Capítulo 52 - Alasca

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Férias, finalmente, férias. Depois daquele dia em casa, Nathan ficou mais próximo de mim em vários sentidos. Todo dia íamos para casa juntos, Victória e Liam nos acompanhavam e até que estavam com uma amizade mais saudável. Nada de recaídas ou algo do tipo, mas, ainda havia fogo naquela palha, e alguma hora iria se ascender.

As visitas em nosso primeiro hospital foram um sucesso, Arthur acordou um dia depois que fui embora. E quando voltei lá, ele disse que nunca me esqueceria, sua esposa, Isabella nunca esteva tão feliz. A tristeza em seu olhar virou alegria, e isso me deixou feliz. O medo dele não acordar... ainda bem que isso não aconteceu.

Meus pais estão mais próximos de mim, e claro que estranhei, mas com os dias se passando me acostumei a comer com eles no jantar. Minha mãe parece mais... feliz? Eu não sei dizer, mas ela parecia outra mulher quando estava com o meu pai, mesmo depois de tudo, acho que ela finalmente começou a ver ele como amigo e não como ex-marido. Nossa relação de mãe e filha ainda tem suas falhas, mas não tanto quanto antes.

Já eu... acho que estou melhor que antes, por assim dizer. Na faculdade tudo está bem, notas... boas apesar do cansaço, Constança não quer cruzar o meu caminho, mas dá em cima de Nathan na frente de Victória. Nós só conseguimos dar risada, porque segundo Nathan ela não faz o tipo dele. Todas as noites quando chego em casa, eu e ele fazemos ligação, segundo ele para ter certeza de que estou bem e, de que dormirei.

- O que está cabecinha está pensando? - ouço meu pai dizer.

Hoje iremos sair para ir ao aquário. Nathan diz que gosta do mar, e que por ele seria um peixe.

- Nada - digo, sorrindo – Só pensando.

- Nathan, o nome deste pensamento - ele diz, e me manda um sorrisinho.

- Pare de ser bobo, pai. Além de professor ele é meu amigo - digo, comendo meu almoço.

- Não vejo problema em ele ser professor. Os dois já são maiores de idade, e ele parece gostar de você - meu pai diz, enquanto bebe seu suco.

- O que acha, mãe? - pergunto, e a mesma fica surpresa por coloca-la no assunto.

- Bom, ele é um homem bom e tem seus princípios - ela diz, ainda com a pose de intocada. Isso, não muda – Não vejo problema - ela termina.

- Vocês não entendem, ele é meu amigo e, vamos sair hoje para ver a cidade. Então, beijos - digo colocando mais uma garfada de comida na boca, e saindo correndo para o quarto para terminar de me arrumar e escovar.

Quando olho no relógio da parede, vejo que faltavam cinco minutos para uma da tarde. Nathan havia mandado mensagem a alguns minutos, avisando que estava chegando, mas até agora nada. Será que ele havia desistido?

Então a campainha toca. Levanto rapidamente e arrumo minha roupa. Ando até a porta, respiro fundo e abro a porta.

Uau...

- Estou bonito? - ele diz, me fazendo acordar – Está me olhando, de novo - ele diz, sorrindo.

Nathan estava com uma bermuda preta e blusa branca, seus tênis eram informais e despojados, bem diferentes dos que usava para dar aula na faculdade. Seu rosto estava sereno e um sorriso lindo não sai de seus lábios.

- Não vai me convidar para entrar? - ele pergunta, ainda sorrindo.

- Ah... desculpa, é que... você está diferente - digo, finalmente olhando para ele.

- Não sei se levo isso como elogio, ou ofensa - ele diz, rindo. O que me faz rir também.

- Elogio - digo, fechando a porta atrás de mim.

Be Free - você vive em mimOnde histórias criam vida. Descubra agora