Que Lloro

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Agora que ele havia feito a sua ação do dia, havia chegado a hora de sofrer as devidas consequências. Afinal de contas.... Nenhuma boa ação fica sem castigo.

Caminhou apreensivo até seu namorado, que foi para o outro lado da capela assim que ele se aproximou. Provavelmente ele ainda estava chateado pelo que aconteceu com a Maryse. Buscou a figura da sua cunhada e a encontrou abraçada ao namorado. Decidiu deixa-la em paz com Simon. Naquele momento, Isabelle estava precisando do carinho do namorado, não da presença do cunhado que havia acabado de ajudar a sua arqui-inimiga. Olhou para Jace que não havia saído do lado do pai desde que ele chegou. Pobre Jace! Passou anos afastado do pai e quando eles finalmente se reconciliaram, Robert acabou morrendo.

Aproximou-se meio sem jeito. Provavelmente, Jace também deveria estar chateado por ele ter ajudado a Maryse.

- Obrigado. – Disse assim que sentiu o toque de Magnus em seu ombro. – Meu pai passou a vida toda tentando unir a família, ele não gostaria nada de ver aquela cena deprimente.

- Eu só fiz o que achei certo. – Disse aliviado. – Mas infelizmente eu acabei irritando os seus irmãos. – Olhou para o seu namorado que conversava com Lydia.

- É. – Voltou seus olhos para o irmão mais novo. – O Alexander passou dos limites.

- É a Isabelle também. – Retrucou indignado. – Lá seu viu sentar a mão no rosto da própria mão? – A Maryse ele um monstro, mas continuava sendo a mulher que a trouxe ao mundo.

- A Isabelle estava sob o efeito do álcool. – Olhou para a irmã com carinho. – Ela não sabia o que estava fazendo e eu tenho certeza de que quando o efeito do álcool passar ela vai se arrepender do que fez e vai se desculpar com a nossa mãe. A Isabelle é assim mesmo.... Ela explode, se arrepende e se desculpa. Já o Alexander sabia exatamente o que estava fazendo quando a impediu de entrar. Em nenhum momento ele pensou no que o nosso pai gostaria. Ele passou por cima de tudo somente para fazê-la sofrer.

- O Alexander não é esse homem frio e calculista que você acabou de descrever. – Tentou defende-lo. - O Alexander que eu conheço tem um grande coração e nunca machucaria uma pessoa intencionalmente. Mesmo ela sendo a mulher que quase acabou com a nossa vida.

- É o que eu espero. – Voltou a mirar seu pai morto. – Eu odiaria descobrir que o Alexander tem mais da Maryse do que ele deixa transparecer.

- Babaca. – Murmurou baixinho.

Voltou a procurar seu namorado na multidão e ele ainda estava conversando com Lydia. Sentiu uma pontada estranha no peito e a sua cabeça começou a dor. Decidiu que já estava na hora de ir embora. Isabelle estava muito bem amparada pelo Simon, Jace por Clary e Alexander pela bela ex-noiva.

- Me desculpa se eu te magoei, cunhadinha. – Disse lhe dando um beijo de despedida. – Se precisar de alguma coisa é só me ligar que eu largo tudo para ir te ver. Eu te amo muito, Izzy. – Voltou a beija-la e saiu da capela.

Seu coração estava em pedaços. A coisa que ele mais desejava era estar ao lado do homem que amava naquele momento tão difícil, mas ele escolheu ser consolado por outra pessoa. Estava triste, mas iria aguentar aquela punição de cabeça erguida. Lutou pelo que ele acreditava e agora tinha que sofrer as consequências por suas escolhas.

Abriu a porte do carro e sentiu o perfume do namorado no ambiente. Instantaneamente desejou voltar para a capela, mas lembrou-se que a sua presença não era bem-vinda daquele lugar.

Entrou no carro, pegou o CD do Sin Banderas e dirigiu até em casa:

" Ahora tal ves tu puedas entender

Nosso céu Particular ( Malec )Where stories live. Discover now