Mais uma vez em Seul

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Após ficarmos juntos desde o meu despertar, eram aproximadamente 4 hs da manhã, fomos tomar nossos banhos e arrumar nossas malas, não sei o porque exatamente mas não quero mais ficar por aqui. Eram 06hs quando meu pai entrou em nosso quarto e pediu para nos apressar, realmente ele também não quer mais ficar aqui,  talvez ele tenha decidido fugir novamente, não sei ao certo, mas me incomoda o fato de termos que voltar a velhos hábitos. O semblante do meu coroa não era o dos mais  tranquilos. Seguimos sua ordem e descemos, quando chegamos lá reparamos que as malas deles já estavam prontas e a tia Minjin estava com os olhos inchados, provavelmente teve uma péssima noite. Olho de forma firme pro Sehun e sinalizo com a cabeça para ele falar com a mãe. Ele fecha a cara para mim e sinaliza negativamente com a cabeça deixando um clima estranho no ar. Entramos no carro e um silêncio mortal se fez lá dentro, diferente da ida que foi alegre e falante. Sinceramente gosto desse silêncio, acredito que o meu cora também, velhos hábitos são difíceis de serem deixados para trás, mas pelo menos deixamos essa casa, nunca mais retornarei lá, isso é um fato.
Olhei para o lado e o Sehun estava de olhos fechados com fone no ouvido, não sei se ele está bem ou não, paro para observar nossos pais e reparo que eles estão de mãos dadas, aparentemente meu pai é bem mais afetuoso do que eu podia imaginar, noto na mão da tia MinJin um lindo anel com uma pedra bem grande e tento observar a mão esquerda do meu coroa e fico pasmo pois vejo um anel em sua mão. Olho para o meu pulso e para o do Sehun e vejo nossas pulseiras, aquela viagem era para ter sido perfeita se não fosse a stª BoRa e suas artimanhas.

Seguro na mão do Sejun e ele na mesma hora se vira e me olha, ele sorri para mim e se move para o meio do banco e me envolve com seus braços, encosto minha cabeça em seus ombros largos e descanso torcendo para não ter nenhum pesadelo.
De repente ouço um chamado, começo a despertar do meu sonho e ouço o Sehun falando que chegamos. Abro os olhos e reparo que apaguei as 6 horas de viagem, não consegui me lembrar de nada, não sonhei, apenas desliguei.

- Eu já estava ficando preocupado amorzinho, tentei te chamar inúmeras vezes, mas decidimos deixar você dormir. Então deixa de preguiça, levante-se e vamos entrar.

- Entrar?

- Claro, pretende ficar por aqui? O seu pai está la dentro com a minha mãe, mas ele já está de saída, ele precisa resolver alguns assuntos. Ah, e amanhã ja retornamos as aulas, ficamos menos tempo do que imaginamos, mas ainda sim valeu a pena Jae. Então, entre, tome um banho e coma algo, você está desde cedo sem comer nada.

- Ok, farei isso, mas preciso falar com o meu coroa.

- Então faça isso, mas não prolongue o assunto da sua avó, nem nada do tipo, ontem conversei com o seu pai e essa situação não o deixou nada bem.

-Eu também preciso falar com você sobre essa conversa, estou me sentindo excluído e não estou nada feliz com isso.

- Eu iria conversar com você hoje cedo, ontem a briga com a minha mãe me deixou um pouco esgotado

- Precisamos falar sobre isso também Sehun.

-Ok, ok, ok... Falaremos do que você quiser Jae e eu lhe responderei o que for preciso, mas antes, tome um banho e se alimente por favor.

Saímos do carro e entramos na casa, logo ao entrar vejo nossos pais arrumando a mesa para almoçar. São 14 hs e agora que sinto o cheiro da comida meu estômago começa a roncar. O ronco foi tão alto que o Sehun ouviu, sorriu para mim

- Vamos tomar um banho. ~ Ele me segura pela mão e me guia até o seu quarto, nossas malas já estão lá, entramos no chuveiro e tomamos banho. Como sempre o Sehun não perde uma oportunidade de me tocar intimamente e ontem o que deveria ter sido um desfecho épico da sua declaração por mim e minha afirmativa para o pedido dele se tornou um caos. Nos beijamos e nos tocamos a medida que tomávamos banho e ele me possuiu de forma intima e gentil, a delicadeza no seu toque e nos seus beijos me deixaram tão imersos aquele sentimento que eu nem ao menos senti nenhuma dor ou incômodo na sua penetração. A cada movimento veio acompanhado de muito carinho, beijos suaves e um gemido rouco e bem baixinho da parte dele. Enquanto ele me tomava e se nutria do meu desejo por ele, eu estava inebriado com aquele momento, nunca havia sido tomado daquela forma por ele, parecia um outro Sehun, não menos desejável, mas com uma maturidade que só havia esperienciado com homens mais maduros. A forma com que me tocava, parecia diferente daquele desejo louco de me ter de outrora, fico imaginando o quanto ele mudou e amadureceu nesses últimos meses, tenho certeza que sou parte desse crescimento mas também sei que sou o causador de muita preocupação e angústia.
Nos entregamos por completo e saimos do banho, enquanto nos arrumamos para descer o Sehun se aproximou e sussurrou em meu ouvido

- Estamos longe de ter terminado, então não exagere no almoço pois quero você de sobremesa. ~ Ao dizer isso senti um frio na barriga e um tesão que fez meu rosto corar e minhas pernas estremecerem. Ele sorriu e me beijou na bochecha.- Você fica tão lindo tímido, amo quando você fica envergonhado.

- Para de tirar sarro com a minha cara.  Você não tem vergonha disso não? ~ Faço birra pra sair do quarto e ele se aproxima e sussurra ao passar por mim

-  Deixa eu passar na sua frente, se eu continuar aqui vou acabar comendo a sobremesa antes do almoço. ~ Ele sorri e pisca pra mim, nesse momento me pareceu o Sehun de sempre. - Anda, vamos, não demore viu. ~ Ele sai pela porta e assim que fecha eu vou terminar de me arrumar, mas ele abre novamente a porta e volta a falar

-Jae... Eu te amo. ~ Ele sorri e me manda um beijo. - Vamos, não demora já estou sentindo sua falta.

- Então me espera. Digo sorrindo para ele enquanto visto minha calça.

- Vamos, acelera...~ Ele sorri entra no quarto e me beija. - Vamos amor, quanto mais rapido descermos mais rápido a gente volta pra cá...anda...vamos...~ Eu visto a camisa, ajeito o cabelo e assim finalmente descemos.

Chegando na sala, um banquete está servido, não acredito que eles fizeram tudo em tão pouco tempo. Mas antes de eu comentar a tia Minjin se põe a falar.

-Jae espero que você goste, a comida é mediterrânea, passamos em um restaurante, iriamos comer lá mas o Sehun disse que era melhor pedir e trazer pra comermos juntos e mais a vontade. O cardápio ficou por conta dele e do seu pai, eles disseram que são suas comidas preferidas. ~ Ela sorri mas aquele sorriso esta apagado, talvez pelas olheiras, talvez pela discussão inesperada com um desfecho difícil com o Sehun.

-Eu adoro tia, muito obrigada pai, Sehun, mas você se também gostam né?

- Sim querido nos gostamos, o Sehun come pouco pois ele diz que é muito carboidrato, mas come. ~ Ela nem ao menos olha na direção dele e nem ele olha em direção a ela. O clima é incomum e o silêncio retorna na hora do almoço e eu ja estava me acostumando com eles falando, puxando assuntos, contando como foi o dia, enfim, odeio esse tipo de mudanças.
O silêncio novamente toma conta do almoço e é rompido por um toque de celular.
O telefone do Sehun começa a tocar e ao puxar pra ver quem era sua feição modifica, ficando séria, ele se levanta, pede licença e vai atender a ligação. A Tia Minjin o acompanha com o olhar e de repente o Sehun fica agitado, sua voz passa a ser percebida e ele desliga o celular e vem em direção a nossa mesa, a tia MinJin não se contém e pergunta

- Sehun o que houve? Quem te ligou? ~ O rosto dele em segundos se abateu

- Foi da casa do meu pai... Mãe... Meu pai foi internado as pressas, ele esta em cirurgia. ~ Ao terminar de falar ele desaba na cadeira, sem expressão, sem demonstrar dor, tristeza, apenas um semblante apático

- Como assim? Cirurgia de emergência? O que aconteceu com ele? Me dê esse celular. ~ Eu abraço o Sehun e meu pai também se aproxima dele e poe a mão em seu ombro. Enquanto isso a tia MinJin retorna a ligação e pega todos os detalhes. Então saimos as pressas em direção ao hospital do pai do Sehun. Ele está muito abalado e mesmo sem derramar nenhuma lágrima da pra ver que ele não está nada bem, preferia que ele chorasse, seguimos para o hospital e no caminho tento ao máximo consolar ele, dizer que tudo ficará bem, mas e se não ficar.

Arriscando Tudo Book 1Where stories live. Discover now