Never Be Alone

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Maryse era realmente capaz de fazer qualquer coisa para acabar com a sua felicidade, até mesmo ferir os sentimentos do próprio filho. Quando Magnus pensa que não tinha como piorar, eis que ela surge ainda pior, mas não iria cair no seu joguinho, não iria deixar que aquela mulherzinha mal-amada acabasse com a felicidade que ele estava sentindo. Alexander havia recebido alta depois de quase seis meses naquele hospital. Estava feliz e nada e nem ninguém iria atrapalhar aquele momento tão especial.

- Quanto tempo? – Iria revidar aquela provocação, mas não iria usar as mesmas armas que ela. Aprendeu inda criança que o ódio só atraia mais ódio. Não iria deixar Maryse o transformar em uma coisa que ele não era.

- Do que você está falando?

- Quanto foi o tempo máximo que você teve que esperar por alguma coisa?

- Não estou entendendo a onde você está querendo chegar.

- É uma pergunta bem simples. – Sorriu. – Quanto foi o tempo máximo que você já teve que esperar por alguma coisa. – Repetiu ainda calmo.

- Nove meses. – Respondeu ainda confusa.

- Nove meses é muito pouco comparado ao tempo que eu esperei para conhecer uma pessoa que me fizesse sentir o que eu sinto quando estou ao lado do seu filho. – Olhou para seu marido com ternura. Aquelas palavras eram para ele. – O Alexander é tudo o que eu sonhei para mim, desculpe. – Se corrigiu. – Ele é muito mais do que eu sonhei. Então, eu não me importo de esperar meses ou até mesmo anos para a nossa cerimônia de casamento já que esperei quase trinta anos para conhece-lo. O que realmente importa é que estamos juntos e felizes. O resto é apenas são pequenos detalhes.

- Você está me dizendo que sempre sonhou em se casar com um homem condenado a uma cadeira de rodas? – Ironizou. – Um sonho estranho, até mesmo para você.

- Não seja ridícula. – Disse Isabelle indignada.

- Eu só estou dizendo a verdade Isabelle.

- O Alexander não é nenhum invalido. – Retrucou Magnus.

- Você ainda tem esperança de que ele saia daquela cadeira, não é mesmo? Mas eu tenho uma coisinha para lhe informar. – Olhou em seus olhos que já estavam vermelhos. – O Alexander nunca mais vai sair daquela cadeira. A sua coluna foi partida em mil pedaços. – Sorriu quando viu que Magnus estava prestes a chorar. – Então se você ainda está nesse casamento porque ainda tem esperança, eu sugiro que você as perca nesse exato momento. Meu filho é um invalido e isso é um fato.

- Você realmente não conhece nada sobre o amor. – Respirou fundo para se acalmar. Não iria lhe dar o gostinho de vê-lo chorar. – Eu não me importo se ele está deitado em cima de uma cama, não me importo se ele está sentado em uma cadeira ou correndo uma maratona. A única coisa que me importa é o amor que eu sinto por ele e o amor que ele sente por mim. Eu nunca o deixaria porque o Alexander é a minha vida.

Não iria chorar. Não iria chorar. Não iria chorar. Ele repedia aquelas palavras em sua mente como se fosse um mantra. Não iria deixar que aquela mulher estragasse aquele momento tão especial para ele com as suas palavras maldosas.

- Vida! – Chamou Alexander com ternura. – Eu preciso te mostrar uma coisa.

Todos na dala viram quando Alexander retirou os sapatos, as meias e com muita dificuldade começou a movimentar os dedos dos pés. Eram movimentos lentos, mas que foram suficientes para levar a sua irmã e seu marido as lágrimas.

- Ai meu Deus! – Disse Magnus se ajoelhando aos seus pés.

- Pode continuar planejando o casamento, eu estou adorando as ideias. – Sorriu. – E aproveita para escolher uma data. Eu prometo que estarei de pé até lá. – Esperava mostrar a sua melhora em outra ocasião, mas não teve escolha. Aquele era o único jeito de calar a boca da sua mãe.

- Eu lá quero saber de casamento, seu besta. Eu quero saber como isso aconteceu. Porque você não me contou antes? Droga, Alexander. – O abraçou com força. – Eu estou me tremendo todo.

- Eu conto só se você me prometer que vai se acalmar.

- Tudo bem! – Respirou fundo e sentou-se aos pés do marido. Não cansava de olhar seus dedos se movimentando.

- Você se lembra da noite que eu acordei gritando de dor nas costas?

- Claro que me lembro. – Disse Magnus recordando da noite em que ele havia acordado chorando de tanta dor. Foi assustador. Nunca o havia visto daquele jeito.

- Depois daquele dia que comecei a sentir um formigamento estranho em meus pés. Um dia, sem que eu me desse conta, eu comecei a sentir meu dedo mindinho.

- E porque você não me contou antes?

- Eu estava planejando encher a nossa casa de pétalas de rosas. Teria a nossa música tocando ao fundo e eu iria te dizer que eu estava perdido. Estava no mundo das sobras quando escutei a sua voz me chamando de volta. Que foi graças ao seu amor que eu tive forças para lutar contra aquela escuridão. Que era graças a você que eu estava vivo. Diria também o quanto eu te amo e o quanto você é importante para mim. Depois te levaria para o nosso quarto, beijaria a sua boca, entregaria a aliança e te pediria oficialmente eu casamento. Iriamos fazer amor e quando você tivesse adormecendo, eu iria eu dizer mais uma vez que te amava e iria roçar meus pés em sua perna. Foi assim que eu planejei te contar.

- Então essa superprodução foi para me contar que você estava recuperando os movimentos? – Ele não poderia estar mais feliz. Aquele era um sonho que estava se tornando realidade.

- Eu sou capaz de qualquer coisa para ver um sorriso em seu rosto. Até mesmo contrariar o diagnóstico dos médicos. – Acariciou os cabelos de Magnus enquanto voltava seus olhos para a sua mãe. – Mamãe!

- Sim. – Respondeu achando que seria a próxima a receber os devidos elogios, afinal de contas, era graças a ela que ele estava vivo.

- Eu acho melhor a senhora ir embora.

- Eu não vou a lugar nenhum. – Disse indignada. – Você está começando a recuperar os movimentos e nós precisamos comemorar.

- E eu vou comemorar, mas vou comemorar ao lado das pessoas que eu amo e que me amam também. – Olhou para a irmã que estava chorando devido a felicidade que estava sentindo ao vê-lo se recuperando. – Infelizmente você não faz parte desse grupo.



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E ai meu povo bonito!!!!!! Estão gostando do andamento da história? Espero que *-* Mas se não estiverem gostando, eu aceito sugestões. Eu estou aqui para agradar e servir. #EtahPoha.... Pareci propaganda política agora kakaka.

Um GRANDE beijo no coração e até o próximo capitulo! 

Nosso céu Particular ( Malec )Where stories live. Discover now