Be Free - você vive em mim

Capítulo 13 - Victória

Ao acordar, vejo que Alasca ainda está dormindo, e como a mesma não vai mais para a faculdade, me levanto e vou para o banheiro. Tomo um banho, e coloco a mesma roupa de ontem. Saio do banheiro e penteio meus cachos, uso algumas coisas de Ala, já que ela não vai se incomodar e coloco-os no lugar.

Quando termino de me arrumar, pego minhas coisas e saio de seu quarto sem fazer barulho. Ao descer as escadas, vejo que seus pais já estavam acordados, vou até eles e digo:

- Bom dia, senhores Tunner - digo aos mesmos.

- Bom dia, querida. Dormiu bem? - pergunta o pai da Alasca.

- Dormi sim, obrigada senhor Tunner - respondo o mesmo.

- Sente-se com a gente para tomar café - diz o mesmo.

- Não, obrigada, vou tomar na faculdade mesmo. Mas obrigada senhor Tunner - digo com um sorriso. Já a mãe de Alasca, nem olhava em minha cara, apenas continuava tomando seu café, mas nem liguei muito.

- Tchau querida, boa aula - diz o mesmo, enquanto saio batendo a porta.

Viver. Precisamos viver para saber amar, certo? Podemos ser sozinhos, ou apenas ter alguém em nosso lado para nos fazer companhia. Mas... amar e ser amado, é algo raro de acontecer, e acontece com poucos.

Ano passado, conheci Liam Cortez, o cara que deu vida aos meus contos de fadas, e dias mais lindos. Nunca esclarecemos as coisas entre nós, sempre fomos levando, e nem tocávamos no assunto "namoro", para nós dois éramos apenas ficantes, mas não podíamos ficar com outras pessoas. No final, acabei me apaixonando, e não deu muito certo.

Talvez ele não quisesse, mas meu coração doeu naquele momento, assim como dói ouvir sua voz, e não poder mais beija-lo ou abraça-lo. Não sei o que o levou a fazer isso, e não sei se quero saber, pode ser que ele esteja amando outra pessoa, como nunca me amou. Já que nunca disse.

Meus pensamentos se dissipam, quando o ônibus para em frente a faculdade. Desço, e vou em direção a entrada. Compro um café, e vou para sala, andando lentamente e pensando. Alasca não virá mais para a faculdade, e fará tudo em casa. Bom, pelo menos iremos as atividades extracurriculares e ficarei na casa dela durante um tempo. E em falar, em casa, preciso pegar minhas coisas na de Liam.

Chego ao auditório, e vou para minha cadeira de sempre, não vejo Liam lá e fico mais tranquila. Arrumo minhas coisas como sempre, e pego o notebook para terminar um trabalho e mando mensagem para Alasca.

- Vic - minha respiração para um por um momento ao ouvir sua voz. Não sei se respondo ou não, mas estou com medo do que posso dizer.

- Oi, Liam - digo sem olha-lo. O mesmo se senta ao meu lado, como fazia em todas as aulas, e então me pergunto o por que diabos eu sentei aqui.

- Como você está? - o mesmo, pergunta. O que ele quer que eu diga? Quer que eu implore para voltar com ele.

- Eu pareço bem? - digo e dou uma risada – E você? - termino de falar. Olho para ele e percebo que ele está olhando fixamente para eu.

- Não queria que as coisas ficassem estranhas entre nós, Vic. Quero ser seu amigo, independentemente do que você disse - diz Liam. Como assim, independentemente do que eu disse.

- Desculpe, eu não sei do que está falando - digo com sinceridade.

- Você... - quando o mesmo vai terminar de falar, o professor entra no auditório.

- Bom dia pessoal – o mesmo diz, e vai direto a sua mesa.

Paramos de conversar, enquanto o professor explicava as aulas e como iria funcionar o projeto dos hospitais.