Fragmentos do Passado parte 1

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Após comermos a pizza, fomos tomar um banho para finalmente descansar.  Só que na cabeça do Sehun, tomar banho não tem o mesmo significado que têm na minha,  para ele essa é mais uma chance de transar comigo, sabendo disso tentei sem sucesso fazer com que ele tomasse seu banho após o meu. É impossível impedir que ele tome banho comigo aparentemente na cabeça dele terá sempre que ser assim, não o julgo,  sendo assim, acabamos mais uma vez trocando carícias o que nos levou a beijos mais intimos, toques deliciosamente provocativos o que culminou em nós transando mais uma vez, dando sequência ao que já havia sido um final de noite agitada, meu corpo realmente precisa descansar agora.
Fazer ele se acalmar é uma missão quase impossível, pois ele o tempo todo fica me tocando, me abraçando, me agarrando e me provocando, as vezes ele parece o dr Octopus, aquele vilão do Homem-Aranha cheio de braços cibernéticos. Ele me abraça por trás na desculpa de dormirmos juntos de conchinha, mas de tanto ele se esfregar em mim, ele ficou novamemte excitado, e com isso voltou a sua investida contra mim.
Aparentemente ele não estava nem um pouco saciado me pergunto quando ele estará, ainda me impressiono com a fome dele por sexo, quase beira a uma compulsão, mas não posso julgá-lo, principalmente agora que o sexo entre nos se tornou completo para ambos, também quero fazer o tempo todo, mas até o corpo precisa de um tempo para se recuperar. Devido a isso desconverso e me levanto da cama, ele sorri

- Não acredito que você está fugindo de mim... Volta aqui meu amorzinho, eu só quero te abraçar apertado. ~ Ele sorri novamente e faz uma cara de fofo que me deixa com borboletas no estômago. Cara estou loucamente apaixonado por ele, estou literalmente de quatro.

- Já volto, vou ligar pro meu pai, quero saber se ele chegou bem em casa. Ele não me ligou, estou achando estranho. ~ Pego meu celular e ligo pra ele, o telefone toca inúmeras vezes e eu fico sem entender. Ligo outra vez e o celular toca sem parar  caindo na secretaria eletrônica. -Ele não atende Sehun, será que aconteceu alguma coisa com ele?~ Pergunto, cara o coroa nunca deixou de atender a uma ligação minha, tudo bem que eu quase nunca ligava, sempre ignorei a sua presença, afinal de contas ele vive me dando no saco, é um cara irritante e insuportável, sempre com suas regras,suas lições de moral, seu relógio marcando hora para tudo, mas ele nunca ficou incomunicável, mesmo quando ele estava em missão ele sempre dava um jeito de falar comigo

- Com certeza aconteceu Jae, seu pai tá transando demais e se esqueceu de tudo, simples assim. Porra Jae, se coloca no lugar dele, aquela srtª Bora é bonita, super gentil e educada, tem um corpo bonito e o mais importante ela estava comendo seu pai com os olhos, sempre conversando e arrumando um jeito de tocá-lo, sacudindo o cabelo quando sorria, até uma lambida nos lábios eu a vi fazer, então não amorzinho, ele não está com nenhum problema, ele está em meio a uma solução dos problemas dele, ele está se divertindo. Então deixa de ser inconveniente e deixa o seu pai transar até cansar, deixa ele matar a saudade dela, com certeza no passado já rolou alguma coisa, deixa eles terem um momento recordação, afinal de contas recordar é viver.  Agora vêm prá cá, vamos dormir. ~ Ele abre os braços e me chama para dormir com ele e eu vou me deitar e encosto minha cabeça em seu braço envolvendo-o com um abraço, conversamos um pouco até que sem perceber eu adormeço.

Não muito distante dali...

Em pé próximo a janela WooSik reflete sobre a vida e sobre os seus próprios sentimentos. Durante anos ele não se permitiu ser feliz, sempre se culpando por toda a infelicidade ocasionada por suas tristes escolhas, não houve um dia sequer que ele não tivesse imaginado como tudo poderia ser sido diferente, ele lamenta suas escolhas, mas não o fato de ser pai, isso ele nunca viria a se lamentar. Ele está lá olhando para o vazio e fumando um cigarro lentamente, a silueta do seu corpo é tudo que Bora consegue ver de onde ela está, ela observa as baforadas do cigarro , a fumaça liberada que se movimenta pelo ar, colorindo de cinza a silueta do seu amor juvenil, por vezes ela nota um ponto vermelho ela entre uma tragada e outra. Mas infelizmente ela não consegue enxergar o seu semblante, talvez isso a deixasse mais temerosa, pois o olhar do seu amado está perdido, distante, olhando para além do horizonte, sem um foco, apenas voltado para o nada e para todos os pensamentos que por hora transitam em sua cabeça, seus  monstros no armário, os fantasmas do passado que o confrontam e o deixam inquieto e pensativo.

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