A luta

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Depois de uma noite agitada conseguimos dormir. Eu e o Sehun apagamos e caímos no sono, mas no meio da madrugada começo a ouvir de longe um telefone tocando. Automaticamente pego o meu celular para ver se a ligação é para mim e não é, me levanto e vou em direção ao celular do Sehun que está em algum canto.

O Sehun não é apegado ao celular e isso significa que ele o deixa em qualquer lugar e sempre vive perguntando por ele. Vou em direção ao som e acho o celular dele tocando.
São três e quinze, quem em sã consciência liga nesse horário?
O telefone para de tocar, eu olho o visor do celular e vejo oito ligações perdidas.

Não reconheço o número e uma angústia já me bate por dentro.
Quem está ligando para ele?
Sigo em direção a cama e quando estou prestes a deitar mais uma vez o telefone toca. Dessa vez o Sehun se mexe e quando se movimenta para pegar o celular eu o entrego.

- Cara quem está me ligando a essa hora? ~ Sonolento ele sem olhar para o visor atende o celular e um diálogo quebrado começa a ser feito. - Alô, sim sou eu... O que?... Aonde você está? ... Eu estou indo praí... Como isso foi acontecer? Eu já estou indo, não se preocupe. ~ Ao desligar a ligação vejo que o Sehun ficou agitado.

- Sehun quem era a essa hora? O que aconteceu? ~ O questiono com o coração aflito.

- Cara não temos tempo, troca de roupa e me segue que te explico no caminho. Rapido, não temos tempo. ~ Sua expressão tensa me indica que algo está errado.
Me arrumo e o sigo, ele pega a chave de um dos carros e em um primeiro momento tira o carro empurrando para não fazer barulho e mais para frente o liga e segue viagem.

- Sehun, o que está acontecendo?

- Não dá para falar agora Jae, apenas se arruma por favor, vamos, depressa, não temos tempo a perder

- Como assim? O que está acontecendo? Pra onde estamos indo? Se meu pai souber que saímos de madrugada ele irá nos matar.

- Jae, deixa de perguntas, se você quiser me acompanhar por favor venha em silêncio, Precisamos ser rápidos antes que as coisas possam sair do controle.

-Como assim sair do controle? Eu estou ficando ainda mais preocupado? O que está acontecendo Sehun?

- Jae, é melhor você ficar.

- Como assim? Eu não vou deixar você sair daqui sozinho.

- Então pára de falar e vamos.

A contragosto começo a me arrumar, minha cabeça ferve com vários questionamentos ignorados pelo Sehun. Odeio o fato dele não me falar as coisas com clareza
Enquanto me arrumo o Sehun já pronto vem falar comigo

- Jae você vai me prometer que independentemente do que acontecer você ficará longe e não irá se meter ok?

- Como assim? Longe do que? Você está indo para brigar? Sehun?

- Cara por favor não faça perguntas e nem discuta, eu só te levarei para que você não pense que estou indo te trair, não posso deixar que você surte novamente, prometo que não vou te esconder mais nada Jae, não quero nem pensar em você fazer outra besteira mas te explicar o que está acontecendo agora vai demorar e não temos tempo a perder.

Dez minutos se passam e a gente chega próximo ao colégio, naquele beco infeliz onde o Sehun brigou com o Hyung Hae, na última vez que estivemos aqui o tempo estava claro, era de dia, diferente da outra vez hoje o dia está muito escuro, o céu está fechado, as ruas desertas, no beco alguns estudantes nas mesas do bar.

Chegamos ao local, o Sehun estaciona o carro próximo e desce apressado e segue em direção a um bar. Ao chegar lá na frente do local um segurança corpulento está parado enfrente a porta, quando o Sehun chega proximo o cara sorri e o cumprimenta abraçando o Sehun, não fazia ideia de que o Sehun conhecesse um gangster.

Arriscando Tudo Book 1Where stories live. Discover now