- Não me desafie, Isabelle Lightwood.
- Não estou te desafiando, mamãe. – Disse em tom de deboche. – Eu realmente quero que isso aconteça. Não aguento mais ver a sua cara. Não aguento mais escutar a sua voz. Pode mandar me prender e jogar a chave fora. Qualquer coisa é melhor do que ficar daquela casa com você.
- Você não pode imaginar o quanto as suas palavras me doem, minha filha.
- Não precisa fazer seu teatrinho mamãezinha. O papai não está aqui para ver a sua atuação de mãe do ano. Todos nessa sala sabem muito bem quem você é de verdade.
- Você não sabe o que está falando, menina.
- Eu sei exatamente o que eu estou falando. Você não passa de uma mulherzinha amarga, manipuladora e infeliz que tem como hobby fuder com a vida dos próprios filhos.
Escutou-se um estalar ecoando na sala. Maryse havia dado uma bofetada no rosto da filha mais nova.
- Eu não admito que você fale assim comigo. – Disse aos gritos. – Você é a minha filha e me deve respeito.
- Eu só não devolvo o tapa em respeito ao meu pai. – Levantou o rosto que trazia marcas de dedos. – Mas fique você sabendo que eu não retiro nenhuma palavra que eu disse. Você é uma mulherzinha amarga, manipuladora e infeliz. A única coisa que você merece é o meu ódio e o meu desprezo e é isso o que você vai ter até depois da minha morte.
- Você pode me odiar, você pode me desprezar, eu não ligo. – Rebateu. – A única coisa que me importa é que você volte comigo para casa. Não te quero nesse lugar. – Olhou para Magnus com desdém.
- Porque não? O marido do Alexander. – Disse, marido sabendo o quanto aquela palavra a irritava. – É uma pessoa maravilhosa e eu estou adorando ficar aqui com eles.
- Você sempre escolhendo um jeito de me afrontar não é mesmo, Isabelle?
- Você ferrou com a minha vida e vou ferrar com a sua. Nada mais justo.
Aquela não era a primeira vez que Alexander presenciava uma briga como aquela. Não era a primeira vez que Isabelle lhe dizia palavras como aquelas e não era a primeira vez que a sua mãe revidava com uma bofetada. Aquela era uma briga de cachorro grande e ele não sabia o que fazer para acalmar os ânimos.
- Eu acho melhor você ir com a mamãe, Isabelle. – Não estava tomando um lado, mas naquela briga, a única pessoa que realmente sairia perdendo era a sua irmã. Maryse chamaria a polícia somente para provar que tinha coragem enquanto Isabelle iria parar da cadeia somente para afrontar a sua mãe. Ele não gostaria de voltar a vê-la atrás das grades.
- Eu não vou a lugar nenhum com essa mulher. – Respondeu se jogando no sofá. – Daqui eu só saio algemada.
- Que seja feita a sua vontade. – Disse Maryse discando um número. – Mas fique você sabendo que não vai poder usar os nossos advogados para te tirar de mais essa confusão.
- Ela não vai precisar dos seus advogados. – Rebateu Magnus. – Eu tenho um ótimo e ficarei muito feliz em colocá-lo no caso da minha cunhada.
- Gostei de saber que você tem um bom advogado. Você vai precisar de um.
- Essa já é a terceira vez que você diz que eu vou precisar de um bom advogado. Por acaso isso é algum tipo de ameaça?
- Eu não faço ameaças, senhor Bane. Eu faço promessas. – Pegou o celular e o levou até ao ouvido. – Robert. Venha buscar a sua filha antes que eu chame a polícia. – Desligou sem ao mesmo se despedir.
- Olha que mãe amorosa eu tenho cunhadinho! – Desdenhou. – Ela poderia me entregar para a polícia, mas preferiu me entregar ao meu pai. Estou tão emocionada.
- Chega das suas gracinhas, Isabelle. – Rebateu sentando-se.
- O que você está fazendo? – Perguntou Magnus vendo a sua sogra se sentando toda confortável em sua poltrona favorita.
- Sentando. Ou você quer que eu espere o meu marido de pé?
- Eu quero que você espere seu marido bem longe da minha casa.
- Você vai colocar a mãe do seu "Marido" para fora, é isso?
Olhou para o seu marido que trazia uma tristeza no olhar. Decidiu que Alexander já havia presenciado brigas demais para um só dia.
- Claro que não. – Respondi com o mesmo cinismo. - A senhora aceita almoçar conosco?
- Obrigado. Eu não estou com fome.
- Vamos almoçar, meu amor? – Se aproximou do marido massageando seus ombros.
- Não estou com fome. – Respondeu. Havia pedido a fome no exato momento que viu a sua mãe adentrando no apartamento.
- Mas você precisa se alimentar. – Abaixou-se ao lado da cadeira. Levou a mão até seu rosco começando uma caricia lenta. – Temos que seguir o tratamento direitinho. Não vejo a hora de você levantar dessa cadeira para a gente poder se casar no religioso.
- Vocês vão o que? – Maryse estava mais uma vez perdendo aquela posa de mulher fina e elegante. Magnus adorava quando ela perdia a linha.
- Isso mesmo que a senhora ouviu sogrinha. – Sorriu. – O Alexander me entregou essa aliança e está insistindo para que a gente se case no religioso. – Esticou a mão para mostrar o anel. – É lindo não acha? Não vejo a hora de entrar na igreja vestido de noiva.
Magnus havia adorado o método que a sua cunhada usava para infernizar a vida de Maryse. E quando ele terminasse, ela sairia da sua casa para nunca mais voltar.
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Eu pensei em deixar a Isabelle devolver a bofetada, mas depois eu pensei... A Maryse é uma bruxa, mas nenhum filho deve levantar a mão para os pais. (Mesmo eles sendo os piores pais do mundo. ) Então deixei a bofetada que vocês tanto estão esperando para um outro personagem. Aceito sugestões!
Por hoje é só e espero que vocês tenham gostado do capitulo.
Um GRANDE beijo no coração de vocês.
PS: Muito obrigada pelo carinho s2
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Nosso céu Particular ( Malec )
FanfictionSeu caminho já havia sido traçado muito antes do seu nascimento. Iria se casar com Lydya Branwell e aquilo não era um problema. Pelo menos não até conhecer o romântico e sonhador Magnus Bane.