A Caixa parte 2

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Após ler o conteúdo da carta eu tive uma crise de ansiedade gigante,na verdade eu  acho que foi um ataque de pânico, demorei muito para ficar bem, tentei desesperadamente controlar meus sentimentos para que ninguém note que há algo de errado comigo e finalmente depois de algum tempo eu finalmente consegui voltar a mim, e com isso tentei ser o mais prático possível para tentar resolver essa situação.

Decido guardar as imagens dessa bizarrice, não dá pra chamar a polícia e muito menos mostrar o conteúdo para o meu coroa ou para o Sehun, não sei se as ameaças na carta são reais ou uma tentativa de fuder com o meu psicológico, a verdade é que seja qual for a verdadeira intenção por trás dessa caixa esse desumano conseguiu tirar a minha paz.

Tiro algumas fotos do conteúdo da caixa com o estômago embrulhado e trato de sair para me livrar dela, não posso apenas jogar no nosso lixo, como temos o costume de descarte consciente meu pai poderia encontrar essa merda.

Saio de casa embaixo de uma leve chuva e vou na rua debaixo para descartar essa caixa nojenta.
Ao sair de casa olho para os lados e sinto que estou sendo observado, sério essa sensação é real.

Como o tempo está frio e garoando a rua está deserta pro horário, não são nem 21hs. O  bairro que moramos é muito. familiar, ele foi revitalizado mas manteve a vibe familiar, agora o meu bairro é um bairro para emergentes sociais, muitas casas modernas, jardins vem tratados, praças, existem poucos comércios por aqui, apenas alguns restaurantes renomeados e algumas lojas de conveniência.
As ruas são íngremes, moro na parte mais alta do bairro, minha rua é muito arborizada, muitas casas modernas de muros altos, tem uma loja de conveniência no cruzamento da minha rua com a principal, bem na esquina dessa rua, mas particularmente hoje a loja de conveniência está bem vazia, fruto desse tempo ruim, normalmente lá você cheio de jovens como eu voltando das suas escolas, retomando suas vidas por alguns minutos.

Pode parecer paranóia da minha parte mas não consigo parar de pensar que estou sendo observado. Ao lado da loja de conveniência têm um beco, lá tem o descarte dos lixos e uma caçamba de roupas para doação de
Vou para lá e descarto essa merda, jogo o mais fundo possível . O beco também está vazio, normalmente sempre tem um casal dando uns amassos escondidos, eu e o Sehun já ficamos alí algumas vezes, é bem divertido fazer algo escondido mas que a qualquer momento pode ser descoberto.
Apresso meus passos e decido entrar na loja, pego meu celular e ligo pro Sehun, preciso ouvir a sua voz, queria estar com ele. De repente ele vem me encontrar aqui, vou dizer que estou sentindo sua falta.
Meu coroa deu uma saída para comprar algumas coisas que estão faltando na cozinha e trazer algo para jantarmos. Eu pedi que ele trouxesse tteoktobokki e gochujang samgyeopsal, preciso comer algo muito apimentado, estou acostumando com a pimenta, é engraçado pois eu achava que a comida era muito apimentada mas agora ainda acho que poderia ter um pouco maiaO Celular dele dá ocupado, ligo algumas vezes e nada. Com quem ele está falando? Porque ele não me atende?

Começo a entrar numa onda negativa, acho que pode ter acontecido algo com ele, ligo para o telefone residencial e nada, sei que a tia Minjin hoje está de plantão, então cadê o Sehun? O que ele está fazendo.
Decido pegar um refrigerante e um
Kimbap triangular, me sento de frente para a Janete vejo a chuva cair. Continuo a ligar pro Sehun mas ele não me retorna.
De repente noto uma pessoa com um guarda chuva amarelo do outro lado da rua, ela está de sobretudo e não consigo ver seu rosto, mas uma coisa é certa ela está olhando em minha direção, começo a ficar aflito com isso, será que estou vendo coisas?
De repente o atendente se aproxima de mim, ele é um rapaz novo, talvez uns três anos mais velho que eu, de óculos, pele morena, com um sotaque de bussan, sempre que eu e o Sehun passamos por aqui ele é bem amistoso, vive estudando. Provavelmente ou ele é um estudante universitário ou está tentando algum concurso público.

- Boa noite, desculpe incomodar, mas eu notei que tem uma pessoa do outro lado da rua olhando para cá, você conhece essa pessoa? Desde que você chegou ele está olhando a parar para cá. ~ Ele me olha intrigado e em seu semblante sério me faz entender a gravidade da situação

- Você tem certeza? Que ele está lá desde que eu cheguei? De repente ele está aguardando por alguém?  ~ Falo na espectativa de que seja apenas uma coincidência

-  Não mesmo, ele estava bem atrás de você, de início eu achei que estavam juntos, pois quando você se encaminhou para o beco pra jogar o lixo fora ele ficou te olhando, vi pela câmera de segurança. ~ Ao dizer isso meu coração dispara - Ei, você está bem? Você está pálido.

- Eu estou bem

- Eu chamarei a polícia. Esse cara é muito suspeito. Você precisa que te acompanhem pra casa. Por acaso você tem alguém para te ligar? Se você não conseguir eu posso fechar rapidinho e te levar pra casa em segurança.

- Obrigado, vou ligar para o meu pai.

-  Qualquer coisa se ele tentar entrar aqui eu te ajudo.

-  Obrigado

Em quanto isso...

-Você realmente acha que eu vou ficar com medo de você? Isso chega a ser patético, assim que eu te encontrar eu acabo com você. Quero ver se você vai repetir o que disse na ligação quando eu estiver na sua frente. Trate de ficar bem longe do Jae, acho que você ainda não entendeu que o Jae é meu e eu vou fazer o possível e o impossível para manter ele seguro e livre de lixos como você. Se afaste enquanto eu estou sendo bonzinho, não me importa quem você é ou o que você sente, se você chegar perto do Jae você será carne morta.

Arriscando Tudo Book 1Where stories live. Discover now