Capítulo 15 - Alasca

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Estar bem. Muitas vezes estamos bem, de verdade. E outras, estamos bem... bem para as pessoas a nossa volta. As vezes contamos coisas desnecessárias, para pessoas desnecessárias. E isso prejudica muito a gente, como? Começamos a querer falar nossos problemas para todo mundo, e isso é bem desnecessário, começamos a querer falar nossas vidas, para que que os outros saibam da nossa história e o que a gente viveu. Por isso nos decepcionamos com as pessoas.

Não precisamos que os outros saibam o que a gente viveu, nem o que a gente passou ou passa. Só precisamos saber quando estamos bem. Porque pelas ruas, avenidas, bairros, muitas pessoas andam felizes, mas atrás daquelas mascaras, tem almas  quebradas, pedindo por socorro.

Precisamos saber identificar quando não estamos bem. Porque tudo bem, não estar tudo bem. Tudo bem não estar rindo, ou fazendo palhaçadas. As pessoas não são felizes o tempo todo. É difícil entender?

Liam e Victória... eram um exemplo de casal para eu. Era um exemplo de cumplicidade e amor, que é raríssimo. Mas parece que está desmoronando. Cásper foi embora, deixando algo péssimo para Liam. A solidão. talvez. Esses dois eram unha e carne, e entendo Liam estar triste, mas não confiar em Victória, nunca pensei isso dele. As pessoas, tem passados sombrios, dolorosos, e até mesmo inesquecíveis. Mas não precisamos falar, não quando não queremos.

Só precisamos seguir em frente, e esquecer o passado. Porque foi um aprendizado, e já foi ensinado; próxima página.

O engraçado, são que nossas vidas são um completo livro. E você é o autor dela, querendo ou não. E aí, as pessoas querem porque querem, deixar pessoas agregarem algo na vida delas, sendo que o livro não é dela. Tem pessoas que não deixam, outras irem embora, por medo de ficarem sozinhas. Mas, tem pessoas e pessoas; milhares de pessoas pelo mundo. Prontas, para conhecerem outras.

Então não tenha medo. Seja o herói, heroína, vilão, da sua história. Você decide, seu passado, seu futuro, e seu presente. E aí, me perguntam, como decidir passado, se ele já passou?

É disso que estou falando, porque só ter uma resposta? E não várias? Claro que tem como você decidir seu passado, esquecendo ou vivendo ele, com os erros dele. Você decide isso.

Então parem, de tentar só uma resposta, para uma solução. Tem várias soluções, para várias respostas.

E eu, como penso tudo isso em minha mente. Mas não consigo expressar isso na minha vida. Porque consigo dizer a mim mesma, para seguir em frente, sendo que não consigo na vida real.

- Vic, acorde, já chegamos - digo, acordando a mesma.

Descemos do ônibus, e fomos conversando até em casa. E a mesma disse, que iria até a casa de Liam hoje pegar suas coisas.

- Você tem certeza, Vic? Se quiser eu vou com você - digo a mesma.

- Não, Ala. Está tudo bem, eu e ele podemos ser só amigos. Não vejo problema nisso - a mesma diz, sem qualquer fragilidade.

- Eu queria ser igual a você, Vic. Forte - digo a ela.

- Você é, mas do seu jeitinho - a mesma diz, e me abraça.

- Sua boba - digo rindo.

- Falou a retardada - a mesma ri também.

Entramos em casa, e comemos um bolo que estava na geladeira. Muito bom por acaso.

- Preciso ir Ala, antes que ele chegue - informa a mesma.

- Tudo bem, mas volte para cá - digo a ela.

- Seus pais, não acharam ruim? - a mesma pergunta com receio.

- Meu pai gosta de você, e minha mãe é uma intrusa, não se preocupe - digo a mesma.

Be Free - você vive em mimWhere stories live. Discover now