Arriscando Tudo Book 1

Juntando as peças

Algumas horas se passaram desde toda a confusão matinal. Nós fizemos amor de forma plena, profunda e apaixonante, sempre tive curiosidade de saber como era o sexo após uma briga, via em filmes que era intenso, mas o nosso não foi dessa forma, foi bem ao contrário, ele foi leve, suave, como uma tarde de primavera, nem quente, nem frio, na medida certa.
Cheguei a conclusão que os nossos corpos realmente fazem morada um no outro, a sensação de pertencimento e de plenitide quando estamos juntos é mágica, amo cada segundo em que estou com ele e morro de medo dele em algum momento desistir de nós, meu coração se enche de medo e de tristeza só de pensar nessa possibilidade. Talver por sempre me sentir abandonado, trocado, traído por todos que eu amei eu tenho essa dificuldade de me entregar e acabo por temer a todo momento o possível final de um relacionamento, isso realmente está me assustando demais, acho que não consigo enxergar qualidades em mim suficientes para manter uma relação duradoura com alguém, principalmente porque não me sinto merecedor, minha cabeça foi tão ferrada no passado que eu não consigo me enxergar positivamente. Olho para o lado e o Sehun está em um sono tranquilo, não consigo parar de admirar a sua beleza, vê-lo dormindo me trás uma paz e a certeza de que não quero acordar com outra pessoa. Me preocupo um pouco com a fragilidade que ele demonstrou, ele parecia outra pessoa, tão frágil apesar de ser um cara grande e vigoroso. Me pergunto se aquele Sehun da primeira vista não é como eu, uma pessoa tão ferida e machucada que usa uma armadura para se proteger do outro, da vida de tudo. Parece estranho pensar dessa forma mas eu me senti ainda mais próximo ao ver a sua fraqueza, espero que ele não se sinta estranho depois disso. Alguns minutos se passam e ele finalmente se movimenta e abrindo os olhos e esboçando um leve sorriso.

-Eu sei que sou um cara bonito, mas não ao ponto de quase ser atravessado com um olhar, não cansou de me olhar não? ~ Ele se movimenta e alisa meu rosto delicadamente; - Bom dia meu amor.

- Bom dia, finalmente você acordou, já estava ficando preocupado contigo. Claro que não me cansei, por quê eu cansaria de olhar para você? Você é extremamente apreciável.

- Sei lá, eu sou chato, falo demais, sou ciumento, possessivo, um pouco estúpido. São tantos os motivos pra você se cansar de mim.

- É impossível eu me cansar de você, apesar de tudo o que você disse ter um fundo de verdade, esses motivos nunca fariam que eu me afastasse de você, muito pelo contrário, você me faz querer estar a cada segundo a seu lado.

- Que horas são Jae? ~ Ele se movimenta e procura o seu celular, - Cara Já passam das 14:00h! Porra, por que você não me acordou antes? Nossa eu apaguei, e minha mãe? Ela não apareceu aqui não, né? E o seu pai? Deu sinal de vida?

-Respira, pra que todo esse desespero? Sua mãe apareceu aqui mais cedo nos chamando para almoçar. Você estava tão tranquilo dormindo que decidimos deixar você dormir, mas eu almocei com ela.

- Sozinho? Ah, fudeu! Jae, não acredite em tudo que ela diz por favor, minha mãe é louca, sério mesmo. Me diz uma coisa sobre o que vocês falaram? Ela com certeza contou algo embaraçoso.

MÃE! MANHÊ! ~ Ele chama a sua mãe aos gritos, se levanta e vai em direção a porta, ela prontamente corre para saber o motivo da gritaria.

- Por que você está gritando dessa forma filho? Já te avisei quer falar comigo vá até aonde estou e fale, odeio quando você me chama assim. E falando nisso, já viu a hora? Perdeu mais da metade do domingo dormindo, eu e o Jae cozinhamos juntos, comemos juntos, conversamos horrores longe da sua presença desagradavel. ~ Ela sorri pra mim e pisca, ele tem o mesmo habito da mãe, ambos são extremamente agradáveis, adoro a sincronia entre deles. - Ah, só para você saber eu contei um monte de coisas suas pro Jae, ele ficou muito surpreso. ~ Ela aos risos começa a zoar ele, olho pra ele e vejo que tem uma nuvem de preocupação por trás daquele semblante. De certo ele não contava com isso e deve estar se sentindo invadido por mim.