Vamos Fugir ?

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O céu era incrível naquela parte do continente. Parecia que as estrelas tinham um brilho diferente. Eram mais bonitas, mais vivas. O oceano bem a sua frente trazia consigo uma paz há muito tempo desconhecida. Aquele casamento estava lhe tirando não só a paz como também o pouco de felicidade que ainda existia em seu coração. Precisava dá uma escapada daquilo tudo então sem aviso prévio, pegou o primeiro vôo e acabou encontrando o paraíso.
- Sinto muito atrapalhar seu momento de contemplação, mas você poderia me fazer um favorzinho? - Até mesmo no paraíso existem pessoas inconvenientes.
- Boa noite.- Respondeu sarcástico ainda observando as estrelas. - Em que posso te ajuda?
- Nossa! Desculpe-me a falta de educação. - Respondeu meio sem jeito.- Eu estava querendo dá um mergulho, lavar a alma se é que você me entende, mas não estou querendo voltar para o quarto para guardar minha mochila. Teria como você dá uma olhadinha por alguns minutos? Prometo que não irei demorar.

- Você não tem medo de que eu fuja com suas coisas ? O mundo está cheio de criminosos. - Perguntou levantando-se da espreguiçadeira e só então vendo o homem que o estava incomodando.

- Você me parece confiável. - Retrucou abrindo um grande sorriso. - Então... Você pode fazer isso por mim ?

- Tudo bem. Mas vê se não demora porque estou quase voltando para o quarto. Se você demorar. eu vou deixar suas coisas para os malfeitores. - Avisou dando uma piscadinha e voltando a contemplar as estrelas.

Alec estava começando a ficar preocupado. Duas horas já haviam se passado desde o encontro com o estranho de roupas exóticas e sorriso encantador e nada dele voltar para pegar sua mochila. Estava na hora do jantar e sua barriga estava começando a roncar. Analisou três possibilidades. Se entregar na recepção? Não vai dá certo porque não sabe o nome do individuo. Se deixar na praia? Essa é a pior de todas. Havia dado a sua palavra quando disse que cuidaria das coisas. Simplesmente deixar lá seria não só uma falta de educação como também irresponsável. Decidiu ficar com a ultima opção. Sair feito um idiota procurando aquele maluco pelas áreas da praia.

Caminhou por aproximadamente dez minutos quando observou uma sombra no meio da escuridão. Esse cara é realmente louco por ficar aqui no meio da noite. Mas o que esperar de uma pessoa que deixa sua carteira e celular com um completo estranho.

- Você tem noção da hora ?- Perguntou irritado.

- Sirius.

- Do que você me chamou ?

- Aquela é a Sirius. - Repetiu apontando para uma estrela em especial. - Olha como ela é maravilhosa.

- Realmente é muito bonita. - Respondeu observando a estrela. Era a mais bela entre as outras.

- Ela fica a 8,57 anos luz da terra.

- Longe.

- É a mais próxima de nós. Por isso que ela parece ser maior do que as outras.

- Interessante. - Foi a única coisa que Alec conseguiu pronuncia. A beleza daquela estrela era hipnotizante. Aquele era realmente um lugar especial.

- Me desculpe por demorar, mas comecei a observar as estrelas e acabei me distraindo. - Começou Magnus a se desculpar. - Obrigado por vir me procurar. Eu sabia que você não era um malfeitoso. - Terminou dando uma sonora gargalhada.

- De nada. - Respondeu lhe entregando a mochila e dando meia volta. - Sabe. - Voltou a falar.- Acho melhor você voltar comigo. Aqui é muito deserto para ficar sozinho.

Alec não sabia o motivo, mas se sentia realmente preocupado com o bem estar do homem que acabou de conhecer. Não sabia o porquê, mas se sentia bem ao seu lado.

- Então fica aqui comigo. - Pediu abrindo ainda mais o sorriso.

- Até ficaria, mas estou morrendo de fome.

- Vamos. Eu pago o jantar.

- Não precisa.

- É o mínimo que posso fazer depois de tudo o que você fez por mim essa noite. Não é todo mundo que sai procurando um completo estranho no meio do breu para lhe entregar coisas de valor. Você é um príncipe moderno. - Brincou.

- Serio. Não precisa.

- Eu insisto. Aproposito... Eu me chamo Magnus Bane. 

- Alexander Lightwood, mas pode me chamar de Alec.

- Um nome tão lindo quando o dono. - Esse singelo elogio já foi o suficiente para Magnus ver o jovem moreno de olhos verdes corar feito um pimentão. - Vamos! Estou morrendo de frio.

- Da próxima vez traga um casaco.

- Pode deixar mamãe.

Ao chegar ao restaurante, Alec pode observar que algumas pessoas estavam olhando e cochichando um com o outro. Aparentemente não achavam normal dois homens jantando juntos. Será que estão achando que são um casal ? Não importa. Tem tanto tempo que não se sentia daquele jeito. Tão leve. Tão solto. Com ele tinha intimidade de falar o que sentia, o que gostava, o que queria. Era como se já se conhecessem há anos. Dois solitários no paraíso.

- São que horas ?- Perguntou Alec observando que Magnus usava um grande relógio no pulso esquerdo.

- Ele não funciona. - Respondeu dando de ombro.

- Como você usa um relógio que não funciona ?

- Primeiro porque ele combina perfeitamente com minha roupa. Segundo porque não preciso de relógio para saber ás horas.

- Então me diga a hora, oh grande feiticeiro. - Alec se sentia tão solto ao lado de Magnus. Era como tivesse voltado a infância. A unica época que foi realmente feliz.

- São onze horas de vinte minutos meu doce Alexander.

Não acreditando nos poderes de Magnus, Alec decidiu pegar o celular no bolso da calça e teve uma grande surpresa .

- Você esta certo. Como você fez isso ?

- Simples. Tem um relógio do outro lado do restaurante. - Respondeu caindo na gargalhada.

- Nossa! A hora passou muito rápido.

- Sempre passa quando estamos nos divertindo. O que você acha de sairmos para beber alguma coisa ?

- Já está muito tarde.

- A noite é uma criança. Vamos ?



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Gostei tanto do episodio " Mundo alternativo" que decidi criar a minha própria versão da historia.
Espero de verdade que vocês gostem porque eu estou adorando escreve-la.

Boa leitura *-*

Beijo no coração!

Nosso céu Particular ( Malec )Onde histórias criam vida. Descubra agora