Capítulo 49 - Alasca

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Liam. Eu, eu não tenho palavras para descrever o que estou sentindo neste momento, mas, quero que prometa algo a mim. Cuida dela, cuida daquela loira teimosa pra mim, nunca deixe ela pensar que eu a deixei, nunca deixe-a, mesmo que ela de motivos para isso. Nunca deixe ela chorar por alguém que não a mereça, porque ela é uma joia rara, e ainda está sendo lapidada. Eu amo ela, Liam, mais do que amei qualquer pessoa na minha vida. Minha vida durante anos foi uma merda, e quando ela chegou, vi a esperança surgir pouco a pouco. Mas, ela se foi no dia em que percebi que ela é preciosa demais para estar com um fodido igual mim, então... cuide dela, abrace ela, conte tudo que ela quiser saber. E, se algum dia ela se apaixonar, diga a ela para não pensar duas vezes. Porque eu estarei feliz e gritando por sua felicidade. Agora, se ela não conseguir seguir em frente, deixe-me falar com ela... Oi, pulguinha, como está? Faz muito tempo, não é? Tempo demais. Eu te amo, Alasca Tunner, eu amo você e todos os coisas em você, até a pintinha que tens atrás de orelha. Eu amo o jeito que meche no cabelo quando está nervosa, e amo quando você grita comigo. Mostra que se importa, e não importa qual seja o nosso futuro, eu estarei com você... Quando o amor é forte, nenhum adeus é eterno......

Era a voz dele... ele estava falando comigo. Ele tinha pedido para que cuidassem de mim, e que... nunca foi egoísmo, nunca foi egoísmo, ele estava triste, estava precisando de mim e eu não estava lá. Coloco a máscara no rosto para respirar melhor, e fingir que a dor no peito não existia. A voz dele, era tão... calma e chorosa. Ele estava chorando, pedindo para que eu não me autodestruísse, queria que eu fosse forte. Agarro o celular com mais força, e então vejo Nathan parado do lado de fora, com a mão na maçaneta.

Eu não sabia se ele estava ali fazia muito tempo, mas... eu não queria que fosse embora.

O choro estava entalado em minha garganta. E quando ele deu um passo para dentro do quarto, eu desabei...

- Ahh!! - grito colocando as mãos no rosto. Minhas mãos ainda seguravam aquele celular, com todo cuidado e medo.

- Xiu... - sinto seu corpo se deitar na cama, e começar a acariciar meus cabelos, beijando minha cabeça e acariciando minhas costas – Está tudo bem, você vai ficar bem.

- Me desculpa... me desculpa!! - grito, abafando o som de meus gritos e sua roupa. Minhas mãos deixaram o celular cair, quando agarrei com todas as forças sua camisa, trazendo-a para mais perto de mim – Não sai daqui... por favor, não sai daqui. Eu preciso que fique aqui, por favor!

- Não irei sair. Eu prometo - ele diz, beijando minha cabeça e me aconchegando em seus braços, enquanto se ajeita comigo na pequena maca. Seu corpo estava quente, e sua voz suave. Meu corpo não parava de tremer, estava frio e eu só queria sentir o calor de seu corpo – Está tremendo muito, deixe eu pegar um cobertor - ele diz, acariciando meu rosto.

- Não! Não, estou bem. Só, fique aqui - digo, fincando minhas unhas em sua roupa.

- Durma... estarei aqui.

O dia amanheceu e não senti ninguém ao meu lado. Havia cobertores em cima de mim, e minha barriga roncava. Meus olhos pareciam inchados, e minha boca seca. Tiro as cobertas de cima de mim, e me levanto. Acho que ele foi embora...

- Ei! Ainda é cedo - ouço Nathan falar, enquanto vem com uma bandeja – Fique na cama.

- Pensei... que tivesse ido, embora - digo, com vergonha, e me sento na cama.

- Não fui - ele diz, sorrindo – De madrugada peguei alguns cobertores, você estava tremendo de frio - ele diz, e coloca a bandeja na mesinha ao lado.

- Obrigada - digo, apertando os cobertores contra minha pele.

- De nada. Agora, coma um pouco. Você deve estar cansada - ele diz, e sorri.

Be Free - você vive em mimWhere stories live. Discover now