Sehun matando Aula

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Voltar as aulas me desanima demais. Na verdade estou farto desse colégio e dessas pessoas, pra mim estar no colégio é um grande martírio.

Essas últimas semanas foram um saco, ter perdido o meu pai me trouxe a um lugar incômodo, foram poucas as vezes que me senti dessa forma. Eu estou tão entediado, farto, cansado de tudo, da minha mãe, da escola, as únicas coisas positivas na minha vida são o Jae e o sogrão.
Cara, como gosto desse coroa. Ele sabe falar exatamente a mesma língua que eu. Acho que ele é um dos poucos adultos que apesar de ter feito escolhas duvidosas no passado principalmente no que se refere ao Jae, seus pais e a sua ex mulher, ele sempre tem o que falar. Sem se impor, sem demonstrar decepção, ele fala de forma objetiva e gosto demais disso tudo, eu e o sogrão temos muito em comum, ambos somos de familias ricas, de pais relapsos e de vontades contestadas.
Ele teve uma adolescência tão pesada como a minha e a do Jae mas ele não deixa de ser um exemplo de que apesar do passado dá para se construir uma vida promissora. É, ele tem um filho incrível, uma mulher bonita, inteligente, uma cirurgiã de primeira, uma mulher com defeitos mas com qualidades admiráveis, apesar de estarmos em uma fase complicada a minha mãe é uma mulher incrível, e ele tem a mim, um enteado acima da media, não apenas em beleza , o que é fato, sou bonito, atlético, inteligente, sagaz, tenho uma experiência de vida de poucos e uma inteligência emocional superior a jovens da minha idade.
O sogrão sabe como falar e o que falar, no dia em que meu pai morreu ele conversou comigo e aquela conversa me fez perceber que eu devia me culpar menos e me ressentir menos com o meu pai, para que ele possa seguir para uma nova vida sem levar os pesos dessa. Enfim, a conversa foi incrível.

Eu e o Jae nos mantivemos afastados por algumas semanas, acho que esse processo foi positivo apesar de tudo, demos um tempo para sentir tudo que precisávamos sentir sem cobrar um ao outro, devido a isso nós nos vimos pouco, minha cabeça estava a mil devido a tudo relacionado ao meu pai, vê-lo naquela UTI me deixou bem puto, principalmente por ele estar desacordado e eu não poder vomitar toda minha insatisfação com ele, não bastava somente descontar na minha mãe, embora ela mereça.

Durante anos engoli calado várias situações provenientes dela mas decidi a partir daquela maldita viagem não engolir mais nada. Ela precisa saber assumir as suas escolhas e arcar com os seus atos.

O sogrão conversou muito comigo, nós falamos sobre o meu pai, sobre o Jae e sobre a minha mãe. O assunto da  viagem rendeu demais. Ele não me repreendeu mas falou sobre a minha briga com a minha mãe sem em momento nenhum apontar culpados, não me deixou em uma posição desconfortável, ele é muito ético.

Ele me pediu formalmente autorização para casar com a minha mãe, disse que vai esperar um pouco em respeito a morte do meu pai, acho uma besteira e falei para ele fazer o que quiser independentemente da minha autorização ou não, disse para ele que quando eu casar com o Jae não irei pedir a ele, pois no momento em que o Jae apareceu na minha vida ele se tornou meu, e a gente não pede o que já é nosso? Faz todo o sentido né?!

Enfim, nós nos entendemos bem, e tenho reparado que essa conexão por vezes incomoda o Jae, as vezes me afasto pra que a relação deles continue a melhorar.
Tenho observado que eles estão bem mais próximos e fico feliz em ver esse progresso, eles merecem ser felizes juntos, o que é diferente do meu caso com a minha mãe, essas últimas semanas me afastei demais dela.
A nossa relação nunca foi maravilhosa, mas devido ao apoio dela desde a expulsão do outro colégio nos aproximamos. O divórcio fez bem a ela e a mim tenho que concordar. Viver naquela casa com o meu pai era muito ruim. Me divirto muito mais aqui, com eles.
Sexualmente falando estou na seca, é tão bizarro pensar nisso já que tenho dormido ao lado do Jae, cada vez que ele me encosta perco o controle do meu corpo, mas não quero que ele pense que sou tarado e sem o mínimo de respeito aos mortos, por mim tinha feito sexo com ele no mesmo dia que o meu pai morreu, qual seria o problema disso? Só porque ele morreu eu não posso desejar o meu namorado? Mas, me segurei, parece que voltei a adolescência, a fase da punheta, voltarei a ter calos nas mãos, até quando precisarei me segurar? Será que não foi suficiente? Por que eu tenho que ser penalizado pela morte do meu pai? E daí que ele morreu? Cara, ter um namorado lindo e super sexy todo dia na sua cama e não fazer nada é desumano. Eu desaprovo, mas estou me esforçando pra não parecer uma aberração.

Arriscando Tudo Book 1Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora