. Preciso chegar o quanto antes em casa e arcar com as consequências. Puta que pariu, logo agora que eu e o coroa estávamos iniciando um diálogo próximo a uma relação normal de pai e filho. Porra, eu te disse que tinha que ir antes das 19hs.

- Jae, me desculpa, não foi intencional, eu te juro. Você estava dormindo tão bem, eu tentei te acordar, mas você pediu pra ficar mais um pouquinho. Me perdoa cara e não me odeie por isso. ~ Ele me olha com um ar preocupado e seus olhos me passam muita verdade, dá pra perceber que não foi intencional.

- Esquece; ~ Digo a ele dando um leve sorriso; - Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Eu resolvo. Não precisa ficar assim. ~ Me aproximo e lhe dou um beijo, que se inicia leve,mas que a medida que encostamos nossos lábios,a sua mão envolve minha cintura e me sinto pressionado contra o seu corpo. Ele me beija desesperadamente como se aquele pudesse ser o nosso último beijo, talvez ele esteja com receio de que eu não o queira mais por isso, muito pelo contrário, eu arco com qualquer consequência se for para ter momentos como os que passei com ele hoje.

- Eu realmente preciso ir.

- Você tá com raiva de mim? Ainda vamos ficar juntos?

- Claro que não!

- Como assim claro que não? Você não está com raiva ou a gente não ficará mais junto? Seja mais claro. ~ Lhe dou um beijo,mas não um beijo simples, dou um do meu jeito, profundo e intenso, olho pra ele sorrio e pergunto:

- Respondi a sua pergunta? ~Ele sorri e me abraça apertado como se não quisesse me deixar escapar.

- Me desculpe mesmo, eu não queria lhe causar problemas, essa nunca foi a minha intenção. Deixa eu te levar pra casa eu falo com o seu pai e explico em parte o que aconteceu.

- Pode deixar que eu resolvo, amanhã é sexta-feira, talvez eu fique de castigo, talvez ele me busque no colégio, me tire o celular, enfim, sabe se lá qual será a punição dele.

- Ele não vai te bater não né? Se ele tocar um dedo em você eu vou intervir. Ninguém toca no que é meu.

- No que é seu? Sério? Virei uma propriedade? Um tênis? Mochila?

Arriscando Tudo Book 1Where stories live. Discover now