Be Free - você vive em mim

Capítulo 75 - Alasca

2 meses depois 

Dois meses haviam se passado, e tudo estava pacato, como se o dia da morte de Victória tivesse sido dita hoje. O trabalho que agora era somente meu e de Liam, tinha ganhado a maior nota da turma, fazendo com que eu terminasse a faculdade, a exposição foi um sucesso, mas fechei ela semanas depois da morte de Victória. Nathan nunca mais foi visto na faculdade, e quando eu tinha coragem, ia vê-lo em seu apartamento

- Adeus, Alasca - Nathan diz beijando minha testa.

- Não vá - imploro a ele – Por favor, não vá - digo chorando.

- Eu não consigo mais ficar aqui - ele diz me abraçando – Não posso ficar com você, e eu não quero.

- Eu amei você, Nathan - digo olhando em seus olhos – Mas eu também sei que não quero ficar com você, parece confuso e sem sentido, mas talvez fossemos suporte um para o outro. Para podermos seguir em frente sem dúvidas.

- Ás vezes "o para sempre" seja feito de memórias, e não de pessoas.

- Seja feliz - digo me separando dele.

- Você também, Ala - ele sorriu.

- Eu queria estar curada quando você me conheceu. Para que você conhecesse a minha melhor versão, eu sou melhor que isso - quando digo isso, Nathan entra no carro e logo em seguida o liga.

- Você é a coisa mais linda que apareceu na minha vida, nesse meio tempo que estive com você.

E então foi embora.

Quando olhei para aquele tumulo em minha frente, dei uma risada quando deixei um pedaço de chocolate em cima dele.

- Estou indo embora, Vic - digo envolvendo meus braços ao redor do corpo – Nathan foi embora... também - dou uma risada nervosa – Mas Liam está aqui ainda, ele está com você e pelo visto não sairá do seu lado até terminar a faculdade.

Enxugo as lágrimas que ameaçavam cair.

Dizem que quando você perder um amigo, a dor é três vezes maior do que perder um parente. Mas já imaginou perder alguém que você ama por um simples erro de outra pessoa?

- Obrigada, Liam. Por tudo - digo abraçando-o.

Liam estava conseguindo se erguer pouco a pouco, ainda chorava no meu colo nas noites em que sabia que ela não iria mais responder as mensagens.

- O prazer que tive em conhecer você, Alasca, foi gigantesco - ele diz e beija minha testa – Irá voltar para o Brasil?

- Eu não sei se lá é minha casa - digo rindo – Eu acho que não sei para onde eu vou.

- Sabe de uma coisa? - ele pergunta.

- O que? - dou um sorriso.

- Seja livre.

- Vocês vão sempre viver em mim.