Capítulo 24 - Victória

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Sete da manhã. E já estou me arrumando para ir a faculdade. Trabalhos terminados e só aproveitar o resto de paz que me resta até ter mais.

Termino de vestir minha roupa, e como estava calor, resolvi usar um vestido. Calço minhas sapatilhas, e pego minha mochila. Desço as escadas e vou direto para cozinha, e o senhor Tunner já estava lá.

- Bom dia, senhor Tunner - digo a ele.

- Bom dia, querida. E já pedi para que pare com essa formalidade, você é praticamente minha segunda filha - o mesmo diz, e volta a tomar seu café.

- Obrigada senhor... Tio - digo com vergonha.

- Melhor assim - o mesmo diz, com senso de humor.

- Como foi o jantar ontem? - pergunto, para tentar puxar assunto.

- Ah, como todos os outros, trabalho - ele diz, e dá risada.

- O senhor deve trabalhar muito, vou me inscrever na sua empresa, para trabalhar como jornalista - digo animada.

- O que? Você faz jornalismo? Obviamente já está contratada, só precisa terminar a faculdade ou ir fazendo um estágio, para complementar os horários da faculdade - ele diz.

- Meu deus! Sério isso!? - dou um grito, e dou um abraço bem apertado no mesmo.

- Claro que sim, você e Alasca se dão muito bem - o mesmo diz, e me dá um beijo na testa.

- Muito obrigada, senhor Tunner - o mesmo faz cara feia, ao ouvir o que disse, mas logo volta ao seu jornal, dando risada.

- De nada. Mas agora me diga, como anda Alasca? Faz tempo que não falo com ela - o mesmo, pergunta, e meu coração acelera. ]

- Ela está bem, ontem ela foi a psicóloga - eu não sabia o que falar. Como eu ia falar ao pai da minha melhor amiga, que talvez ela estivesse ficando doente.

- Que bom. Isso é um grande passo na vida dela, saber que ele se foi e não irá voltar. Ela precisa seguir em frente, tanto por ela, quanto pelo filho - o mesmo diz, e vê as horas no relógio.

- Ela vai ficar bem, ela é forte - digo a ele, mas parece que estou dizendo isso, mas a mim mesma.

- Bom, preciso ir. Tchau Victória - o mesmo diz, e levanta da cadeira.

- Tchau, senhor Tunner - o mesmo pega suas chaves, e sai pela porta.

Vejo que já estava quase na hora de ir para a faculdade, pego minhas coisas e mando, mensagem para Alasca.

Ao chegar na faculdade, vou direto para o banheiro, eu estava soando mais que uma pessoa que acabou de sair da faculdade. Molho meu rosto, e passo um pouco mais de desodorante. Odeio calor.

- Ora, ora, ora - ouço uma voz feminina vindo da porta do banheiro, e quando olho para trás... Constança?

- Constança? - digo, indignada.

- Oi, amiga - a mesma diz, e dá uma risada sarcástica.

- Quando veio para cá? - pergunto incrédula.

- Ah, Victória. Estou aqui desde do ano passado, apenas mudei meu curso - a mesma diz, dando risada.

- Que bom, para você - começo guardar as coisas, e coloco tudo na mochila.

- Ah Victória, você ainda guarda ressentimentos? - a mesma pergunta, como se fosse algo normal.

- Não. Mas nunca iria querer ser alguma sua novamente - digo, com nojo.

Be Free - você vive em mimWhere stories live. Discover now