Capítulo 21 - Victória

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 Quando ouço objetos sendo quebrados no quarto de Alasca, o desespero toma conta de mim, me fazendo ficar preocupada com sua saúde, tanto física como mental.

Tudo aquilo que ela me disse, não tinha lógica, como era possível uma pessoa socar a parede, e ninguém ouvir, é impossível. Não tem como.

Vou até meu banheiro, e tomo um banho para pensar, no que Alasca pode estar desenvolvendo, e foi aí que tive a ideia.

Termino o banho correndo, e corro para a tela do computador. Começo a pesquisar doenças por estresse pós-traumático, depressão, e até mesmo esquizofrenia. Mas o único que se encaixava era o estresse pós-traumático e depressão, e eu só precisava saber como falar com ela e com psicóloga dela.

Horas se passam, e Alasca para de quebrar as coisas, e o silêncio se restaura. Estou incerta se devo ou não ir vê-la. Talvez ela queira um pouco de privacidade, e precise pensar, mas se eu estiver certa, ela não pode ficar sozinha.

Saio do quarto, e dou de cara com a mãe de Alasca, que não parece estar nada feliz.

- Olá, senhora Léia - digo, com um pouco de medo dela ir ao quarto de Alasca.

- Oi, você sabe onde está à Alasca? - a mesma pergunta, e logo engulo o seco.

- Si-sim, ela chegou cansada da psicóloga, e foi logo dormir, sabe como é né, a gravidez - digo, um pouco nervosa.

- Não, não sei, porque quando eu estava gravida, eu estava trabalhando, não dormindo pelos cantos - a mesma diz isso, e sai em direção as escadas, descendo para a sala.

Esqueço o que a mesma disse, e vou até o quarto de Alasca, onde o mesmo estava trancado. Bato uma vez na porta, e a mesma não abre, espero alguns segundos e bato novamente. Nada.

Vou deixa-la um pouco sozinha, mas tarde eu volto. Volto para o quarto, e começo terminar alguns trabalhos da faculdade, como a noite já estava vindo, era melhor terminar tudo hoje.

Mas quando eu estava quase terminando, meu celular começa a tocar, rapidamente atendo. Alô... Alô, Vic?... Liam, o que quer?... Eu, eu precisava de uma ajuda no trabalho, você poderia me ajudar?... Não, não posso lhe ajudar, desculpa... Vic, por favor... Tchau, Liam...

Quando desligo o celular, um vazio se instala em meu peito, e fico sem saber o que fazer. Porque ele ligou? Nem estamos nos falando, muito menos devo algum favor para ele. Ele com certeza não tem direito nenhum, de me ligar como se ainda fossemos alguma coisa. 

Be Free - você vive em mimWhere stories live. Discover now