I love you too!

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E foi assim que terminou seu conto de fadas. Não tinha nenhuma ilusão de que Alec sentisse o mesmo que ele, mas nunca imaginou que terminaria daquele jeito. Passou a noite imaginando muitas possibilidades, mas nada parecido com o que aconteceu. Estava se sentindo envergonhado. Então é assim que seus pretendentes se sentiam quando ele não conseguia retribuir seus sentimentos. Aquilo de amor era uma droga, pensou Magnus observando Alec voltando para a cabana com um sorriso no rosto.

Tente parecer o mais normal possível, ordenou para si. Não vou dá o gostinho de ele me ver chorando feito uma garotinha que acabou perdendo o brinquedo preferido no parque. Tomou um pouco de ar e começou a montar os sanduiches.

- Espero que você goste de pão sírio. Queria comprar o de forma, mas havia acabado. Que lugar não tem pão de forma? Em fim... Eu tenho peito de peru e presunto. Geralmente eu monto com peito de peru e queijo bola, mas também fica gostoso com presunto. Tem alface naquele potinho. Eu não gosto, mas pensei que você poderia gostar. – Aquele era seu meio de defesa. Não gostava de demonstrar fraqueza. Estava com o coração partido em mil pedaços, mas Alec nunca saberia disso. – Eu também trouxe algumas fatias de torta, como não sabia qual era a sua favorita, resolvi trazer uma de cada. Tem suco de laranja e um saco de marshmallow pra assar na fogueira, mas se você quiser a gente pode voltar para o hotel depois do almoço.

- Magnus. – Chamou tentando fazer com que ele parece de falar feito doido. Não entendeu a metade do que ele havia lhe dito.

- Eu trouxe algumas balas de chocolate com amendoim, você aceita?

- Não obrigado.

- Estava pensando em colocar uma pitada de orégano nos sanduiches. Orégano e queijo formam uma combinação perfeita. Você já experimentou?

Preferia falar de comida. Era um tema neutro, um tema que não envolvia sentimentos, um tema que não o faria chorar novamente.

- Eu também gosto de você. – Falou alto para que a sua voz seja ouvida. Magnus estava falando feito louco e não estava escutando nada do que ele dizia.

- Eu sei que você gosta todo muito gosta. Eu sou uma pessoa realmente gostável, gostável... Será que essa palavra existe? – Perguntou pegando o celular no bolso para fazer uma pequena pesquisa na internet. Tudo para fugir daquela conversa.

Magnus parecia que não queria entender o que ele estava querendo lhe dizer. Respirou fundo e voltou a falar:

- Eu também gosto de você. – Sibilou palavra por palavra fazendo com que ele entendesse.

- Odeio quando tentam me fazer de odiava. – Disse voltando seus olhos para os de Alec. - Você não sentir o mesmo eu até aceito, mas mentir pra mim já é demais.

- Do que você esta falando? – Perguntou confuso não entendendo o motivo de tanta irritação. Magnus estava irritado por ele lhe dizer que também gostava dele? Aquilo era muito estranho.

- Estou falando do fato de ter ouvido você dizendo que amava outra pessoa pelo telefone.

- Eu estava conversando com meu irmão. - Respondeu calmamente.

- O mesmo irmão que havia morrido para a família? Poupe-me Alexander.

- Magnus você esta enganado.

- Quer saber de uma coisa? Eu quero voltar para o hotel.

Não esperou qualquer resposta vinda de Alec. Abriu novamente a mochila e começou a guardar as coisas que havia espalhado há alguns segundos atrás. Essa era a primeira vez que abria o coração para alguém e olha no que deu. Estava se sentindo a pior pessoa da face da terra.

- Oi Jace – Pode ouvir Alec falando do outro lado da cabana. – Eu gostaria que você falasse com uma pessoa. – Disse passando o celular para a mão de Magnus.

- Não quero falar com ninguém. – Retrucou emburrado.

- É assim que você diz que gosta de mim? Nem o beneficio da duvida você esta disposto a me dar?

Lentamente Magnus pegou o telefone e do outro lado se pode ouvir uma voz grossa, mas ao mesmo tempo cheia de alegria. Jace parecia feliz em falar comigo.

- Boa tarde! – Disse envergonhado.

- Você é o namorado do Alec? – Perguntou o irmão mais velho do outro lado da linha.

Magnus nunca havia usado o titulo de namorado antes e aquilo fez com que ele ficasse totalmente corado.

- Na verdade somos só amigo.

- Amigos? Mas ele acabou de me dizer que estava apaixonado por você.

- Ele disse isso?

- Meu irmão é muito tímido e não sabe lidar muito bem com os sentimentos. Tenha um pouco de paciência com ele que vocês ainda serão muito felizes juntos. – Aconselhou.

- Ele realmente gosta de mim? – Perguntou como coração cheio de esperança.

- Claro que ele gosta. – Admitiu. – Não entendo vocês, estão loucos um pelo outro e ficam perdendo tempo me ligando. Estou no meio de um teste vocês sabiam disso?

- Teste?

- Eu sou Ator. - Magnus pode sentir somente ouvindo seu tom de voz, que Jace adorava seu trabalho.

- Eu sou professor de literatura, mas faço alguns trabalhos no teatro. Já escrevi algumas peças. – Começou a falar feito louco. Era assim que ele agia, sempre que ficava nervoso. começa a falar sem parar. - Quem sabe você não atua em alguma, eu ficaria muito feliz.

- Eu iria adorar, mas, por favor, vão curtir o amor de vocês e me deixem trabalhar.

Só depois que desligou o celular, Magnus reparou que Alec não estava mais na cabana, olhou pela janela e lá estava ele juntando alguns gravetos para fazer uma fogueira.

- O que você esta fazendo? – Não sabia o que dizer, estava se sentindo tão envergonhado pelo show que havia acabado de dar.

- Preparando a fogueira. – Respondeu abrindo um largo sorriso.

- Eu agi como um idiota. – Admitiu desviando o olhar. Não conseguia olha-lo nos olhos depois de tudo o que havia lhe dito.

- Tudo bem. – Respondeu dando de ombro.

- Quer ajuda?

- Claro.




Boa leitura e um GRANDE beijo no coração!

Nosso céu Particular ( Malec )Where stories live. Discover now