A Separação parte 2

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Alguns minutos atrás no quarto do Sehun...

Decidimos ficar conversando enquanto no andar de baixo nossos pais decidem o que farão conosco, preferia estar brincando um pouco com o Jae mas ele é bem dramático e preocupado, enquanto tomávamos banho juntos ele aproveitou e me passou um sermão daqueles longos, cansativos por assim dizer.
Na verdade acho que era um, de verdade eu nem sei ao certo, aproveitei e usei com ele a mesma técnica  de ignorar tudo que era falado, assim como ele faz com o sogrão . no momento que eu escutei "a sua mãe" me desliguei do que era dito pelo Jae, aproveitei para usar também a técnica de que toda vez que o sermão desse uma pausa eu falasse algo me desculpa do, sempre que o  sermão parava eu me desculpava, dizia que não iria fazer de novo, que eu fui inconsequente, que eu errei e não faria de novo, enfim, abaixava a cabeça e me desculpava. Achei interessante pois a mesma pessoa que usa dessa técnica estava caindo nela, o Jae realmente é um fofo

Terminado o banho  e o sermão super prolongado do Jae, ele já não estava mais tão pilhado,  acho que ele se sentiu aliviado em extravasar toda a angústia de mais cedo, não o julgo, ele realmente estava chateado, com certeza ele deve ter ficado preocupado com a forma furiosa e irracional que a minha mãe agiu e com a minha reação a ela.
Da última vez que vi minha mãe daquela forma foi quando fui expulso, até ela entender tudo eu tomei vários tapas seguido da surra que eu levei do meu pai. É, meus pais com certeza achavam que eu era um saco de pancadas, eles adoravam extravasar suas frustrações em mim

Pensando de forma racional, eu deveria ter ignorado a ligação do Beoyung, aquele babaca de eria ter arcado com as consequências do que vez sozinho, se foi uma armadilha pra mim ou o acaso eu deveria ter simplesmente ignorado, teria poupado muitas discussões, mas eu acabei aceitando em nome dos velhos tempos, tinha receio de que ele se machucasse, afinal de contas o problema não era com pessoas da mesma idade e sim com esses caras barra pesada.

Há um tempo atrás eu fui tão fissurado nele, realmente eu gostava desse babaca, a ponto de  emagrecer, mudar de visual, enfim, tudo em vão, quando juntei forças para me declarar ele me desprezou e ainda disse que eu estava doente, doente... Porra nenhuma, aonde já se viu dizer que identidade sexual é doença. Sou extremamente saudável, tenho certeza do que quero, eu odeio preconceito.

Pessoas do mesmo gênero nunca deveriam de ser tratados como uma aberração por amar. Isso não tem nada a ver com o que somos e com o que contribuímos em sociedade. Nossos impostos são os mesmos, nossos deveres são os mesmos, porque nossos direitos não são?
Enfim, fui apenas olhar para a cara dele e me certificar do que eu já sabia, que eu não tenho nenhum sentimento por ele, nem bom, nem ruim, acho que a verdade é que eu tenho pena dele por ele ser tão limitado, ganancioso e iludido. Achar que eu ficaria com ele? Porra, chega a ser patético. Ter ouvido um nós me deu vontade de vomitar.

Quanto mais o tempo passa mais me certifico de que o Jae é o amor da minha vida. Não consigo pensar em perdê-lo, não consigo imaginar meu mundo sem ele e seu sorriso, eu tenho que tomar muito cuidado para não o expôr a situações como as de hoje e nem deixar por nenhum segundo ele duvidar do meu amor e das minhas intenções com ele.

A cada dia que passa ele está mais lindo, tento me controlar e não deixar visível mas estou cada dia mais apaixonado e ciumento. O Jae é como um vício pra mim,  não dá pra ficar sem e sinceramente nem quero. Aquela boca, aquele cheiro, aquele sorriso, a maneira como ele põe o cabelo atrás da orelha e presta atenção em mim, a sua expressão corporal, enfim, tudo nele me faz ficar mais louco e viciado.

Mas como não ser viciado nele, a cada olhar mais atento que dou em sua direção noto algo novo, surpreendente, como suas sardas, tão perfeitas, mas ele insiste em cobri-las ou seus olhos ao sorrir que ficam muito pequenos naquele rosto lindo.

Arriscando Tudo Book 1Where stories live. Discover now